1) Se Cristo é Rei de uma nação, então a autoridade aperfeiçoa a liberdade de tal maneira que o bem comum gera um ambiente onde as pessoas se integram de tal forma a amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Como essa integração tem natureza produtiva, pois faz com que todos acabem prosperando materialmente e espiritualmente em razão da concórdia havida entre as classes profissionais, a ponto de todos tomarem o país como um lar em Cristo. Por conta disso, tributos são dados a essa pessoa, a esse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem em razão do serviço prestado, o que é ganho sobre a incerteza, uma vez que a vida venceu a morte.
2.1) Quando tributos são dados ao Faraó, ao homem que se acha Deus, eles tendem a ter uma natureza improdutiva, que é própria da usura.
2.2) A classe governamental ilegítima tende a ser uma classe ociosa - ela não contribui em nada para o aprimoramento da sociedade política fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes. Ela se preocupa com a sua própria prole, que herdará os contatos de seu pai, a ponto de fazer da política uma profissão, não uma vocação.
3.1) Os tributos podem ser dados na forma de trabalho (prestação in natura) ou na forma de moeda (dízimo).
3.2) Se eles são destinados ao verdadeiro Deus e verdadeiro homem, os que se santificam através do trabalho fazem as melhores coisas de modo a agradar a Deus - se eles se destacam na prestação desse serviço in natura, eles passam a ser tomados como os melhores da sociedade, a ponto de constituírem a nobreza, dado que serão os primeiros que derramarão seu sangue por Cristo, a exemplo dos mártires. E por conta disso, devem ser remunerados com os melhores produtos, já que imitaram a Cristo neste aspecto - eis a verdadeira elite.
3.3) Os tributos dados na forma de trabalho, se forem destinados a um Faraó, fazem com que a liberdade seja servida com fins vazios, o que leva à tirania. E da tirania vem a escravidão, a opressão. E neste ponto, é possível dizer que imposto é roubo - ele decorre da usura, da cobrança de algo que não pertence ao governante, uma vez que ele não imitou o verdadeiro Deus e verdadeiro homem naquilo que é próprio de um Rei.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 7 de de dezembro de 2019.
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