Pesquisar este blog

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Por que não confio num regime político onde a emoção prevalece sobre a razão?

1.1) Uma das razões pelas quais eu detesto a democracia é porque os motivos determinantes do voto não se dão de maneira racional. Se os motivos fossem racionais, o eleitor teria que agir como juiz e fundamentar todas as razões por que vota neste e não naquele candidato. E ao juiz não cabe o direito de ser tolo.

1.2) Este tipo de coisa só pode ser feita por quem conhece a história do país de tal maneira a tomá-lo como um lar em Cristo, por saber de onde veio e para onde vai - e isso é uma prerrogativa da nobreza, dos que são essencialmente bons, por viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus ao longo das gerações.

2.1) Neste mundo descristianizado, em que o país é tomado como se fosse religião em que tudo está no Estado nada pode estar fora dele ou contra ele, os políticos apelam para a emoção, para a concupiscência do eleitorado afim de conseguir os votos necessários de que necessita de modo a poder assumir um cargo político.

2.2) Como o eleitor é materialista e tão fisiológico quanto o político, podemos dizer que há uma relação muito íntima entre política e comércio, a ponto de haver compra de votos, a mãe de todas as corrupções. E o processo de compra de votos se dá por meio do marketing político.

3.1) Esta é a prova cabal de que a esquerda ama tanto o dinheiro quanto aquele que vê a riqueza como um sinal de salvação, uma vez que ela, tal como o mercador, apela para a emoção do comprador de modo a conseguir o que deseja.

3.2) Como o mercador recorre ao amor próprio destituído de Deus para conseguir o que almeja, assim é o político quando faz o mesmo no âmbito das eleições. 

3.3) Por isso que Platão, em seu livro a República, condenava a democracia, pois ela tem o mesmo caráter concupiscente daqueles que edificam uma ordem econômica onde a riqueza é vista como um sinal de salvação, o que faz da liberdade para o nada a ordem. E, neste ponto, Aristóteles aponta a democracia (ou demagogia, como alguns chamam) como a perversão da politia, concordando com o seu mestre.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário