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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Do direito empresarial como direito autoral: o caso do Facebook

1) Quando você estabelece uma atividade econômica organizada a partir do capital que você acumulou decorrente da santificação através do trabalho, você se torna autor dessa atividade, que é posta ao serviço do bem comum. Você se torna o capitão dessa indústria, o comandante e protetor de seus empregados, a ponto de ser patrão deles.

2) Neste ponto, a empresa é uma criação comum, pois ela serve a toda a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento para que juntos, patrão e empregados, possam se santificar através do trabalho e fazer o país ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

3.1) Se a empresa atende a seus clientes em terras distantes, então ela acaba servindo a Cristo em terras distantes através da santificação através de trabalho. Quanto mais ela progredir, mais a nação progride também, a ponto de ser um patrimônio do povo. 

3.2) Da propriedade privada do virtuoso nasce a propriedade pública através da distribuição das ações, pois quem quiser ser sócio e colaborar com este projeto civilizacional de produzir bens e riquezas visando promover o bem comum de todos acabará encontrando nessa empresa um nobre e honroso exemplo sobre como deixar um legado civilizacional para a posteridade e assim aprender com ele. Uma boa empresa é uma boa obra, já que as necessidades do corpo são tão importantes quanto as necessidades do espírito e da alma.

4.1) Agora, quando a empresa fica gigante e volta-se para objetivos vãos - como ter o controle de tudo e de todos - ocorre o abuso do direito autoral, do direito de propriedade, propriamente dito.

4.2) O autor do Facebook, Mark Zuckerberg, criou uma obra maravilhosa, mas passou a abusar da obra a ponto de destruir tudo o que há de mais sagrado. Como está prejudicando o bem comum, a soberania de seu país, a liberdade de seus conterrâneos e de todos os que se encontram ao seu redor, ele deveria ser condenado a uma ação de fazer, que é entregar a empresa a alguém que esteja comprometido publicamente a tocar essa empresa de modo que ela recupere a sua dignidade perdida e volte a servir ao bem comum, promovendo assim os verdadeiros valores de uma nação livre em Cristo, por Cristo e para Cristo, uma vez que a verdade é o fundamento da liberdade. E isso só pode ser possível convertendo a América maçônica numa nação católica, a ponto de as autoridades aperfeiçoarem a liberdade de muitos neste aspecto. 

5.1) Alguns podem me perguntar: o Facebook perdeu a sua "função social"? 

5.2) Entenda de uma vez por todas: não existe função social de empresa, pois o Estado, através do poder jurisdicional, não pode ser tomado como se fosse religião. 

5.3) O Estado é o legado acumulado de vários reis, de vários vassalos de Cristo ao longo do tempo: Cristo, em Ourique, mandou que servíssemos a Ele em terras distantes - e os indivíduos postos sob proteção e autoridade do vassalo que colaboram com o bem comum são parte dessa empreitada, por meio de sua livre iniciativa particular. 

5.4.1) Por isso mesmo, tudo é de Deus, até mesmo o Facebook. E o Facebook é ferramenta fundamental de evangelização, de promoção do Santo Nome do Senhor em terras distantes. Por isso, seu valor é inestimável, pois transcende seu valor financeiro. 

5.4.2) Uma vez que esta empresa for tirada da mãos de Zuckerberg, que ela encontre um bom comandante e que se dê a ela uma boa destinação, livre dos esquerdistas e comunistas que a constituíram. Eis a verdadeira recuperação de que o Facebook necessita. É parte de uma justiça terapêutica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2020.

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