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quinta-feira, 12 de junho de 2025

O país não aguenta mais tributos: um alerta de Alexandre Garcia

Resumo

O presente artigo analisa o comentário do jornalista Alexandre Garcia sobre a insustentável carga tributária brasileira, destacando críticas ao atual governo federal, à lógica do aumento de impostos e ao incentivo estatal às apostas eletrônicas. A análise é complementada com fundamentos econômicos e políticos segundo autores clássicos e contemporâneos, respeitando as normas da ABNT.

Palavras-chave: carga tributária; economia brasileira; tributos; apostas eletrônicas; governo.

Introdução

No Brasil, a complexidade e a alta carga tributária têm se tornado objeto de constantes críticas por parte de diversos setores da sociedade. Recentemente, o jornalista Alexandre Garcia expressou, em um de seus comentários veiculados pela internet, um resumo claro da insatisfação que une desde a indústria até o setor financeiro: "o país não aguenta mais tributos" (GARCIA, 2025)¹.

A carga tributária como obstrução econômica

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem defendido propostas que, embora evitem a elevação direta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), acabam atingindo o crédito produtivo. Como explica Garcia (2025)², a nova estratégia tributária recai sobre instrumentos como letras de crédito do agronegócio, letras de crédito imobiliário, certificados de recebíveis e debêntures incentivadas. Ou seja, tributa-se o motor que impulsiona a geração de riqueza.

Do ponto de vista econômico, trata-se de uma inversão perversa da lógica tributária. Como afirma Mises (2010, p. 113), “é impossível tributar uma sociedade à prosperidade”. A alta carga tributária sobre os setores produtivos gera desestímulo ao investimento, reduz a competitividade e, paradoxalmente, diminui a base tributável ao longo do tempo.

A ilusão do Estado como produtor de riqueza

Durante palestra em uma escola cívico-militar, Garcia foi enfático: “o governo não gera riqueza; todo o dinheiro do governo é nosso, dos pagadores de impostos” (GARCIA, 2025)³. A frase dialoga com o pensamento clássico de Bastiat (2010), para quem o Estado nada mais é do que “a grande ficção pela qual todos tentam viver à custa de todos os outros” (p. 25).

A administração pública brasileira frequentemente confunde gasto com investimento. Como enfatiza Garcia, “investimento gera riqueza; gasto é a despesa de gerar essa riqueza” (2025)⁴. Tal distinção é ignorada quando o presidente da República considera todo gasto público como benéfico. Essa visão equivocada compromete o equilíbrio fiscal e perpetua déficits orçamentários que pressionam ainda mais a sociedade por meio de tributos.

A economia da aposta: a trágica ilusão do enriquecimento fácil

O comentário de Garcia também aborda a proliferação das apostas eletrônicas e a atuação da CPI das Apostas (chamada ironicamente por ele de "CPI das Betis"). O jornalista critica a adoção de termos estrangeiros — como reborn, para bonecas hiper-realistas — e o uso indiscriminado de influenciadores digitais na promoção de jogos de azar.

Garcia alerta que “quem joga é justamente quem não tem dinheiro. [...] Muitos se endividam e, em casos extremos, cometem suicídio” (2025)⁵. De fato, estudos como o de Griffiths (2005) demonstram a correlação entre vício em jogos, endividamento e transtornos mentais. O incentivo estatal à loteria e a ausência de uma regulamentação severa para as apostas digitais contribuem para o agravamento desse problema.

Conclusão

O Brasil vive um ciclo vicioso: a má gestão estatal leva ao aumento de tributos, que desestimula a produção e sufoca a economia, gerando mais pobreza, mais dependência do Estado e, por consequência, mais tributos. É um sistema que se retroalimenta e conduz ao esgotamento moral e financeiro da população.

As palavras de Alexandre Garcia funcionam como um alerta: “Eu nunca joguei na vida. Sempre apostei em mim. Nunca perdi. Sempre ganhei” (2025)⁶. É essa aposta na responsabilidade pessoal, na liberdade econômica e na redução do Estado que pode oferecer um caminho viável para a reconstrução da confiança e da prosperidade no país.

Fonte:  https://www.youtube.com/watch?v=ZHIKxnR5F98&t=4s

Notas de Rodapé

  1. GARCIA, Alexandre. O país não aguenta mais tributos. Comentário publicado em 2025.

  2. Idem.

  3. Idem.

  4. Idem.

  5. Idem.

  6. Idem. 

Referências Bibliográficas

BASTIAT, Frédéric. A lei. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.

GARCIA, Alexandre. O país não aguenta mais tributos. Comentário transcrito por TurboScribe, 2025. Disponível em: [transcrição fornecida pelo usuário].

GRIFFITHS, Mark D. A ‘components’ model of addiction within a biopsychosocial framework. Journal of Substance Use, v. 10, n. 4, p. 191–197, 2005.

MISES, Ludwig von. Ação humana: um tratado de economia. São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010.

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