1) Se uma família é portadora de um privilégio aristocrático, em razão de ancestrais haverem servido à pátria com distinção, então esse privilégio deve ser exercido pelo melhor membro da família que esteja à altura de honrar o legado dos ancestrais.
2) O fato de haver primogenitura indica que há um filho mais velho mais experiente e mais consciente do dever de honrar o dever familiar, mas nem sempre o primogênito é necessariamente o campeão de sua família, a ponto de representá-lo na arena política, onde o destino do país a ser tomado como um lar em Cristo nos momentos mais decisivos.
3.1) Nos tempos atuais, o privilégio aristocrático deveria ser dado nos mesmos critérios do merecimento militar. Talvez o filho caçula melhor demonstre as qualidades necessárias para representar a família e honrar os títulos acumulados por gerações.
3.2) Antigamente, a promoção nos postos da hierarquia militar se davam por conta da origem da família, o que decorria do princípio da primogenitura. Hoje, a promoção nos postos militares se dá por mérito - escolhe-se o mais preparado e o mais virtuoso.
4.1) Se os critérios militares de hoje são modernos, então a nobiliarquia terá uma natureza mais moderna, meritocrática. E quando formos avalar o mérito, devemos ver se a pessoa espelha as qualidades do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - nem sempre o primeiro nascido encarna essas virtudes.
4.2) Se fosse cobrado de todos os primogênitos o dever do sacrifício, certamente os tempos antigos teriam mais valor. Mas hoje essa virtude está cada dia menos valorizada, em razão da inflação dos egos, E a inflação dos egos eleva o preço de todas as coisas, a ponto de tudo ficar injusto.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 29 de maio de 2020.
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