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sábado, 14 de agosto de 2021

Como o videogame me introduziu ao universo de Senhor dos Anéis - exemplo do efeito demonstrativo da literatura de Tolkien em outras mídias como o videogame

1) Em 1996, quando eu tinha 15 anos, eu costumava jogar Warcraft - a Batalha entre Orcs e Humanos.

2) Eu sempre joguei com os humanos, já que eram católicos e amigos de Deus. Como o pessoal da minha escola se interessava mais por soccer do que por videogame, eu dizia pra minha mãe que não me interessava por "esporte de orc" (no caso, o futebol). E foi na solidão que acabei moldando o meu ser com jogos de estratégia - o que foi muito bom para mim.

3.1) Muito mais tarde, nestes tempos atuais de rede social, eu descobri que o jogo foi inspirado na obra do Senhor dos Anéis. 

3.2) Se os orcs eram os monstros que representavam a massa ignara e medíocre, cujo gosto é completamente pautado pela cultura de massa, então fiz muito bem em não me interessar por coisas que são próprias de orc, mas naquilo que é nobre e edificante e que me torna humano, enquanto criatura muito amada por Deus. Até mesmo a Santa Religião Católica não é nem assunto para quem tem espírito órquico, pois essa gente só sabe conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que os aproxima do capeta.

4.1) Sem ter lido Tolkien, acabei incorporando a beleza desse universo, através do videogame - eis o efeito demonstrativo por conta dos muitos anos de ter jogado videogame.  Vai chegar um dia que vou ler os livros de Tokien seja na minha língua ou mesmo no original, em língua inglesa.

4.2) Por natureza, não gosto de ser pautado pela moda - gosto de ser conquistado através do diálogo e da demonstração do exemplo. E mídias alternativas como os jogos, que não estão no radar da direita canhota, ajudam a edificar e muito minha consciência neste aspecto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2021 (data da postagem original).

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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Notas sobre minha experiência dialogando com filipinos, vietnamitas e indonésios

1) Ao longo do tempo, tive a oportunidade de conversar com gente das Filipinas, do Vietnã e da Indonésia. Os idiomas falados nesses lugares usam o mesmo alfabeto que usamos: o latino, usado por todas as línguas ocidentais, menos o grego. Por isso, aprender os idiomas desses lugares não deve ser tarefa difícil - o duro é aturar a ausência de cristianismo de certas pessoas dessas regiões.

2) Umas das pessoas que me contatou do Vietnã, uma moça jovem e bonita, se interessou por mim, pois ela achava que eu era um homem bonito. Se ela estivesse realmente interessada em um católico, trabalhador, que lutasse para defender seu país do comunismo e que fizesse dela uma mulher cristã, eu seria a pessoa certa. 

3.1) Infelizmente, ela me escolheu pelos motivos errados - e por saber que esses motivos eram errados, eu fui embora e a bloqueei. Se ela tivesse me escolhido pelo trabalho que faço visando o bem do meu país e o quanto isto pode ser útil a ela, mesmo sendo de uma cultura completamente diferente da minha, eu me sentiria honrado e passaria boa parte do meu tempo cuidando desta alma que foi a mim confiada pelo próprio Deus, ainda que esteja em outro lado do mundo. 

3.2.1) Isso faria com que eu tomasse o país dela como um mesmo lar em Cristo junto com o meu, pois o bom caráter dela compensaria a falta de atratividade que o país dela tem a me oferecer. Afinal, o Vietnã não tem nada a me oferecer, a não ser vantagens econômicas - e o aproveitamento destas vantagens pede um outro tipo de ser que eu não sou. 

3.2.2) Eu não sou um empresário materialista que faz da riqueza sinal de salvação, como os outros - sou apenas um católico e necessito de católicos de modo a crescer numa determinada região, por mais estranha que ela me seja. Até explorar as vantagens de maneira correta, isto pede uma lenta e gradual conversão do povo inteiro à verdadeira fé. E a janela que está hoje aberta poderá estar fechada quando o país estiver pronto para o tipo de trabalho que faço. Não é à toa que prefiro trabalhar com países maduros na fé - como a Polônia, por exemplo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 2021 (data da postagem original).

