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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Por que não destilo meus textos em conto literário?

1) Tem gente que me pede para escrever livros de literatura de modo que o que escrevo sobre nacionidade ganhe ainda mais leitores.

2) Não basta ter talento para escrever. É preciso ter vivência para se contar uma boa história. Para quem tem 37 anos, minha vivência está muito abaixo da média dos que têm a minha idade. Minha vida inteira foi de estudo - minha rotina sempre foi casa e escola. Hoje, é casa e Igreja, o que não deixa de ser uma escola.

3) Nunca me fui dado a aventuras. Tirando meu irmão mais novo, ninguém aqui é aventureiro.

4.1) Para que pudesse destilar a teoria da nacionidade em um conto literário, eu precisaria ter morado em um outro país durante um certo tempo.

4.2) Como venho de uma família de poucas posses, somado ao fato de que minha profissão está sob o controle da OAB - que sempre foi aliada dos que estavam metidos até o pescoço com a mentalidade revolucionária -, então não tenho a menor experiência de vida laboral, de quem se sujeitou às regras do mercado de trabalho, dessa liberdade voltada para fins vazios, fazendo com que a riqueza se torne um sinal de salvação. Por isso, não juntei dinheiro para poder viajar e tomar outro país como meu segundo lar, por conta do trabalho.

4.3) A única coisa que posso oferecer é um estudo fundado nas minhas meditações que faço das leituras venho tendo desde 2004, quando tomei contato com o livro Um Mapa da Questão Nacional. Esta é única viagem que posso fazer. E isso pode ser destilado em sociologia, história, direito e economia. É a única viagem que posso fazer sem sair de casa, do meu escritório.

5.1) Muitos querem que eu faça isso, com base nos conselhos do Olavo. Olavo tem vivência e já esteve no exterior - por isso que ele pode fazer essas coisas.

5.2) Para quem vem de uma família que não tem o hábito de viajar, posto que isso sempre foi dispendioso, a única forma de progredir é pelo estudo. E no país do PT, isso é atraso de vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2018.

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