1.1) Quando havia o voto de cabresto no tempo da República Velha, o coronel intimidava seu dependente - e essa intimidação podia resultar na destruição do pouco que este tinha, bem como de sua família.
1.2) Por isso, o sigilo do voto foi instituído como uma maneira de proteger a família do votante, pois as relações sociais eram de servidão. Isso pra não falar que a política brasileira estava pautada em partidos ideológicos desde o II Reinado - e com a eliminação do Poder Moderador, esses partidos ideológicos começaram a partir para a Guerra Civil, seja ela fria (como estamos vivendo agora) ou quente (que resultou na Revolução Constitucionalista de 1932).
2.1) Nos tempos de hoje, a aparente solução acabou se tornando um problema, pois o sigilo da votação é uma forma de mascarar os motivos determinantes do voto do eleitor, uma vez que Direito Eleitoral é matéria de ordem pública, pois é matéria em que o eleitor diz o direito.
2.2) E justamente porque os motivos determinantes do voto estão mascarados que a opinião do mais ignorante tem o mesmo peso da opinião do mais esclarecido, assim como a opinião do mais jovem tem o mesmo peso que a opinião do mais experiente, do mais idoso - e isso é fora da lei natural, pois isso é um atentado à conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.3) E é justamente porque os motivos estão mascarados que o político compra os votos do eleitor com o assistencialismo. Acredito que o populismo tem profunda relação com o sigilo do voto.
3.1) Se o voto fosse aberto, aquele que comprou o voto do eleitor por um bolsa família, por exemplo, acabaria sendo detectado e eliminado do certame.
3.2.1) Para que o voto seja aberto, é preciso que a política não seja fundada num governo de facções, mas num governo de representação em que as classes produtivas vêem-se umas as outras como irmãs e que tomem o pais como se fosse um lar em Cristo, o que pede uma sociedade em que Deus seja o centro de todas as coisas. E isso, pede a restauração da monarquia e abolição da República.
3.2.2) Infelizmente, em tempos de sociedade descristianizada e desarmada, o PT usaria de intimidação e violência de modo a coagir os eleitores a declararem seus votos no PT
4.1) De alguma forma, as relações sociais no Brasil como um todo evoluíram (ao menos, de maneira aparente).
4.2.1) Digo isso porque elas saíram do feudalismo do cabresto e entraram em tempos modernos em menos de um século, pois as relações sociais estão mais pautadas na cultura liberal.
4.2.2) Mas não é daquele liberalismo que tanto falo, pautado no fato de se conservar a dor de Cristo. Na verdade, nós estamos a viver tempos de falsa liberdade edificada pelo libertarismo conservantista, pois essa liberdade está fora da verdade e edificando liberdade para o nada, o que fomenta totalitarismo a longo prazo. Isso ocorre em algumas regiões do país, por conta das desigualdades regionais.
4.3) Enquanto não combatermos essa onda libertário-conservantista, que está fazendo o papel de salvar o comunismo, todo o esforço que estamos fazendo para combater o comunismo acabará se voltando para o nada.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 24 de março de 2017 (data da postagem original).
Comentários adicionais:
Catolicismo Explicado:
1) A natureza jurídica do voto no sufrágio é PÚBLICA, tanto que está inserido no rol dos direitos indisponíveis. A publicidade é a regra nas relações de ordem pública. O anonimato, por sua vez, implica em negar a sociedade e ao sistema democrático a transparência e o controle necessários a sua legitimidade e lisura.
2) Num sistema que se diz democrático, garantista e livre, ocultar a manifestação cívica é no mínimo, um contrassenso. O direito a essa ocultação perverte a legitimidade e dificulta a fiscalização. Do mesmo modo, a obrigatoriedade do voto, é um voto de cabresto também, dado que é um cabresto geral e impessoal.
3) Numa democracia, a manifestação política negativa é também um direito público e subjetivo. Acredito que essa obrigatoriedade do voto tem objetivo de dar uma falsa robustez à democracia, uma vez que o voto haverá sempre votação intensa, o que camufla um possível desencanto com esse regime de governo, que é revolucionário em sua essência.
