Vivemos em tempos em que a exposição digital se tornou inevitável. Desde cedo, as crianças e os jovens são introduzidos ao universo das redes sociais, ambiente que, embora ofereça oportunidades de conexão e aprendizado, também se transformou em um campo de batalha cultural, espiritual e moral. Diante disso, muitos pais se perguntam: como preparar meus filhos para esse mundo? A resposta mais eficaz, porém frequentemente esquecida, é simples: pelo exemplo.
A autoridade que vem da coerência
Quando meus filhos ingressarem nas redes sociais, eles terão diante de si uma oportunidade única — não de serem guiados por influencers, algoritmos ou tendências vazias, mas de serem guiados por alguém que lidera pelo exemplo: seu pai.
Desde o início, estabeleci para mim uma conduta firme: não sou eu quem procura pessoas — deixo que me procurem. E quando isso acontece, não aceito de imediato: estudo cuidadosamente o perfil de quem deseja se aproximar. Há critérios, e eles não são negociáveis: não adiciono quem carece de conteúdo relevante, quem sustenta ideias esquerdistas ou quem se enreda em fé herética.
Esses critérios não nascem de um capricho pessoal ou de uma busca por “pessoas parecidas comigo”. Eles nascem de uma consciência clara: minha rede social é uma extensão do meu templo interior, e deve ser guardada com a mesma vigilância com que se guarda o coração.
Contra os algoritmos: o critério é Deus
As redes sociais vivem de oferecer conexões aleatórias, pautadas por algoritmos que identificam padrões, comportamentos e preferências. Mas um cristão maduro não se submete a essas lógicas: ele se guia por Deus. E se Deus é o critério — e basta que seja Ele —, todo o resto se ordena com naturalidade. O que os algoritmos tentam adivinhar por estatística, Deus revela por sabedoria.
Meus filhos não verão, portanto, um pai refém de redes ou dependente de aceitação virtual. Verão um homem que sabe discernir e que ensina pelo gesto — não pelo sermão.
Educar para a eternidade
Um pai que lidera dessa forma não está preocupado apenas com a reputação digital, mas com a formação do caráter e da alma. Ensinar os filhos a se comportar nas redes sociais não é apenas protegê-los de más influências, mas sim prepará-los para agir como luz em meio às trevas. E isso não se aprende por manuais de etiqueta digital, mas por testemunho de vida.
Eles verão que, para o pai deles, amizade não é número, influência não é volume, visibilidade não é vitória. Verão que a integridade vale mais do que a popularidade, e que a verdade vale mais do que a aprovação. Isso é educar com autoridade. Isso é formar filhos com consciência e fortaleza para enfrentar um mundo que, a cada dia, exige mais discernimento.
Conclusão
Num tempo em que tantos pais se sentem impotentes diante da velocidade da internet, eu caminho com tranquilidade: não sou movido pela ansiedade de controlar, mas pela certeza de testemunhar. Porque, ao fim, é isso o que permanece: os filhos se esquecem dos discursos, mas jamais esquecem os exemplos.
E no que depender de mim, eles não esquecerão que seu pai se manteve firme, mesmo no mundo digital — porque o critério sempre foi Deus.
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