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domingo, 18 de fevereiro de 2018

Notas sobre um caso de capitalização moral que me acontece - enquanto alguns reproduzem os clássicos, eu medito sobre os clássicos, ao aprender por osmose. Só pago dividendos a quem empresta suas leituras a mim

1) Alguns acham que li O Mundo de Sofia. Eu só ouvi falar do dito cujo quando me perguntaram se havia lido esse livro.

2) Alguns acham que meu pensamento lembra o de Antônio Sardinha, fundador do integralismo português. Na época não conhecia esse pensador - comprei a Teoria Geral das Cortes Portuguesas, a qual vou ler assim que concluir um dos três projetos de digitalização em que estou trabalhando atualmente.

3) Alguns foram até mais longe - acham que sou tomista, só porque escrevo na forma de tópicos, mas ainda não li Santo Tomás de Aquino. O que sei de Santo Tomás de Aquino se deve a citações que o Allan dos Santos e outras pessoas ligadas a ele publicavam no mural do facebook. Eu anotava essas lições e meditava sobre isso depois. Enfim, o que sei veio por osmose de quem realmente leu e sabia Santo Tomás, que só se contentou em reproduzir o mestre.

4.1) Enfim, eu não li nada direto da fonte - apenas aprendi por osmose de quem leu e fui meditando sobre isso.

4.2) Apenas meditei sobre o que foi dito, pagando dividendos ao saber que tomei por empréstimo para desenvolver o meu.

4.3.1) É por essa razão que muitos acham que sei mais do que realmente sei - e essa tem sido uma constante na minha vida desde 2001, quando entrei pra faculdade de Direito da UFF.

4.3.2) Ao contrário da maioria, que só reproduz o que foi dito e nada acrescenta, eu ao menos tento progredir no conhecimento, analisando a realidade da melhor maneira que posso. Talvez eu acabe causando essa impressão, esse exagero da parte de muitos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2018.

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