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domingo, 22 de junho de 2025

A inconveniência de orar por causas perdidas: Lula, os maus pastores e o peso da obstinação no pecado

Introdução

Em tempos de confusão moral e colapso da ordem natural e sobrenatural, muitos bem-intencionados, mas teologicamente mal formados, dizem: “Precisamos rezar por Lula, por Francisco, pelos maus líderes…” O zelo aparente por essas almas, à primeira vista, parece louvável. No entanto, ao analisarmos seriamente a doutrina católica sobre a obstinação no pecado, a perda da graça e o justo juízo de Deus, somos obrigados a fazer um discernimento mais profundo e responsável.

Este artigo visa apresentar uma reflexão doutrinária, teologicamente fundada, sobre o real significado de interceder por quem, por escolha livre e consciente, tornou-se obstinado inimigo da verdade.

O princípio teológico: a intercessão não é uma moeda jogada ao acaso

A oração de intercessão é um ato de caridade, mas também de razão. Santo Tomás de Aquino ensina na Suma Teológica (II-II, q.83, a.7) que a oração tem eficácia na medida em que há alguma disposição na criatura para receber a graça. A Providência de Deus age com justiça: Deus oferece a graça suficiente a todos os homens, mas a graça eficaz só atua onde há um mínimo de cooperação humana.

Diz São Tomás:

"Não se deve rezar por todos de maneira igual, mas com maior ou menor instância segundo a maior ou menor capacidade de conversão."

Traduzindo: há casos em que a oração se torna inútil porque a pessoa já se encontra em estado de obstinação final, vivendo num estado de pecado público e notório, sem o menor sinal de arrependimento.

Lula e a ausência de virtude: um caso de obstinação contumaz

Lula, ao longo de sua trajetória pública, demonstrou um padrão de ação que o coloca no campo clássico da obstinação. Seu histórico de corrupção ativa, manipulação ideológica de massas, escândalos morais e afrontas reiteradas à lei natural são fatos públicos e notórios. Não se trata aqui de juízo temerário, mas de constatação objetiva.

Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja, em sua obra “Preparação para a Morte”, é enfático ao tratar da obstinação:

"Deus castiga o pecador, fechando-lhe a porta da graça quando vê que todas as suas advertências, benefícios e correções foram desprezadas."

Se Lula tivesse, ao menos, uma virtude — uma semente mínima de humildade, de arrependimento, de desejo de justiça — poderia-se vislumbrar uma fresta pela qual a graça divina penetrasse. Mas o que vemos? Um endurecimento crescente, um escárnio contra tudo o que é santo e justo.

O caso dos maus pastores: Francisco e os bispos apóstatas

A situação se agrava ainda mais quando falamos de líderes eclesiásticos que, revestidos de autoridade espiritual, usam essa mesma autoridade para escandalizar os fiéis, distorcer o Magistério e espalhar doutrinas perversas.

O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo adverte com dureza no Evangelho:

"Ai daquele que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim! Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar." (Lc 17,2)

Papa Francisco, com sua sucessão de gestos ambíguos, escândalos doutrinários, condescendência com a idolatria e a moral sexual revolucionária, se torna, tristemente, um exemplo claro de pastor infiel descrito pelas Escrituras:

"Os seus pastores são insensatos, não buscam o Senhor; por isso não prosperaram e todos os seus rebanhos estão dispersos." (Jeremias 10,21)

O destino dos obstinados: um aviso aos que ainda hesitam

Santo Agostinho, comentando o Salmo 108 (109), sobre as maldições destinadas aos maus, afirma que existem almas pelas quais, quando persistem até o fim na malícia, não se deve mais rezar:

"Há pecadores que Deus, por causa de sua obstinação, entrega ao seu próprio endurecimento, e então orar por eles é inútil."

A tradição da Igreja nunca deixou de reconhecer que há um momento em que o pecador, por livre arbítrio, se torna réprobo em vida.

O próprio São João, no Novo Testamento, afirma:

"Há pecado que leva à morte. Não digo que se reze por esse." (1Jo 5,16)

Este é o caso de Lula? De Francisco? De tantos outros? Não cabe a nós decretar em termos absolutos, pois só Deus conhece o estado interno das almas. Mas cabe-nos fazer um juízo prudencial com base em sinais externos constantes e públicos.

Conclusão

A oração é preciosa demais para ser desperdiçada em causas evidentemente perdidas. Rezar por Lula, por Francisco e por outros líderes obstinados, sem qualquer sinal de arrependimento ou mínima disposição interior, é quase um ato de ingênua presunção.

Melhor gastar o tempo em oração pelos que ainda lutam, caem, mas querem levantar-se. Melhor suplicar pelas almas dos que, mesmo feridos, ainda têm sede de Deus.

Como bem disse um fiel católico, com sabedoria simples e reta:

"Eu não me atrevo a tomar o tempo de minha Advogada para interceder por uma causa que, pelos sinais exteriores e pela constância do pecado, já se mostra perdida diante do Justo Juiz."

Que Deus nos dê discernimento para saber por quem e como rezar. E que Ele nos conserve na graça, longe da obstinação.

Bibliografia

  • AQUINO, São Tomás. Suma Teológica. Trad. Alexandre Corrêa. São Paulo: Loyola, 2003.

  • LIGÓRIO, Santo Afonso Maria de. Preparação para a Morte. Petrópolis: Vozes, 1990.

  • AGOSTINHO, Santo. Enarrationes in Psalmos.

  • A BÍBLIA SAGRADA. Tradução da CNBB. São Paulo: Edições Loyola, 2001.

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