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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Sobreviver a um mundo culturalmente hostil e ocupar os espaços públicos - esta é a missão que devo passar aos meus filhos, uma vez que Deus me deu vida intelectual

1) No Brasil, o desprezo pelo conhecimento se dá justamente porque as pessoas se formam em carreiras que dão mais dinheiro ou que dão mais status - como o direito, a engenharia ou a medicina. E as carreiras, por conta disso, se tornam carreiras servis, perdendo a sua essência intelectual.

2) Eu não optei pelo Direito como os meus outros colegas optaram - eu escolhi isso porque era a minha vocação, pois acreditava que ali encontraria a vida intelectual. Eu acabei encontrando a vida intelectual, mas não foi no Direito. Eu a encontrei foi com o professor Olavo de Carvalho, no facebook. 

3) Dentro do meu propósito, eu encontrei o sucesso, pois sempre desejei sinceramente o conhecimento. E tendo-se posse do conhecimento, as demais coisas são dadas por acréscimo. Tornei-me católico e agora estou batalhando como escritor, na iniciativa privada. Deus proverá uma condição material melhor para mim no futuro, no seu devido tempo.

4) Buscar a carreira dos pais por ser o caminho mais cômodo de ser bem-sucedido é prova cabal da crise da vocação. O filho não entra no direito por conta do ideal da justiça, mas para ser bem-sucedido, para ser tão safado ou tão malandro quanto o pai foi um dia - e isto é a desgraça. É a prostituição da inteligência pelo vil metal - não é à toa que a carreira jurídica se tornou uma carreira servil, a ponto de perder toda a sua essência de ser ciência humana.

5) Quando optei entrar nesse mundo, eu não tive um predecessor que me guiasse nesse caminho. Por isso, comi o pão que o diabo amassou. Se meus filhos desejarem a vida intelectual, eu os prepararei para a vida intelectual, para continuarem a guerra cultural que ando trilhando aqui, apesar das dificuldades financeiras; se eles quiserem resolver os problemas financeiros, que escolham a carreira jurídica, pois este é o caminho que eu conheci. E verdade conhecida é verdade obedecida. 

6.1) O maior desafio que eles terão de lidar é conciliar a vocação intelectual com as exigências que são próprias da preparação para esses concursos. A vocação intelectual vai ter que ficar de lado um tempo. 

6.2.1) Eu não fui capaz de fazer isso porque lidei com concursos ideologizados e ainda estava em fase de formação. Se os meus filhos estiverem devidamente vacinados contra a ideologia desses concursos, eles poderão dar a resposta que o examinador deseja ouvir e a aprender a emular o comportamento que esses caras esperam, sem participar da experiência revolucionária. 

6.2.2) Quando se lida com psicopatas, você precisa aprender a pensar como um psicopata, mas sem participar da experiência de ser psicopata. E para que possam ocupar o espaço público do tribunal ou do cartório, certamente eles vão precisar de pai ou mãe voltados para a vida intelectual de modo a orientá-los acerca de como sobreviver a esses ambientes culturalmente hostis. E isso é possível somente com sólidas orientações de pai ou mãe com pendão para a filosofia.

7) Eis aí o maior desafio da segunda geração: a tomada do espaço público num ambiente culturalmente hostil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2021 (data da postagem original).

O que faria se tivesse novamente meus 18 ou 19 anos de idade, considerando tudo o que já sei da realidade agora?

1) Se eu tivesse 19 anos novamente, com o ensino médio recém-completado, a primeira coisa que eu faria seria entrar para um preparatório de modo a ser técnico judiciário. 

2.1) Quando se opta pela carreira jurídica, você deve começar de baixo: você deve começar como um técnico judiciário, que exige formação a nível de segundo grau.

2.2) Conforme você vai tendo contato com a realidade de um tribunal ou de um cartório, você vai acumulando experiência, sem mencionar que você vai ganhar um salário. Junte esse salário e pague uma universidade particular em direito - do jeito como está a formação universitária hoje em dia, em constante desconexão com a realidade, você deve ser pragmático: entre para a universidade para pegar o diploma, pois isso será exigido, quando você for fazer concursos públicos de hierarquia mais elevada, como analista judiciário ou administrativo.

3) Depois que você se formar, e tiver ficado estável no cargo de analista judiciário de nível superior, faça ou um mestrado e depois faça uma prova para ser juiz. E depois de se estabilizar no cargo de juiz, case-se e monte uma família.

4.1) A carreira jurídica moderna é como a engenharia ou a arquitetura: tornou-se uma carreira servil. Se anseia ser inteligente antes de ser bem-sucedido, você deve buscar a vida intelectual desde cedo. E para isso, você precisa ter preceptores que te preparem para a vida intelectual, pois dos 18 aos 30 anos você precisa se dedicar à vida prática. Você precisa ganhar o pão de cada dia.

