1) Na ordem econômica fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, os bens futuros têm mais valor que os bens do presente. Por isso mesmo as pessoas poupam dinheiro e estocam comida nos armazéns de modo que tenham o que é preciso para sobreviver em tempos de calamidade. E tendo o que comer em caso de calamidade, já é ganho sobre incerteza.
2) Os sensatos não esperam a calamidade vir. Eles vão até as paróquias e fazem seus depósitos necessários ou miseráveis, deixando ao administrador paroquial a tarefa de administrar esse bens de modo a ajudar os necessitados - o que fomenta a caridade.
3.1) Se a Igreja se torna um banco nesse aspecto, então a autoridade da Igreja acaba servindo de garantia de modo que um determinado empréstimo seja pago.
3.2) Se o empréstimo tem com o intuito reconstruir o que foi perdido, cabe restituir o que foi consumido; se tem caráter produtivo, no tocante a promover ou expandir o bem comum, então juros devem ser dados, uma que vez que essas coisas se deram na conformidade com o Todo que vem de Deus. O verdadeiro Deus e verdadeiro homem, representado na figura do sacerdote, edificou uma ponte de modo que o fiel depositante e o fiel tomador se encontrassem, a ponto de haver uma integração entre as pessoas, no âmbito da paróquia.
José Ictavio Dettmann
Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2018 (data da postagem original).
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