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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Notas sobre o perdão das dívidas - comentários ao Deuteronômio 15

1) Em Deuteronômio 15, lê-se o seguinte:

"No final de cada sete anos, as dívidas deverão ser canceladas.

2) Isso deverá ser feito da seguinte forma: Todo credor cancelará o empréstimo que fez ao seu próximo. Nenhum israelita exigirá pagamento de seu próximo ou de seu parente, porque foi proclamado o tempo do Senhor para o cancelamento das dívidas."

3) Logo depois, vem este versículo surpreendente:

"Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vocês, pois a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá como herança para que dela tomem posse - e por força disso Ele os abençoará ricamente"

4) Mais adiante, Deus faz um alerta:

"Cuidado! Que nenhum de vocês alimente este pensamento ímpio: 'O sétimo ano, o ano do cancelamento das dívidas, está se aproximando, e não quero ver o meu irmão pobre'."

5) Todo esse capítulo trata do mecanismo do perdão da dívida (clean slate). Como se vê, ele foi criado por Deus para que NÃO houvesse pobres. É como se Deus dissesse: " Se vocês seguirem os meus mandamentos, se botarem em prática esse mecanismo do perdão da dívida, NÃO haverá pobres entre vocês.

6) Ao afirmar que não empréstimos próximos à época do sétimo ano da servidão não devem ser feitos, duas coisas estão pressupostas aí.

A) A condenação da avareza e do cálculo financeiro, o que levaria à escravidão por dívida, sem prazo para se esgotar e a possibilidade de se ter poder de vida e morte sobre o cativo.

B) Uma apologia à produção, pois o dinheiro emprestado visava à produção (ou seja, é investimento). Deus é claro: Você perderá agora, mas Deus o abençoará RICAMENTE pelos próximos seis anos, se fizer isso. Trata-se de um poderoso mecanismo de capitalização moral e de integração entre as pessoas.

Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214916550090698)

Facebook, 14 de novembro de 2017.

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