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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como comunidade revelada

1) O que é a Bolívia, senão a comunidade imaginada por Bolívar? Ou o Egito, enquanto comunidade imaginada pelos Faraós do Egito, que foi capaz de resistir ao teste do tempo, a ponto de ser chamada de civilização? Ou o Brasil pós-1822, que toma Bonifácio como pai fundador daquilo que é, na verdade, uma grande mentira: de que o Brasil foi colônia de Portugal?

2) Comunidades imaginadas, ainda que tenham resistido ao teste do tempo, não são nada. A verdadeira comunidade é revelada. Em Ourique, ela se revelou - com o tempo novas comunidades são reveladas, fundadas na missão de servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se santificar através do trabalho não só na América, mas também na África, na Ásia e na Oceania - nos cinco continentes.

3) Não ousem abstrair, não ousem imaginar tendo por base o amor de si até o desprezo de Deus. Deixem que Deus conduza todo o processo. O verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é que tem o condão de prometer, pois Ele foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. Se vocês não imitam a Cristo, não prometam nada - apenas executem o que foi estabelecido. Afinal, vocês não são deuses, mas meros pecadores, tal como Bolívar, Bonifácio e o Faraó do Egito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019 (data da postagem original).

Assim como não há monarquista sem estudo, não há nacionista e ouriqueano sem estudo das duas pontas da nossa História

1) Somos monarquistas porque somos portugueses, ainda que nascidos na América. Nós amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - por conta de conservarmos a memória da dor que esse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem sofreu na cruz, somos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de servirmos a Ele em terras distantes - e nessas terras nos santificamos através do trabalho.

2) Por conhecermos estas verdades, decorridas do milagre de Ourique, é preciso nos opormos tenazmente à monarquia liberal, uma vez que ela pavimentou o caminho para esta república maçônica em que estamos metidos há mais de 130 anos. Se a monarquia liberal for contada como transição para esses 130 anos, são 197 anos de dominação maçônica (visto que a transição durou 67 anos).

3.1) Para se tomar o Brasil como um lar em Cristo, é preciso um sentido: e esse sentido vocês só encontram estudando o milagre de Ourique, não no ato de apatria de 1822, impropriamente chamado de Independência do Brasil e que rompeu com essa razão de ser.

3.2) O estudo das origens de Portugal é negado pela historiografia oficial. Por isso, temos que lutar contra estas coisas, uma vez que isso é lutar contra o mundo e contra o diabo (a carne, nós a presenciamos nesta pública rasteira que é praticada em Brasília, todo santo dia - uma política fisiológica e abjeta, cujo combate a ela já está em curso desde os grandes protestos que se iniciaram em 2013).

3.3) Assim como não há monarquista sem estudo, não há nacionista e ouriqueano sério sem estudo. Você precisa tomar as duas pontas como um mesmo lar em Cristo - o Mar Oceano, o antigo nome do Oceano Atlântico, não é muro de Berlim e não é o bastante para nos separar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.

Para além do argumento de que a monarquia é melhor, por ser mais estável do que a república

1) Quando o assunto é estabilidade, o mero argumento de que a monarquia é mais estável do que a república não é o bastante.

2) Dentre as monarquias européias, a mais estável de todas era a portuguesa - por sinal, a mais antiga delas todas. Ela foi fundada por Cristo, que escolheu D. Afonso Henriques para conduzir o povo português na missão de servir a Ele em terras distantes. Por isso ela tinha uma razão de ser sobrenatural, fundado no Cristo enquanto Rei e enquanto verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

3) Defender a monarquia implica necessariamente recuperar toda aquela tradição política e cultural que foi escamoteada pelo ato de apatria de 1822 e o regicídio de 1908 em Portugal, enquanto subproduto da revolução republicana que houve aqui no Brasil em 1889.

4) Defender a volta da monarquia e conservar as estruturas revolucionárias de 1822, baseadas na mentirosa alegação de que o Brasil foi colônia, é viver em conformidade com as idéias de José Bonifácio, que imaginou essa comunidade. E isso é conservantismo, pois isso nega Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.

Como se funda um partido político?

1.1) Numa sociedade de massas, partidos políticos podem ser fundados por arranjos conservantistas, aos moldes oligarcas ou salvacionistas, aos moldes nacionalistas ou populistas.

