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quinta-feira, 30 de março de 2017

Notas sobre nacionidade e acessão intelectual

1) No Código Civil anterior a 2002, havia uma classificação doutrinária chamada acessão intelectual.

2) Havia uma acessão intelectual quando você colocava um quadro de Picasso na parede. E justamente porque esta casa tinha um Picasso na parede que ela se tornava mais valiosa. Isso fazia com que o acessório se tornasse a razão de ser da casa, de modo a ser visitada por todos da comunidade. E de tanto acumular obras de pessoas ilustres, a casa acaba virando museu.

3.1) Outro exemplo: a casa habitada por alguém famoso e que contribuiu para a comunidade de tal maneira que ela fosse tomada como se fosse um lar em Cristo.

3.2) Essa casa acabava se tornando lembrança viva de que alguém importante esteve entre nós - a ponto de que o solo que a abriga acabava se tornando consagrado.

3.3) Seja a casa habitada pela Santa Mãe de Deus, seja a casa de um escritor que viveu a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, a casa acaba se tornando um exemplo de que devemos tomar o país como se fosse um lar em Cristo. O arquiteto que a projetou acaba sendo tomado por um benfeitor, pois serviu a um santo.

4) É por haver essas pessoas ilustres, que tomaram o país como um lar em Cristo, que esse senso acaba sendo distribuído a toda a comunidade. E a casa, por conta do estilo arquitetônico da época, acaba virando escola de santidade para os arquitetos do futuro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de março de 2017 (data da postagem original).

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