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Se devo ser romano na ambição, então qual Roma devo seguir? A dos apóstolos ou a dos césares?

1) Para ser romano na ambição, você precisa fazer esta pergunta: qual Roma devo imitar? A Roma dos Apóstolos ou a Roma dos Césares? 

2) A Roma dos césares não suportou o desejo constante de tomar todo o mundo conhecido por meio da conquista militar. Quanto mais conquistas, mais custos, pois você, como César precisava romanizar aquelas terras de modo a trazer àqueles bárbaros os benefícios da cultura romana, pois nenhuma conquista se completa sem a conquista espiritual. Como César, esse divo, deriva do Faraó do Egito, então você é um falso deus. Esse deus precisou ser destronado de modo a se colocar o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem no lugar. 

3.1) Ainda que o centralismo e os custos constantes da máquina pública tenham feito o Império Romano temporal entrar em colapso, tal ordem se transmutou na Roma espiritual, tal como vemos na Idade Média. Ela se tornou a ordem social da Igreja Católica Apostólica Romana, posta em sua doutrina social. Os reinos bárbaros se tornaram vassalos de Cristo - e dentre esses reinos vassalos, a um deles foi concedida a tarefa de expandir a ordem espiritual da Cristandade: o Reino de Portugal, Brasil e Algarves. 

3.2) Quando esse processo de expansão espiritual do Império de Cristo entrou em crise por conta da revolução liberal que sacudiu a Europa, a Polônia foi feita nação vigária dessa tarefa espinhosa, dentro das revelações que Cristo fez à Santa Faustina Kowalska. 

3.3) Eis a diferença que deve ser feita entre a expansão das fronteiras a manu militari (expansão do border) e a expansão das possibilidades de conhecimento da cristandade por conta de converter povos inteiros ao cristianismo (expansão do frontier). Isto aponta muito bem a diferença entre uma comunidade revelada, que serve a Cristo em terras distantes, e uma comunidade imaginada, cujo império foi forjado por um mito fundador e por uma narrativa fundada no homem que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, cuja vaidade e ambição estúpida não encontram limites a não ser quando confrontadas pelo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é construtor e destruidor de Impérios, o verdadeiro Poder Moderador.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2021 (data da postagem original).

O que realmente significa sociedade aberta?

1) Da mesma forma que não acredito em mundo sem fronteiras, também não acredito em sociedade aberta, pois ela está aberta a conservar qualquer coisa conveniente e dissociada da verdade, a ponto de edificar toda uma falsa ordem com fins vazios de modo que qualquer utopia possa ser realizada nela sem oposição.

2) Acredito em sociedade fechada - fechada com o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida, além de construtor e destruidor de impérios. Em Cristo sempre haverá um mar fechado, o Mar Oceano da Misericórdia, por onde devo navegar de modo a servir a todos os necessitados de Cristo, estejam eles em terras próximas ou distantes, pois consigo ver nesses Cristos-mendigos o Cristo necessitado de conhecimento.

3) Ninguém poderá alegar em que parte do Testamento de Adão o mundo foi dividido entre Portugal e Espanha. Cristo é o segundo Adão e deu a Portugal a missão de servir a Ele em terras distantes, em razão do milagre de Ourique, e fez da Polônia nação vigária nesta espinhosa tarefa, ao fazer suas revelações à Santa Faustina Kowalska.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Buscar um mundo sem fronteiras é abraçar o conveniente e dissociado da verdade

1) Não acredito em mundo sem fronteiras. Como verdade conhecida é verdade obedecida, então não posso violar a fronteira da verdade, enquanto fundamento da liberdade, com o meu desejo de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, pois aí estarei traindo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que me foi enviado para me salvar do pecado e da morte. Esta fronteira, esta marca, não pode ser cruzada sob pena de danação eterna - eis o border espiritual. Cristo é o caminho, a verdade e a vida - logo, a fronteira final, definitiva, que não pode ser superada nem mesmo com o rótulo da pós-verdade.

