No mundo dos negócios, há uma frase recorrente que expressa bem uma verdade estratégica: em determinados momentos, você vai sozinho, mas quando se trata de explorar um nicho de mercado ou desbravar uma nova fronteira econômica, você vai acompanhado. Isso porque ninguém constrói algo grande de forma solitária. Toda expansão real, seja ela econômica, cultural ou espiritual, precisa ser feita com base em alianças sólidas — e, no meu caso, alicerçadas na fé em Cristo.
Vivemos em tempos de profundas mudanças econômicas e culturais. As fronteiras entre nações estão cada vez mais permeáveis, não apenas ao capital e à tecnologia, mas também ao conhecimento e às experiências compartilhadas. Dentro dessa realidade global, surgiu em mim o chamado de servir a Cristo em terras distantes, fazendo da Polônia um lar espiritual e intelectual, por Cristo, com Cristo e para Cristo.
Contudo, há um princípio espiritual e social mais profundo por trás disso. A base de uma sociedade não é apenas a convivência geográfica ou política, mas a comunhão entre pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas — uma máxima verdadeira tanto na teologia quanto na política. Quando essa comunhão é fundamentada em Cristo, ela se torna um verdadeiro pacto de lealdade que sustenta tanto a missão quanto o mercado.
Foi com esse espírito que decidi buscar a colaboração de cristãos poloneses em meus empreendimentos. Acredito que, juntos, podemos construir pontes entre o Brasil e a Polônia, entre a minha experiência de vida e a cultura local polonesa, produzindo frutos que alimentam tanto a economia quanto o imaginário espiritual daqueles que, como eu, veem na Polônia um campo fértil para servir a Deus com inteligência, sensibilidade e coragem.
A plataforma Zrzutka.pl surge nesse contexto como um meio legítimo de cooperação fraterna. Por meio dela, recebo doações de pessoas que acreditam no valor desta missão, e, em troca, ofereço meus artigos — textos em que relaciono minha vivência no Brasil com os símbolos, tradições e desafios da cultura polonesa. Meu objetivo é mais do que apenas relatar experiências pessoais: quero enriquecer o imaginário coletivo daqueles que se reconhecem como peregrinos de Cristo em solo polonês, mesmo sendo estrangeiros.
Afinal, a verdadeira fronteira a ser ultrapassada não é apenas econômica, mas espiritual: é a fronteira entre o eu e o outro, entre o nacional e o universal, entre o mero existir e o servir. É nisso que se manifesta o verdadeiro capital — aquele que, segundo o Papa Leão XIII, se acumula através do estudo, do trabalho e da santificação através do trabalho ao longo do tempo.
Portanto, ao me lançar nesse caminho, não vou sozinho. Vou com Cristo, e com todos aqueles que, por amor a Cristo, desejam ver a fé, a cultura e a inteligência florescerem em terras que foram, são e sempre serão tocadas por Sua graça. A Polônia, com sua rica história cristã e sua atual abertura ao mundo, é um terreno fértil para esse tipo de missão. E a você, que lê estas palavras, deixo o convite: vamos juntos?
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