1.2) Por isso, o sigilo do voto foi instituído como uma maneira de proteger a família do votante, pois as relações sociais eram de servidão. Isso pra não falar que a política brasileira estava pautada em partidos ideológicos desde o II Reinado - e com a eliminação do Poder Moderador, esses partidos ideológicos começaram a partir para a Guerra Civil, seja ela fria (como estamos vivendo agora) ou quente (que resultou na Revolução Constitucionalista de 1932).
2.1) Nos tempos de hoje, a aparente solução acabou se tornando um problema, pois o sigilo da votação é uma forma de mascarar os motivos determinantes do voto do eleitor, uma vez que Direito Eleitoral é matéria de ordem pública, pois é matéria em que o eleitor diz o direito.
2.2) E justamente porque os motivos determinantes do voto estão mascarados que a opinião do mais ignorante tem o mesmo peso da opinião do mais esclarecido, assim como a opinião do mais jovem tem o mesmo peso que a opinião do mais experiente, do mais idoso - e isso é fora da lei natural, pois isso é um atentado à conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.3) E é justamente porque os motivos estão mascarados que o político compra os votos do eleitor com o assistencialismo. Acredito que o populismo tem profunda relação com o sigilo do voto.
3.1) Se o voto fosse aberto, aquele que comprou o voto do eleitor por um bolsa família, por exemplo, acabaria sendo detectado e eliminado do certame.
3.2.1) Para que o voto seja aberto, é preciso que a política não seja fundada num governo de facções, mas num governo de representação em que as classes produtivas vêem-se umas as outras como irmãs e que tomem o pais como se fosse um lar em Cristo, o que pede uma sociedade em que Deus seja o centro de todas as coisas. E isso, pede a restauração da monarquia e abolição da República.
3.2.2) Infelizmente, em tempos de sociedade descristianizada e desarmada, o PT usaria de intimidação e violência de modo a coagir os eleitores a declararem seus votos no PT
4.1) De alguma forma, as relações sociais no Brasil como um todo evoluíram (ao menos, de maneira aparente).
4.2.1) Digo isso porque elas saíram do feudalismo do cabresto e entraram em tempos modernos em menos de um século, pois as relações sociais estão mais pautadas na cultura liberal.
4.2.2) Mas não é daquele liberalismo que tanto falo, pautado no fato de se conservar a dor de Cristo. Na verdade, nós estamos a viver tempos de falsa liberdade edificada pelo libertarismo conservantista, pois essa liberdade está fora da verdade e edificando liberdade para o nada, o que fomenta totalitarismo a longo prazo. Isso ocorre em algumas regiões do país, por conta das desigualdades regionais.
4.3) Enquanto não combatermos essa onda libertário-conservantista, que está fazendo o papel de salvar o comunismo, todo o esforço que estamos fazendo para combater o comunismo acabará se voltando para o nada.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 24 de março de 2017 (data da postagem original).
Comentários adicionais:
Catolicismo Explicado:
1) A natureza jurídica do voto no sufrágio é PÚBLICA, tanto que está inserido no rol dos direitos indisponíveis. A publicidade é a regra nas relações de ordem pública. O anonimato, por sua vez, implica em negar a sociedade e ao sistema democrático a transparência e o controle necessários a sua legitimidade e lisura.
2) Num sistema que se diz democrático, garantista e livre, ocultar a manifestação cívica é no mínimo, um contrassenso. O direito a essa ocultação perverte a legitimidade e dificulta a fiscalização. Do mesmo modo, a obrigatoriedade do voto, é um voto de cabresto também, dado que é um cabresto geral e impessoal.
3) Numa democracia, a manifestação política negativa é também um direito público e subjetivo. Acredito que essa obrigatoriedade do voto tem objetivo de dar uma falsa robustez à democracia, uma vez que o voto haverá sempre votação intensa, o que camufla um possível desencanto com esse regime de governo, que é revolucionário em sua essência.
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