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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Nota sobre o problema do auto-interesse

1) O grande cerne da questão em Adam Smith é o problema da edificação da ordem social a partir do auto-interesse - este é o paradigma civilizacional com o qual lidamos. É no auto-interesse que está o problema do dinheiro transformado em Deus. Isso decorre de sabedoria humana dissociada de sabedoria divina. E para Deus, segundo São Paulo, isso é insensatez.

2) O interessante é que o socialismo nada mais é do que o egoísmo humano transformado em tirania, pois o outro, em sua essência, nunca será observado. O socialismo não anula o auto-interesse - na verdade, ele se alimenta dele e do pecado capital da inveja. É egoísmo sistemático, qualificado.

3) Quando se esbanja ou se diviniza o dinheiro, é natural que isso seja chamariz de ladrão. Se isso ocorre nos indivíduos, no micro, a mesma coisa ocorre no macro. E a ordem do ladrão ditando as regras do jogo é gangsterismo, um tipo de socialismo. O socialismo é gangsterismo + controle do poder legal de se ditar regras jurídicas + negação de Deus como referencial, como fonte da verdade, do certo e do errado.

4) Não é à toa que quando se ama sistematicamente mais o dinheiro do que o outro o produto final sempre será o socialismo. O que é o materialismo senão o amor demasiado ao si, de tal modo que se chega a negligenciar o outro? Isso desagrada ao Pai eterno, pois é um tipo de paganismo sendo retomado.

5) E o que é o paganismo sistemático, senão tomar o líder como um Deus vivo?

6) Certo estava Bento XVI, ao dizer que precisamos retomar ao que os primeiros cristãos fizeram. Foi desse modo que o paganismo acabou em Roma.

Estas são as reflexões de hoje.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2014 (data da postagem original).

Postagem complementar:

Ensinamento de Cristo de que não devemos amar a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo:  

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