2.1) Por outro lado, as experiências imperfeitas decorrentes da limitação do meu idioma materno podem ser superadas aprendendo outros idiomas e tomando outros países como um mesmo lar em Cristo, sem que eu renuncie à minha terra de origem. 

2.2) Este frontier é de natureza ontológica e este pode ser superado. Mas você precisa se revestir de Cristo e percorrer o justo caminho das honras de modo a querer se expandir de maneira honesta e sem pisar em ninguém - se você for cheio de si até o desprezo de Deus, então a busca de tal conhecimento não passará de vaidade e só produzirá obras ruins, conseqüências maléficas. Afinal, idéias têm consqüências.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Como o conhecimento de novos idiomas aumenta as fronteiras do conhecimento? Uma análise fundada na minha experiência pessoal

1.1) O conhecimento que você tem da sua língua nativa implica o conhecimento dos limites e das possibilidades de conhecimento que você pode ter por conta do que a língua tem a oferecer. 

1.2) Como nem todas as nuances estão registradas na língua portuguesa, você precisa conhecer outras línguas de modo a expandir as fronteiras do conhecimento e expandir as suas possibilidades de análise de modo a driblar os obstáculos epistemológicos que você vai enfrentar nestes tempos de conservantismo político e acadêmico, já que a ciência e a técnica estão a serviço da ideologia.

2.1) Como disse anteriormente, quanto mais línguas você conhece, mais nuances você conhece, a ponto de alargar as fronteiras de conhecimento, o seu frontier intelectual. 

2.2) Esse frontier só pode ser superado tomando o país onde essa língua é falada oficialmente como se fosse seu lar em Cristo tanto quanto sua terra de origem. E é tomando os dois países como um mesmo lar em Cristo, por Cristo e para Cristo que você cria as pontes que favorecem a integração entre as pessoas desses dois lugares, pois a virtude e a experiência de um são distribuídas aos outros através da santificação através do trabalho e do estudo. 

2.3) Assim, percorrendo o caminho das honras que devem ser dadas ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, você consegue se expandir sem ofender ninguém. Eis a aristocracia distribuída - do exemplo de um único homem virtuoso todo um universo se abriu aos demais, por conta da bondade de Deus.

3.1) Quando vou aprender uma língua, eu busco ver se o povo ama e rejeita as mesmas coisas tendo Cristo fundamento. O amor que esse povo tem por Cristo me faz querer abraçá-lo e contá-lo como meu povo também, já que meu coração tem útero. E é por conta de o coração ter útero que posso adotar adultos sistematicamente como meus filhos adotivos tendo por fundamento o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Afinal, eles são crianças espirituais, obras de Deus.

3.2) O homem não é só um corpo biológico - como ele é também dotado de alma e espírito, eu também abraço sua cultura e sua língua dentro de um ambiente católico, já que a verdade é o fundamento da liberdade - e seu limite reside em não traí-la por conta do pecado do conservantismo. 

3.3) Ainda que me seja interessante assimilar as línguas mais assemelhadas ao português, já que o processo de alargamento das fronteiras do conhecimento será bem mais fácil para mim, a verdade é os povos que falam estas línguas assemelhadas estão fortemente descristianizados - por conta disso, não me faz sentido estudar tais línguas. Se Cristo não for o caminho suave do aprendizado, eu buscarei um caminho mais difícil desde que Cristo seja levado em conta. E foi aí que eu abracei o polonês, esta língua que é bem mais difícil de aprender.

