Cenário uma sala comunitária em Berlim, tarde de sexta-feira. Cadeiras dispostas em círculo. Cerca de dez moradores presentes. O foco se volta para Klaus e Johann, que começam a debater calorosamente.
Klaus:
*Sabe, Johann… às vezes eu me pergunto se a Alemanha que eu conheci ainda existe. Olha o que está acontecendo com a nossa energia! Estamos à mercê do vento, literalmente. Se não venta, ficamos sem luz! Isso não é política energética… isso é uma piada de mau gosto!
Johann:
(Cruza os braços, sério.)
Você acha que isso é por acaso? Não, Klaus. Isso vem de muito antes. Isso foi planejado. E sabe quem começou tudo isso? Angela Merkel. A mulher que muita gente ainda idolatra, mas que, se você puxar a ficha dela na história, tem muito mais coisa escondida do que imagina.
Klaus:
(Surpreso.)
Você fala desse papo sobre o passado dela na RDA? A ligação dela com a Stasi? Isso não é teoria da conspiração?
Johann:
(Inclina-se, baixando o tom.)
Conspiração, não. Fato. Merkel viveu na Alemanha Oriental, tinha privilégios que nenhum cidadão comum tinha. Viajava para o Ocidente, ia para a União Soviética, sem deixar ninguém como refém — diferente dos outros. Ela não era uma mera cidadã. Era secretária de Agitação e Propaganda da Juventude Livre Alemã. Isso não é pouco, Klaus.
Klaus:
(Franze a testa.)
Você está dizendo que ela estava no sistema? Que ela era parte da máquina?
Johann:
Exato. E mais: cercada de informantes da Stasi, alguns dos quais depois assumiram cargos políticos importantes na reunificação. E mesmo com esse passado, nunca foi investigada a fundo. Os arquivos dela… trancados até hoje.
Klaus:
(Respira fundo.)
Agora faz mais sentido. A mulher que dizia querer salvar o planeta nos colocou nessa armadilha energética. Fechou as usinas nucleares, entregou tudo para as pás eólicas, e agora… olha só: o vento não sopra, e a indústria para.
Johann:
(Balbucia, irônico.)
E os franceses? Rindo da nossa cara, vendendo eletricidade nuclear pra gente a preço de ouro. Enquanto isso, nossas turbinas estão paradas, esperando um sopro de vento que não vem há meses.
Klaus:
(Balança a cabeça, indignado.)
Isso não é só incompetência, Johann. Isso é sabotagem planejada. E quem sofre somos nós. Empresas quebrando, trabalhadores no olho da rua, e o governo? Finge que não vê.
Johann:
Você acha mesmo que foi só sobre energia? Isso faz parte de algo maior. O que a Merkel fez não foi só desmantelar nossas usinas. Foi enfraquecer nossa soberania. E se você olha o histórico dela, percebe: ela sabe muito bem como funciona um regime que controla as pessoas, disfarçado de preocupação social.
Klaus:
(Toma fôlego.)
Sabe, Johann… às vezes me pergunto se realmente foi o Ocidente que venceu a Guerra Fria. Ou se, na verdade, foi a RDA que tomou conta da Alemanha Ocidental por dentro, sorrateiramente…
Johann:
(Sorri, meio amargo.)
Parabéns, Klaus. Você acaba de descobrir o que muitos de nós custamos a aceitar. Eles não derrubaram o muro. Eles só o empurraram mais pra frente, pintaram de verde e chamaram de “energia sustentável”.
Klaus:
(Bate na mesa.)
E agora? O que fazemos? Ficamos assistindo o país afundar enquanto esperamos o vento soprar?
Johann:
(Olha nos olhos de Klaus.)
Não, Klaus. A gente acorda. Acorda, fala, denuncia, se une. Porque se não fizermos isso, amanhã não é só a energia que vai faltar. Vai faltar país.
(Os outros moradores na sala, que estavam atentos, começam a murmurar e concordar. O clima fica tenso, mas também de despertar. Pela primeira vez, muitos ali percebem que o futuro da Alemanha não está garantido. E que depende deles.)
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