A
respeito da Missa nova, desfaçamos imediatamente esta ideia absurda: Se
a Missa nova é válida, então se pode participar dela. A Igreja sempre
proibiu os fiéis de assistir às Missas dos cismáticos e dos hereges,
ainda que fossem válidas. É evidente que não se pode participar de
Missas sacrílegas, nem em Missas que colocam a nossa fé em perigo.
Além disso, é fácil demonstrar que a Missa nova, tal como foi formulada pela Comissão de Liturgia, com
todas as autorizações dadas pelo Concílio de uma maneira oficial, e com
todas as explicações dadas por Monsenhor Bugnini, apresenta uma
aproximação inexplicável à teologia e ao culto dos protestantes.
Basta
enumerar algumas das novidades para demonstrar a aproximação com os
protestantes: – o altar transformado em mesa, sem a ara; – a Missa de
frente ao povo, em língua vernácula, em voz alta; – a Missa tem duas
partes: a Liturgia da Palavra e a da Eucaristia; – os vasos sagrados
vulgares, o pão fermentado, a distribuição da Eucaristia por leigos, na
mão; – o Sacrário escondido; – as leituras feitas por mulheres; – a
Comunhão dada por leigos. Todas estas novidades estão autorizadas.
Pode-se
dizer, então, sem nenhum exagero que a maioria dessas Missas é
sacrílega e que diminuem a fé, pervertendo-a. A dessacralização é tal
que a Missa se expõe a perder o seu caráter sobrenatural, o seu
“mistério de fé”, para se converter em nada mais do que um ato de
religião natural.
Estas
Missas novas não só não podem ser motivo de uma obrigação para o
preceito dominical, senão que, com relação a elas, é preciso seguir as
regras da Teologia moral e do direito canônico, que são as da prudência
sobrenatural com relação à participação ou à assistência a uma ação
perigosa para a nossa fé ou eventualmente sacrílega."
Mons. Marcel Lefebvre
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