1.2.1) O programa do partido, se estiver dissociado daquilo que se fundou em Ourique, não passa de uma constituição, da forma como foi pensada por Ferdinand Lassalle: uma folha de papel.

1.2.2) E por conta disso, a fisiologia nesses partidos impera, visto que não passam de clubes eleitorais onde o império da quantidade de votos impera, não os motivos determinantes fundados no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, coisa que constitui o império dos votos qualitativos, onde só os melhores são capazes de fazer o que é fundamental: motivar os votos, como um bom juiz faria.

2.1) Os verdadeiros partidos são associações de pessoas que unem em prol do bem comum. E isso se torna ainda mais importante quando o nosso real sentido é servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

2,2.1) Esses partidos começam como uma associação de pessoas que se unem para estudar a sério a História do Brasil. Começam como uma sociedade iniciática.

2.2.2) Com o tempo, essas sociedades inciáticas surgem como uma academia. E depois evoluem para guildas profissionais.

2.2.3) Na fase de Guilda, onde a santificação através do trabalho se torna a base para se servir a Cristo em terras distantes, é que é possível se fundar um partido brasileiro, dado que é um partido de trabalhadores. Da fase das sociedade iniciáticas, um partido português pode ser fundado, pois é um partido de nobres, que se santificaram através do trabalho de estudar.

3.1) É preciso haver toda uma evolução institucional de modo que se fomente cultura e consciência de modo que haja toda uma geração de políticos dedicada a fazer com que o Brasil deixe de ser esse filho ingrato que é, a ponto de voltar para a casa do Pai e servir a Cristo em terras distantes. Só assim o Brasil será tomado como um lar em Cristo na sua verdadeira razão de ser.

3.2) É preciso que se fomente uma cultura nesta direção. E só aí é que vem a verdadeira ação política.

3.3) A sobrevivência a este estado de anarquia em que nos encontramos pede adaptação e cultivo das almas para a verdade - o que pede espírito de reserva, discrição e senso de empreendedorismo.

3.4) Se você conhece o verdadeiro sentido pelo qual o país foi fundado, trabalhe e reze para que este estado de transição que foi criado por conta da eleição de Bolsonaro não seja descosturado. Estamos na corda bamba - e precisamos nos equilibrar para não cair. E na medida do possível, vamos organizando toda essa evolução institucional necessária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.

Sobre o médico e os monstros

1) Não me responsabilizo pelo mau uso que fazem das minhas postagens.

2.1) Já usaram uma postagem que escrevi a respeito da necessidade de se fazer votos de pobreza em matéria de promessa para criticar Bolsonaro.

2.2) Embora ela atinja a realidade de quase todos os políticos do Brasil, é preciso que se veja o que não se vê: os políticos são o espelho do que há em muitos membros da população. Já lidei com muita gente que me prometeu muita coisa e que não cumpriu nada do que me foi acordado, a ponto de a ordem pública ser um espelho da ordem privada (ou uma imagem distorcida desse mesmo espelho, se virmos as coisas pelo prisma da mentalidade revolucionária)

3.1) Se a política, assim como a riqueza para o protestante, é vista como salvação, então o político é erroneamente tomado como médico. Só que esse médico representa o que há de pior no eleitorado, os verdadeiros monstros.

3.2) Na República, os piores vícios do povo são representados. Um desses vícios é lançar as sementes da promessa no vazio, o que edifica liberdade com fins vazios - e isso é um prato cheio para o comunismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Por que meu afeto não pode ser comprado?

Um contato certa vez me disse:

_ José, seja mais meu amigo!

Eu respondi a ele:

_ Você não estuda meus escritos, não estuda o que estudo e não acompanha minha luta contra o mal, muito menos colabora com o meu trabalho. Como você pode querer que eu seja seu amigo se você não conquista minha lealdade e admiração?

