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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Notas sobre digitalização e uma importante lição do cristianismo

1) Os que não querem ter trabalho vão dizer que digitalização é perda de tempo; quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, no entanto, sabe que é preciso perder a vida para se ganhar a vida eterna.

2.1) Quem perde a vida se dedicando à digitalização está se santificando através do trabalho de modo a santificar não só a própria inteligência mas também a de muitos. Se a digitalização for feita de maneira artesanal, tal como eu faço, em um ano você faz três livros, se você for muito tarimbado. Em 10 anos, você faz em torno de 30 livros.

2.2) O tempo a ser gasto num livro varia muito: depende das condições do material, do número de páginas do projeto e se ele não é um livro de bolso (livros de bolso são mais difíceis de trabalhar, digo por experiência própria). Se você digitaliza pelo menos 70 páginas por mês, você é capaz de digitalizar um livro de 200 páginas em pelo menos 3 meses. Se o livro for bom, ele produzirá muitos frutos.

3) Eu posso dizer que digitalização é uma espécie de agricultura - trata-se de cultivar os campos da alma, onde a própria palavra, além de arado, é também espada em tempos de crise. Se você dedica sua vida a ser jardineiro deste paraíso que se perdeu por conta do conservantismo alheio, então a vida eterna será ganha por meio deste trabalho. É ganho sobre a incerteza, principalmente nestes momentos decisivos da História do Brasil

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2019.

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