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domingo, 15 de dezembro de 2019

Olavismo, conservantismo e a questão da mentalidade revolucionária no Brasil - panoramas do atual cenário histórico e cultural em que estamos metidos desde o ato de apatria de 1822.

1) Há quem diga que nem a constituição, nem a vontade popular, nem o bem comum têm qualquer sentido no Brasil de hoje, uma vez que reina nesta república maçônica a guerra das gangues ideológicas, as guerras de facção. Nela, os organismos burocráticos são apenas um poder moderador precário, que regula as coisas de modo que a guerra não passe para as vias de fato, a ponto de ficar restrita apenas à política e à cultura.

2.1) Este estado de coisas começou a existir a partir do momento em que Bonifácio inventou o argumento de que éramos colônia de Portugal - a justificação de todo esse falso poder que levou à independência do Brasil.

2.2) Desde que o Brasil se separou de Portugal, o país passou a ser concebido como uma comunidade imaginada e planejada pela maçonaria, destinada a ser o império dos impérios do mundo a ponto de servir como laboratório de experimento para experiências revolucionárias, o que antecipou o socialismo científico de Marx décadas antes de ele haver formulado isso em sua obra.

2.3) Nessas comunidades imaginadas pela maçonaria, onde a utopia revolucionária tem seu lugar na realidade fundada no que se conserva de conveniente e dissociada da verdade, o povo é gado, é embrutecido e é selvagem. Basta vermos como é a Bolívia, enquanto comunidade imaginada por Bolívar - ela é antessala daquilo que é a Pátria Grande, onde Pachamama é o Deus-Rei dessa terra.

3.1) O segredo para reverter este estado de coisas é estudarmos a História de Portugal com o intuito de melhor compreender o Brasil. Esta dica foi dada pelo professor Loryel Rocha.

3.2.1) É um erro pensar Bonifácio como pai fundador de alguma coisa, a não ser de uma grande mentira.

3.2.2) Por conta disso, o olavismo está nos colocando numa pista falsa. Por isso que digo que o horizonte de consciência do olavismo está equivocado, a ponto de fomentar má consciência em muitos e gerar um conservantismo sistemático. Eles estão à esquerda do Pai, ainda que se digam de direita, nominalmente falando.

3.2.3) Os founding fathers americanos também não são santos. Eles por muito tempo ajudaram a causa jacobina, o que fomentou uma revolução anticatólica e regicida na França, a qual desaguou no Brasil 100 anos depois. Recentemente fui marcado numa postagem que cita um livro nessa direção. Eu não tenho o livro, mas pretendo importá-lo dos EUA, assim que eu possa.

4.1) Eis a ironia da História: quando Bonifácio disse que éramos colônia de Portugal, isso abriu uma porta onde nosso imaginário passou a ser colonizado por qualquer potência que foi aos mares em busca de si mesma, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação e piratear o que os outros produzem em prol desse verdadeiro bem comum que é a cristandade. Da heresia de Henrique VIII surgiu esse horror metafísico, político e jurídico chamado Estados Unidos da América. Enquanto a maçonaria faz a América, a maçonaria daqui afunda o Brasil, criando uma verdadeira técnica das tesouras que não é observada, por conta da cegueira ideológica conservantista, uma cegueira escolhida.

4.2.1) Por isso que digo que não sou a favor dos vermelhos, nem dos verde-amarelos - sou ouriqueano, pois defendo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o Império que foi criado para que o nome de Cristo fosse propagado em terras distantes, para propagar a fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus (a fé católica).

4.2.2) Esta é a verdadeira realidade que defendo, posto que aponta para a realeza de Cristo, enquanto todas as demais não passam de embuste, porque não estudam toda a História, o que implica tomar Portugal e Brasil como um mesmo lar em Cristo, em razão da missão recebida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2019.

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