1) Quando você organiza uma atividade intelectual organizada - necessária à economia da salvação, a ponto de fazer as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que elas estejam em terras distantes -, você é apenas uma gota no Mar Oceano da misericórdia, um mísero ponto neste mar nunca dantes navegado que é a rede social, que é uma rede ponto a ponto, peer to peer.
2) Se você mostra a outro ponto que Cristo é o caminho, a verdade e a vida, você começa a integrar este outro ponto a esta atividade organizada, a ponto de uma integração entre os pontos criar verdadeiros nós, verdadeiros laços de solidariedade onde a promessa é dívida e que ela deve ser honrada, uma vez que o organizador da atividade intelectual organizada está revestido de Cristo Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - e este verdadeiro Deus e verdadeiro Homem deve ser honrado, da mesma forma que o pai e a mãe.
3.1) Os verdadeiros relacionamentos produtivos são aqueles onde as pessoas honram suas promessas a ponto de remunerar o que se santifica através do trabalho intelectual organizado, de modo que ele tenha o direito de comer o pão de cada dia.
3.2.1) Quanto mais pontos criados, quanto mais nós são criados nessa rede, maior a capitalização moral fundada nesses laços de solidariedade, fundados naquilo que há de mais sagrado, de mais sólido.
3.2.1) Quando esses nós integrados migrarem do campo virtual para o campo real, uma comunidade fundada nesses laços de amizade é revelada, passando a exercer um papel real na sociedade, uma vez que é Igreja militante também.
4.1) Quando a liberdade é servida com fins, a impressão é que se tem é que cada um tem o direito de dizer o que bem entender, sem conseqüência alguma, a ponto de chamarem isso de "liberdade de expressão".
4.2.1) Se a pessoa faz uma promessa vã, ela gera um conflito de interesses que pode desaguar num processo judicial.
4.2.2) Como a justiça deste mundo não se sujeita aos ensinamentos da Santa Madre Igreja Católica, a lide não será resolvida de modo que os litigantes se reconciliem tendo por Cristo fundamento, uma vez que este é o verdadeiro fundamento da justiça, a ponto de ser tomada como uma relação produtiva.
4.2.3) Se a verdade não existe, se Cristo não é visto no sofrimento de quem mais necessita da justiça, então ela é uma ilusão, a ponto de a definitividade do caso concreto, ainda que advindo de uma rede social, não passar apenas de um mero feito julgado, uma maçaroca de folhas de papel chamada de processo, a ponto de gerar uma crise social sem precedentes. E neste ponto, todos os membros do poder judiciário (todos os juízes, promotores, oficiais de justiça e técnicos judiciários) serão tomados como membros de uma classe ociosa, um verdadeiro exército que custará caro ao erário e não produzirá nada em troca, uma vez que não há verdade nem justiça a ser dita, a ponto de a arte de dizer o direito ser servida com fins vazios, a ponto de se reduzir ao mais puro ativismo judicial.
4.2.3) Se a verdade não existe, se Cristo não é visto no sofrimento de quem mais necessita da justiça, então ela é uma ilusão, a ponto de a definitividade do caso concreto, ainda que advindo de uma rede social, não passar apenas de um mero feito julgado, uma maçaroca de folhas de papel chamada de processo, a ponto de gerar uma crise social sem precedentes. E neste ponto, todos os membros do poder judiciário (todos os juízes, promotores, oficiais de justiça e técnicos judiciários) serão tomados como membros de uma classe ociosa, um verdadeiro exército que custará caro ao erário e não produzirá nada em troca, uma vez que não há verdade nem justiça a ser dita, a ponto de a arte de dizer o direito ser servida com fins vazios, a ponto de se reduzir ao mais puro ativismo judicial.
4.3.1) Eis aí os perigos que há neste mar tempestuoso fundado no relativismo moral.
4.3.2) Quem se santifica através do trabalho intelectual está sujeito a este tipo de intempérie, uma vez que viver nestes tempos é perigoso e o mar não está pra peixe. Mas, não obstante a todos estes perigos, o que se lança nestes mares por Cristo o faz sabendo que tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Basta ele não ser como a Espanha, que se lançou em mares pretéritos rica no amor de si até o desprezo de Deus.
4.3.3) Infelizmente, não é o que vemos na maioria das pessoas, principalmente nos youtubers, que fazem da monetização riqueza tomada como um sinal de salvação - eles terminarão naufragando, uma vez que este Mar da Misericórdia é caudaloso com os vaidosos, a ponto de terminarem seus dias à deriva e afogados por conta do mal que causam a si mesmos, quando fomentam má consciência nos outros, a ponto de criar uma cultura onde conservar o que é conveniente e dissociado da verdade é meritório, embora isso seja odioso.
4.3.4) A ética protestante e o espírito do capitalismo não são a melhor resposta que deve ser dada a estes tempos de crise - e este é o espírito deste tempo, que é uma pequena janela para a eternidade, esse todo que é a maior do que a soma de todas as épocas já passadas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2019.
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