4) Quem tentar me retrucar esta verdade por mim conhecida está a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. E neste ponto está ofendendo não só a mim, mas a Cristo, pois o pecado contra a bondade de Deus é pecado contra o Espírito Santo. Deus não perdoa esse tipo de ofensa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Da América como império de domínio fundado na heresia protestante e como comunidade imaginada - notas decorrentes da minha experiência na UFF, como ouvinte no curso de História

1) Quando estava tendo aulas como ouvinte na faculdade de História na UFF, durante meus tempos de estudante de Direito, havia um evento todas as quintas-feiras no comecinho da noite chamado Quinta Pensante. Numa dessas quintas, o tema foi como o Mito da Fronteira moldou o imaginário dos americanos.

2) A origem disso se dá na travessia do Atlântico feita pelos peregrinos do Mayflower, onde eles atravessaram o então Mar Oceano como uma espécie de Mar Vermelho de modo a chegar a uma Terra Prometida. Como protestantes que eram, eles não acreditavam em fraternidade universal, faziam da riqueza sinal de salvação e dividiam o mundo entre eleitos e condenados, a tal ponto que os índios e os negros eram tidos como inferiores segundo essa gente, a ponto de serem sempre considerados cidadãos de segunda classe. 

3) Como eles eram cheios de si até o desprezo de Deus, eles ousadamente iam até a fronteira e iam superando todos os desafios da localidade de modo a conhecer a natureza do lugar de modo a integrá-la ao seu império de domínio imaginado na heresia. 

4) O conhecimento da natureza, a superação dos obstáculos e dos acidentes geográficos, tudo isso inflava o ego de gerações de americanos, a ponto de serem cada vez mais idealistas, mais exemplaristas e cada vez mais prepotentes no campo das Relações internacionais. É em torno desse background que a América, enquanto império de domínio maçônico e puritano, foi construída.

5.1)  Naquela mesma Quinta Pensante, eles apontaram a diferença entre border e frontier

5.2) Border é aquilo que no tempo do Império Romano se chamava de marca, aquele território defendido militarmente por um marquês. Ele era o marco que delimitava o fim de um país e o começo de outro país - um marco geográfico, um fim de mundo convenientemente estabelecido. 

5.3) Frontier são os limites, enquanto possibilidades de conhecimento, que a própria natureza oferece por conta dos recursos naturais, dos acidentes geográficos, do contato com outros povos, das vicissitudes do clima, além dos eventuais conflitos de interesses próprios do convívio com seus entes mais queridos ou com os vizinhos.  Como quem se descreve se limita, a pessoa que é cheia de si até o desprezo de Deus é incentivada desde a tenra idade a absorver estas circunstâncias e a dominar esta natureza de modo a torná-la útil a ele. Eis o império da técnica decorrente da superação dos limites da frontier. E o mundo não é o bastante para essa pessoa - eis a mentalidade globalista, enquanto uma das fronteiras a serem conquistadas, tendo por fundamento a ambição estúpida e a falsa filantropia que move tais estudos.

6.1) Estas são algumas coisas que me lembro daquela Quinta Pensante, onde foi sedimentada em mim a diferença entre comunidade imaginada e comunidade revelada, assim como a diferença entre nacionidade e nacionalidade. A expositora desse tema, a professora Cecília Azevedo, foi quem me ensinou muita coisa sobre isso. 

6.2) Obviamente, estou purgando todo o marxismo que aprendi naquela circunstância de modo a fazer Cristo reinar nesse tipo de conhecimento. Ainda não consegui encontrar um jeito de trabalhar essa nuance dentro daquela linha que tanto prezo, que é a de Ourique, mas vou chegar um dia lá. E para isso, preciso ler o livro The Frontier in the American History, de Frederick Jackson Turner. 

6.3) Vai chegar o tempo em que terei dinheiro para importar o livro dos EUA e estudá-lo com muito prazer. Por enquanto, esse tempo ainda não chegou para mim. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2021 (data da postagem original).

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