4.2.1) Eu não tive um pai filósofo ou mãe com aptidão para ciências humanas. Venho de uma família onde todos têm pendão para exatas e fui o único que enveredei por esse caminho das ciências humanas. 

4.2.2) Naturalmente, por ser o pioneiro, o sucesso não viria na minha geração. Deus me destinou o papel de elevar a inteligência dos que estão ao meu redor, sobretudo dos meus filhos. Quando meus filhos enveredarem por esse caminho que trilhei originalmente, eles estarão mais bem preparados do que eu, pois terão um pai com sólida formação intelectual apoiando-os e protegendo-os, coisa que eu não tive.

4.2.3) Na minha geração, faltou-me a estrutura necessária para ser bem-sucedido. E família estruturada pra mim pressupõe mais do que pai e mãe casados, em relação estável por longo tempo: pai e mãe precisam ter sólida formação intelectual, conhecimentos técnicos e contatos. E essas coisas abrem as portas para o sucesso. E isso só é possível sendo inteligente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2021 (data da postagem original).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

República é "ordem e progresso" e monarquia é atraso? Notas sobre esse grande conservantismo histórico

1) Quando a monarquia foi derrubada pelos positivistas, eles alegavam que a República era progresso e que a monarquia era atraso. Passados mais de 130 anos, nós vemos dinastias de demagogos e animais que mentem sendo escolhidos por aclamação, sem necessidade de uma votação.

2.1) Isto é a prova cabal de que os revolucionários conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. 

2.2) Na monarquia portuguesa, da qual somos originários, o rei é aclamado pelo povo porque Cristo, o Rei dos Reis, fez de D. Afonso Henriques Rei de Portugal, dando a ele, e ao povo que este deve amparar e proteger tal qual um filho, a missão de servir a Cristo em terras distantes, propagando assim a fé cristã.

2.3) A maçonaria seqüestrou esta nobre tradição. No lugar de Cristo, colocaram o Grande Arquiteto do Universo (GADU). E esse Grande Arquiteto do Universo é um demônio assemelhado a um Sérgio Naya ou Oscar Niemeyer. Por essa razão, toda aclamação, pautada numa ordem social fundada no animal que mente, tende a desabar, pois ela não se funda na verdade, que é o fundamento da liberdade.

3.1) A ordem espiritual do Grande Arquiteto do Universo não passa de uma grande Despencol. Nem a alegação de uma suposta independência - ocorrida em 1822, sob a mentirosa alegação de éramos colônia de Portugal - sustentará esse muquifo espiritual de pé, pois tudo isso não passa de um tremendo ato de apatria.

3.2) Dessa forma, esses faraós do Egito precisam ser derrubados, pois o império da mentira que eles construíram precisa perecer o mais rápido possível. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2021 (data da postagem original).

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Todo grande feriado nacional começa como uma tradição familiar - notas sobre isso

1) O germe de uma tradição nacional é a tradição familiar, pois é na igreja doméstica que se aprende a tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo no seu grau mais básico.

2) O Natal é uma grande tradição nacional cristã porque há famílias inteiras que celebram o nascimento de Cristo, a chegada do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem na forma de criança de modo a nos salvar do pecado, renovando assim toda a esperança em meio a um mundo cada vez mais sem sentido, em razão do avanço da cultura de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de fazer disso uma nova ordem econômica, política e espiritual, a base de uma nova ordem global, fundada no homem enquanto animal que mente.

3) Aqui em casa, em razão do fato de ter estudado pesado a história do Brasil Império, ganhei do meu irmão uma bandeira do Império de presente. Isto é um reconhecimento pelos muitos anos em que semeei consciência na família acerca da verdadeira História do Brasil. 

4) Nos dias mais importantes da História do Império, eu peço ao meu pai para hastear a bandeira. Por exemplo, no dia 25 de março nós hasteamos a bandeira em razão da constituição de 1824 - e esta foi a única constituição que tivemos, já que todas as constituições da república não passam de cartas de marca.

5) No dia 15 de novembro, nós hasteamos a bandeira a meio mastro, para lembrar a tristeza que foi a queda do Império e a necessidade de se lutar contra esse mal objetivo que é esta república maçônica, genocida e regicida. E no dia 5 de dezembro, nós colocamos a bandeira a meio mastro para lembrarmos a morte de D. Pedro II, nosso imperador.

6.1) Como eu moro num condomínio, o exemplo tende a arrastar as pessoas para a verdadeira consciência cívica. Afinal, devemos trocar o falso pelo verdadeiro - por isso, celebro os verdadeiros feriados cívicos como um evento de família, já que na monarquia o povo é tomado como extensão da família do Imperador, não como uma massa de apátridas, tal como vemos neste mundo moderno (ou pós-moderno). 

6.2) É dessa forma, portanto, que vencemos a guerra cultural.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2021 (data da postagem original).

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Amapá: Terra onde o Brasil termina (obra de Davi Alcolumbre)

1) José Sarney escreveu um livro cujo título é Amapá: terra onde o Brasil começa. 

