1.1) Quando comecei a assistir missa pela primeira vez, ouvi o pároco dizer na homilia que catolicismo era compromisso com a excelência.
1.2) Quando se serve a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, pouco importa o lugar onde o produto é produzido. Se um produto de boa qualidade é produzido na Polônia, a Polônia será tomada como um lar em Cristo porque coisas boas costumam ser feitas lá. Se você quiser produzir, você deve fazer com que o produto brasileiro seja bom o bastante de modo que o Brasil seja tomado como um lar em Cristo, sem que as pessoas esqueçam as memórias boas que vêm da Polônia.
1.3) O verdadeiro processo de substituição de importações implica honrar as boas memórias vindas de produtos importados de boa qualidade - e isso é um tipo de nacionidade. E substituir o que antes era importado implica colaborar de modo que essas memórias permaneçam vivas e não competir, de modo a destruí-las
2.1) Substituir um produto importado por equivalentes nacionais de qualidade duvidosa é não só amar o dinheiro como se fosse Deus, mas também tomar o país como se fosse religião em que tudo deve ser produzido no país de modo a este ser autossuficiente em tudo. Não é à toa que protecionismo neste aspecto é totalitarismo.
2.2) Eu lembro que, na época em que meus pais eram jovens, as melhores lanternas costumavam vir da República Tcheca (que na época estava unida à Eslováquia, formando a Checoslováquia). Quando se iniciou o processo de substituição das importações, minha avó ficava indignada, pois os produtos de boa qualidade, importados, começavam a se escassear no mercado.
3.1) Aqui no Brasil, com a mentalidade dinheirista do nosso empresariado, o dinheiro ganho por força desse protecionismo não será investido em P&D de modo a melhorar a qualidade do produto. E as coisas ficam por isso mesmo.
3.2) Quando se pensa mais em dinheiro do que na excelência, a tendência é fazer economia de custos de modo a reduzir ainda mais a qualidade de um produto cuja qualidade já era questionável. Não é à toa que o amor ao dinheiro, visto como um sinal de salvação, leva a um conservantismo. E não é à toa que eles dependem de um Estado tomado como se fosse religião e de uma política de substituição de importações para que possam prosperar.
3.3) Essa é a prova cabal de que o capitalismo, servindo aos interesses do Estado, favorece o comunismo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2017 (data da postagem original).
Nenhum comentário:
Postar um comentário