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sábado, 2 de maio de 2020

Da Igreja Católica como mestra do processo civilizatório - notas sobre o poder das chaves ao longo da história

1.1) Nunca dispare uma flecha que um dia possa se voltar contra você. 1.2) Quando você reconhece os sinais dos tempos, você acaba percebendo muito bem que verdade conhecida é verdade obedecida - e essa obediência se funda no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de sua palavra não ser servida com fins vazios, assim como a ordem decorrente dessa palavra semeada. 2.1) A ordem servida com fins vazios fornece os meios necessários para sua própria destruição. 2.2) No caso do Império Romano, isso se deu através das estradas - como elas eram feitas para durar, elas foram usadas por séculos após a queda de Roma e ajudaram na formação dos reinos cristãos, a partir dos bárbaros que queriam imitar os romanos na grandeza. Nisso, a Igreja viu a oportunidade de estabelecer uma nova ordem, se pudesse dividir o poder com esses novos conquistadores, a ponto de o trono estar a serviço do altar de modo propagar a fé cristã. 3.1) A ordem feudal é exatamente isto: a antigüidade temperada com cristianismo. Os bárbaros imitariam Roma em sua grandeza, mas seriam tutelados pela Igreja. E durante a tutela, eles foram se tornando nações civilizadas. 3.2.1) Afinal, não dá pra se falar em nacionidade sem antes falar em civilização, sobre o processo de educação de um povo inteiro de modo a ficar sujeito à autoridade e proteção do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de se eliminar da face da Terra os que atentam deliberadamente contra a Santa Cruz, porque são demônios, e de se morrer por Ele por meio do martírio, já que Cristo é construtor e destruidor de Impérios fundados na verdade, que é o fundamento da liberdade. E esses impérios fundados na verdade são impérios de cultura. 3.2.2) Por isso, a Igreja é tanto mestra da verdade quanto mestra do processo civilizatório Ela é a mestra na verdade, na arte de se viver em conformidade com o Todo que vem de Deus. E essa arte leva a um jeito excelente de se viver a vida, cujo estudo pode ser tomado como uma verdadeira ciência: a ciência da cruz, a ciência de se morrer para si de modo que Deus viva em nós, através da Santa Eucaristia. José Octavio Dettmann Rio de Janeiro, 2 de maio de 2020.

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