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sábado, 26 de abril de 2014

A última flor do lácio é uma flor de lis boa


1) Fernando Pessoa tem uma frase mais ou menos assim: "O poeta é um fingidor - finge a dor que deveras sente".

2) Cruz e Sousa tem um poema chamado "cavador do infinito". Quando se investiga o interior de sua alma, suas mazelas, de modo a se fazer uma boa confissão, você cava todas as dores, até chegar ao fundo da sua alma, o seu eu interior - você fará isso até ver a dor de Cristo, que morreu por todos nós na cruz.  

3) É da lembrança desse ato heróico, de que Jesus sofreu e morreu por todos nós na cruz, que está o sentido de nossa liberdade. É nesse sentido que devemos ser conservadores: devemos preservar a memória deste acontecimento tão profundo porque ele é o verdadeiro sentido de nossa liberdade. Jesus é a razão de todas as nossas vidas, pois ele é o caminho, a verdade e a vida; Ele é Deus feito homem e viveu entre nós - sua vida por si já é um milagre. É conservando a memória dessa dor que temos a palavra conservador - eis o significado definitivo da palavra.

4) Infelizmente, nem todo conservante conserva a verdade. De uma ordem onde se conserva o que convém, mas não a verdade, há o conservantismo, a ordem mais básica de se estar a esquerda do Pai. E é do conservantismo que nasce todo o libertarismo e todo o totalitarismo - ele é essencialmente relativista, pragmático e utilitarista

5) Se observarem esses exemplos, a última flor do Lácio atua como se fosse um prisma. Da luz branca várias cores são decompostas - elas constituem os elementos da verdade. Como indivíduos, nós somos o que somos em razão das nossas experiências, vivências e circunstâncias - por isso que a liberdade é a luz branca que permite que essas experiências sejam compartilhadas para todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tal como Cristo assim nos ensinou. Pois não há liberdade sem o conhecimento da verdade; ela não precisa ser minha ou sua para que seja nossa. Se o branco é a soma de cores, base sob a qual se tem a igualdade perante a lei eterna, o preto do comunismo significa ausência de cor, falta de liberdade. Quem esteve na União Soviética sabe a monotonia que era - era uma monotonia regida pela morte e pela tirania, conforme a pretensa sabedoria humana que quer assumir o papel de Deus, por suas próprias forças.

6) O português é a última flor do Lácio. O Lácio do tempo dos etruscos era uma região pantanosa. Dizem que dos piores lodos surge a mais bela das flores: a flor de lis. E esta flor de lis é boa - por isso, Lisboa é a base de nosso mundo.

7) É da tradição de se fazer do português um prisma que se tem a imaginação necessária de modo a se definir as coisas tais quais elas devem ser. Se aceitarmos nos guiar por uma crença de livro - crença esta dicionarizada, fundada numa pretensa sabedoria humana dissociada da divina -, aí não estaremos mais em conformidade com o todo.

Resumo da ópera:

"O conservantismo remonta à Torre de Babel" (José Helton Nogueira Diefenthäler Júnior, ao analisar os escritos de José Octavio Dettmann). É bem isso! Basta que não se conserve a verdade em Cristo que a razão passa a ser instrumento nefasto de engenharia social.  

"Os conservantistas violam o primeiro mandamento: deixam de amar a Deus e à verdade". (Tiago Cabral Barreira) 

"Chamar os conservantistas de conservadores é inflar demais os poderes do demônio. Santo Agostinho dizia que não é algo muito inteligente encher a bola do demônio desse jeito, pois o exagero é a verdadeira promoção do mal."José Octavio Dettmann 

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