1) Quando eu comecei meus estudos históricos, eu aprendi uma coisa: que o Egito é uma dádiva do Nilo.
2) Se olharmos do ponto de vista da linguagem, dádiva é o mesmo que presente dado por Deus. E em francês, a palavra para presente é cadeau, o que lembra de certa forma cadeia de produção - aquilo que é capaz de trazer para o presente, visando o bem comum de todos os homens de boa vontade, o que está no futuro, que a Deus pertence. Por isso, todas as honras devem ser dadas a Deus, de modo que essas coisas sejam dadas por acréscimo - eis o fundamento da capitalização moral.
3) É por essa razão que o Nilo era usado como meio de transporte de modo a conectar as pedreiras que estavam ao sul às planícies de Gizé, que estavam ao norte, facilitando assim o processo de construção das pirâmides. Este símbolo da identidade civilizacional egípcia não seria possível sem o rio da integração nacional, que é o Nilo - sem esse rio, ficaria impossível tomar este lugar como um lar em Cristo, em razão de ser um celeiro do mundo, o que atraiu o povo eleito de Deus, o povo hebreu, para estas terras. Estas mesmas terras abrigariam a Sagrada Família de Nazaré da tirania de Herodes. Por Isso, o Egito teve o privilégio de abrigar o menino Jesus em suas terras - eis a razão de ser dos coptas.
4) Quando falamos em nacionidade, devemos examinar as circunstâncias geográficas, assim como o nosso clima, como circunstâncias que favorecem ou não a integração das pessoas para um projeto em comum voltado para a vida eterna. Se essas circunstâncias forem favoráveis, elas são como o cavalo e o cavaleiro: eles serão uma coisa só, em razão da perfeita simbiose que há entre os homens de boa vontade, o meio-ambiente e o clima - eis um tripé que favorece ao desenvolvimento político enquanto continuação da trindade.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2020 (data da postagem original).
Postagens Relacionadas:
https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2019/12/notas-para-uma-egiptologia.html
https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2020/11/notas-sobre-os-coptas.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário