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domingo, 1 de novembro de 2020

Do hibridismo para a miscigenação - reflexões sobre o tema

1) Para os gregos, o híbrido, a mistura de duas espécies diferentes, era um verdadeiro horror metafísico. Para eles, tudo o que não fosse grego era considerado bárbaro. O cruzamento de um grego com uma mulher bárbara era uma aberração para eles, a ponto de o sujeito ser um considerado um não-ser ambulante.

2) Os árabes conservam essa concepção, pois chamam de mameluco todo aquele que descende do cruzamento de um árabe com um não-árabe. Por ser um não-ser, ele era considerado um escravo. Tal como os gregos, o islã, esse esquema odioso de dominação política e religiosa inventado por Maomé, via a mistura de origens como uma aberração, como um horror metafísico.

3) Só no Cristianismo é que a noção de hibridismo foi superada. Se você é livre, você é escravo do Evangelho e deve servir a outros povos de modo que estes tomem o seu país como um lar em Cristo junto com o seu país de origem, tal como o padre Jan fez: ele serviu a Cristo tão bem nesta terra que estou tomando o país dele, a Polônia, como um lar em Cristo junto com o meu, a ponto de servir o meu conhecimento lá também, em razão do excelente serviço que ele me prestou em Cristo. Se eu ganhar o coração de uma polonesa e acabar constituindo uma família com ela, será ganho sobre a incerteza. Em Cristo, meus filhos terão dupla nacionalidade, a ponto de criarem as pontes de modo que as duas comunidades seja cada vez mais integradas (eis a força do conjunto A em união com B, sendo A o Brasil e B a Polônia).

4) Uma cultura de casamentos mistos fundada no amor de Cristo acabará ampliando e muito as possiblidades civilizacionais, a ponto de ela exercer influência na Cristandade por muito tempo, pois numa mesma pessoa pode haver uma multiplicidade de culturas e povos todas unidas no fato de amarem e rejeitarem as mesmas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento, já que a verdade é o fundamento da liberdade - eis a multiculturalidade.

5) O racismo é o restabelecimento desse horror metafísico decorrente do hibridismo pagão, somado a uma cosmologia teológica herética que divide o mundo entre eleitos e condenados. Por isso mesmo, ela deve ser combatida com todas as forças.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2020 (data da postagem original).

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