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terça-feira, 12 de maio de 2020

Biometria, economia da informação e biblioteconomia - notas sobre a integração desses três elementos no comércio de livros físicos

1) Quando eu ia pra faculdade, eu costumava parar no terminal de ônibus João Goulart, em Niterói, de modo a pegar um ônibus que me deixava na porta da faculdade. Enquanto fazia meu caminho até a fila do ônibus, eu observei que os banheiros do terminal tinham catracas. Cheguei até ver pessoas pagando um real ou dois de modo a usar o serviço. 

2.1) Por conta de uma modificação que havia para o The Sims 3, baixei as catracas - e as coloquei numa loja que criei para vender comida. Próxima às catracas, coloquei uma máquina de vender ingresso. E a pessoa precisava comprar um ingresso para poder entrar.

2.2.1) Pela minha experiência nesse jogo, a mera cobrança de ingresso para acessar o estabelecimento denuncia a presença de pessoas interessadas na minha atividade econômica organizada - e se há demanda, isso é indicativo de que devo colocar meus empregados para trabalhar de modo a atendê-la.  

2.2.2) O controle e o registro de presença das pessoas por meio de ingressos é uma forma de administrar a demanda - se essas catracas tivessem dados biométricos, poderia fazer atendimento personalizado, de modo a poder atender o cliente com máxima eficiência. 

3.1) No mundo real, se tivesse uma loja, eu faria as pessoas entrarem nela comprando um ingresso. O ingresso é o indicativo de que há uma demanda a ser atendida.  

3.2.1) Se tivesse uma livraria, toda compra de livro revelaria um dado biométrico do cliente, indicando qual é o tipo de gênero que a pessoa gosta de ler e qual é o seu autor favorito. Assim, forneço ao cliente certo o que a pessoa necessita tendo por referência o princípio de que todo leitor tem seu livro e de que todo livro tem seu leitor. 

3.2.2) Se a pessoa tiver um gosto bem variado, posso oferecer opções, sugestões, informações, faixas de preço, tudo de modo a agradar o cliente. Dessa forma, consigo um ganho maior sobre a incerteza. Dessa forma, integro biometria, economia da informação e biblioteconomia. 

4.1) Para que essas coisas tenham seu fim justo, que elas sejam usadas para serem servidas ao boem comum, já que a verdade é fundamento da liberdade. Se vejo nas pessoas um Cristo necessitado, colho um dado biométrico delas de modo a atendê-las do melhor modo possível. 

4.2.1) Se não vejo nas pessoas um irmão ou uma irmã necessitada, então o uso de tais tecnologias seria servido com vazios, a ponto de se ter controle sobre tudo e sobre todos, a ponto de se dividir o mundo entre eleitos e condenados. 

4.2.2) Não é sensato, portanto, que se use tecnologia biométrica sem que a sociedade esteja muito bem cristianizada - numa sociedade sem Cristo, o homem é lobo do próprio homem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de maio de 2020.  

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