1) O que um conservador nominal de nossos dias não consegue entender de jeito
nenhum - talvez por ignorância dos clássicos, talvez por má-fé - é que o liberalismo (aqui em entendido por liberdade em Cristo) NÃO preconizava a extinção do Estado, uma vez que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Livre mercado para essas pessoas significava "mercado livre dos avarentos e monopolistas, que vêem a riqueza como um sinal de salvação, como um fim em si mesmo". E essa gente constituía a classe ociosa, extrativista e
exploradora da nação, que deve ser tomada como um lar em Cristo, na conformidade que vem de Deus.
2) Essa é a classe que detém o monopólio das terras, dos recursos naturais e da cunhagem da moeda. Adam Smith os abominava
e era enfático ao dizer que o governo, fundado na Aliança do Altar com o Trono, deveria taxá-los fortemente, reverter esse dinheiro para a infraestrutura e o financiamento
da indústria e do comércio, sem cobrar juros, de modo a diminuir - ou mesmo acabar - com o imposto
sobre estes ramos da produção de riqueza. E isso é uma forma de distributivismo.
3) Acontece que esses camaradas são a escória do mundo. Eles sempre conseguem convencer o governo a livrá-los dos impostos e fazer com que a mão pesada do governo esmague a indústria, o comércio e o trabalho. Ao longo da história, essa classe maldita sempre conseguiu seduzir a todos, e agora tem também a ajudinha dos que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se autodenominarem conservadores, quando na verdade não passam de conservantistas .
Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214885201387000)
Facebook, 10 de novembro de 2017 (data da postagem original).
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