_ Além disso, nunca pedi a ninguém para ser meu amigo. Eu raramente tomo a iniciativa para adicionar alguém no facebook. Geralmente são as pessoas que me adicionam - muitas delas me deletam por alguma razão. Em geral, porque digo coisas que ferem o senso que elas têm de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Se elas realmente discordassem, elas diriam razões fundadas em fatos históricos e teriam que refutar tudo o que digo - o que pede muito estudo. Como esse pessoal é muito pouco afeito aos estudos, terminam me deletando, pois esta é a decisão mais fácil, e mais covarde, a ser tomada. Além disso, quando uma pessoa vem com essa pra cima de mim, é sinal de que mais cedo ou mais tarde ela vai me trair. Eu lamento, mas meu afeto não pode ser comprado. Ele só pode ser conquistado - como sou exigente, você logo perceberá que conquistar uma pessoa como eu não é fácil. E você acabará desistindo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2019.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Notas para uma egiptologia cristocêncrica

1) É sabido que o trigo é um alimento nobre. Uma vez esmagado, dele se obtém a farinha para se fazer o pão, o que é essencial para a dieta humana.

2) As primeiras civilizações nasceram junto aos rios. Através do húmus produzido pelas cheias do Nilo, tinha-se o terreno ideal para o cultivo deste nobre cereal.

3.1) Como o trigo é nobre, ele foi usado como commodity comercial por milênios.

3.2.1) O trigo do Egito foi usado para alimentar povos inteiros do Mediterrâneo e da Mesopotâmia, a ponto de esta civilização influir em outras, seja através do comércio, seja através da cultura, seja através da guerra.

3.2.2) Até onde fosse a cheia do Nilo era possível medir e até calcular quanto de tributo que podia ser dado ao Faraó.

3.2.3) O Egito era uma dádiva do Nilo e o Faraó era tomado como se fosse um Deus - por isso, tributos eram a ele dados. Para que isso acontecesse, nilômetros eram colocados ao longo do território.

3.2.4) Mas o Faraó não é o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. O tirano do Egito, assim como o trigo, foi esmagado, dando lugar a Jesus Cristo, Rei do Universo.

3.2.5) Todos os que são ricos no amor de si até o desprezo de Deus precisam mortificar o seu eu de modo que seu nobre exemplo seja exemplo para os outros. O humilde precisa se alimentar do corpo e do sangue de Cristo de modo a a viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2.6) Como a tarefa de anunciar o evangelho é grande, os poucos que realmente imitam a Cristo precisam organizar latifúndios de trigo e uvas em todo o lugar que fosse fértil de modo que o alimento espiritual fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro homem não faltasse.

3.2.7) É a partir daí que ele é distribuído a toda criatura de modo que esta também adquira a ciência perfeita e seja capaz de provar de coisas de modo a distinguir o que é sensato do insensato, a ponto de conservar o que é sensato como algo conveniente, pois isso é indício de conformidade com o Todo que vem de Deus. Desnecessário dizer que a Grande Biblioteca de Alexandria nasceu num Egito que sofreu a influência helênica, a ponto de Grécia e Egito serem tomados como um mesmo lar em Cristo, por Cristo e para Cristo - o que é causa de nacionidade.

4.1) Eis aí os fundamentos do distributivismo e da ética distributiva.

4.2) Quando se dá de maneira livre, gratuita e sistemática o alimento que dá vida e o vinho que dá coragem, você promove a integração entre as pessoas, de tal modo que o conhecimento seja cada vez mais disperso, à medida que a população vai ficando cada vez mais abundante, pois o Senhor veio para dar vida em abundância. Não é à toa que Ele passou uma parte de sua vida no Egito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2019.

Comentários:

Edmundo Noir:  

1) O Egito foi uma civilização paradoxal. Talvez uma figura ou uma imagem de todo o Ocidente. 

2) Foi uma nação de gênio, lugar onde floresceu uma cultura bela e avançada, nação que acolheu e abrigou Israel e sua descendência, nação que abrigou o próprio Cristo junto da Sagrada Família, por ocasião da perseguição de Herodes. Nação que, apesar de seus vícios pagãos, havia - pela luz natural da razão - chegado à ideia de um Deus uno. Nação que gerou Ismael, personagem real e arquétipo de toda a força do povo árabe - uma raça teológica, tal qual a judia, destinada perdurar até o fim dos tempos. 

2.2) Mas também foi a nação que, tão logo esqueceu esses avanços, mergulhou na idolatria, na gnose, na magia, pois perseguiu e tiranizou o povo eleito, lar de monstros e vagabundas como Cleópatra. 

3) O Egito desperta um misto de medo e admiração.

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