2) Considerando tudo o que Davi Alcolumbre fez no Senado e agora essa escolha para a CCJ por aclamação, uma obra vingadora precisa ser escrita. E essa obra se chama: Amapá: terra onde o Brasil termina.

3) Depois que você cruza o Oiapoque, você está na Guiana Francesa, departamento de ultramar da terra onde começou toda a nossa desgraça: a França. E os franceses, desde que a época em que éramos parte de Portugal, nunca desistiram de nos assediar, de tentar nos conquistar.

4) Esse império de domínio dessa gente precisa ter um fim - e gente como Alcolumbre colabora com o inimigo, já que são todos apátridas. 

Jose Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2021 (data da postagem original).

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Notas sobre a maior confusão do nosso tempo: confundir ditadura com tirania

1.1) A maior confusão do nosso tempo é confundir ditadura com tirania.

1.2) Ditadura era um governo de emergência, previsto excepcionalmente na constituição romana, que era usado para se debelar as crises internas ou guerras civis, situações essas que fazia com que a união do povo de Roma ficasse fragilizada, a ponto de expor as fraquezas do império ao inimigo.

1.3) Tirania é quando um homem, cheio de si até o desprezo de Deus, trai tudo o que há de mais sagrado e passa a governar a sociedade segundo princípios fundados em nada além dele mesmo. É quando o maior mandatário de um município, de um estado ou de de uma nação não passa de um grande idiota. A única forma de tirar um idiota do poder é tirando-o de circulação - ou seja, matando-o. Cadeia não bastaria, pois o sujeito é impenitente, irrecuperável, por estar com a alma muito fechada a Deus, em razão de sua arrogância e e soberba.

2.1) Salazar era ditador - mandatário de emergência que governou Portugal em tempos de crise, quando Portugal sucumbiu ao regicídio - e Dória é um tirano. 

2.2) Salazar protegeu seu povo e tudo aquilo que era fundado em Ourique o quanto pôde das ações da maçonaria e do comunismo - por conta de suas virtudes heróicas, há um forte movimento pela sua beatificação. Dória, por sua vez, é um apátrida, um agente a serviço do regime chinês, regime esse que matou mais de 100 milhões de pessoas e contando.

3) Um trabalho cultural nesta direção precisa ser feito de modo que se semeie consciência no povo de que ditadura nem sempre é sinônimo de tirania. São coisas bem diferentes, conceitualmente falando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2021 (data da postagem original).

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Notas sobre o amanhã filosófico

1) Em razão de eu escrever e de me santificar através desse trabalho de escritor, eu passo a ter um contato muito íntimo com Deus, já que Ele é o leitor onisciente de todos os meus textos - e sei que não posso enganá-Lo, pois Ele é capaz de sondar as profundezas do meu pensamento.

2.1) Por essa razão, o amanhã fundado na atividade literária enquanto ramo da filosofia, uma serva da teologia, tem um tempo próprio que não é necessariamente o dia seguinte, próprio deste mundo, regido pela matéria. 

2.2) Esse amanhã se funda na possibilidade de haver tempo favorável a um projeto filosófico que foi interrompido, seja por conta do falecimento de seu desenvolvedor original, seja por conta de alguma circunstância política ou econômica desfavorável, seja por guerra, epidemia ou mesmo alguma outra grande eventualidade. E nesse tempo favorável, Deus sempre proverá uma pessoa de reta intenção, ainda que nascida bem depois do meu tempo, disposta a dar continuidade ao trabalho que venho fazendo, se este é em Deus fundado. Meu eventual sucessor fará a revisão de tudo o que vi, aparará todos os erros de minha obra e até ampliará todas coisas que disse de maneira conveniente e sensata, posto que esta coisas apontam para Deus.

2.3.1) Este amanhã é portátil e faz com que a herança seja lançada no solo da eternidade. No tempo de Deus, essa obra sempre germinará. 

2.3.2) Por essa razão, a herança filosófica de todo bom filósofo, que foi bom servo da conformidade com o Todo que vem de Deus, é sempre jacente. Tal semente é lançada uma vez que o pensador esteja irrevogavelmente falecido, pois a morte define a forma de como se deu a vida desse pensador - e essa vida deve ser estudada tal como ela se deu, em todas as suas circunstâncias. 

2.3.3) É por isso que uma alma consciente de si deve sempre escrever, pois isto é um atestado de que viveu este dia e que deve dar graças a Deus por este dia de vida na Terra. E isto, sim, tem caráter histórico, pois isto vai servir de subsídio para se investigar as circunstâncias sociais em que se deu essa atividade filosófica, uma vez que as circunstâncias sociais em que se deu a vida do escritor podem nortear o desenvolvimento de uma história da filosofia, pois a obra é uma reação às adversidades, ao que não presta no mundo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2021 (data da postagem original).

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