1) Pelo que soube do Prof. Loryel Rocha, havia dois perfis de banqueiro: o verdadeiramente católico - representado tanto na figura da Ordem Templária, com sede na França, quanto na Ordem de Cristo, sediada em Portugal - e o descristianizado, representado na família Médici, de Florença, que deu ao renascimento do neopaganismo, base sob a qual se assentou a mentalidade revolucionária (da qual a economia capitalista é desdobramento lógico)
2) As grandes navegações foram financiadas pela ordem de Cristo - e o Brasil descoberto, enquanto desdobramento daquilo fundado em Ourique, logo recebeu uma bula papal proibindo que se fizessem nele o tipo de colonização que se praticava nas áreas sob influência inglesa: que a terra fosse explorada por meio de companhias de comércio - como as Índias Ocidentais, por exemplo - a ponto de se tornarem colônias de exploração (o que levaria a que brancos fossem raptados, como aconteceu na Inglaterra, e transformados em escravos temporários de 4 a 7 anos, tal como se fez na Virgínia, para a produção de tabaco).
3.1) Além disso, segundo Bluteau, o verdadeiro conceito de colônia era o seguinte: quando havia uma parte do território despovoada, o rei podia mandar súditos, geralmente lavradores, para povoarem aquela terra.
3.2) E é por haver uma colônia agrícola que se tem um núcleo povoador para a formação de uma cidade, uma vez que o país estaria sendo tomado como se fosse um lar em maior extensão, por conta da expansão da fronteira agrícola.
3.3) Ora, o Brasil pré-cabralino era um verdadeiro vazio demográfico: as índios matavam-se uns aos outros e ainda praticavam canibalismo e infanticídio. Por isso, havia muita terra desocupada, o que viabilizava a verdadeira colonização, de forma a povoar a terra.
3.4) Além disso, havia uma regra nas ordenações filipinas que proibia que se tomasse a terra dos índios, assim como uma outra regra em que os súditos eram obrigados a casar com os nativos.
3.5) Afinal, Portugal era um país pequeno e de pouca gente. Como não tinha efetivo para formar grandes exércitos, a solução sempre foi casar com a população local e tomar o país como um lar em Cristo.
3.6) Por isso que Portugal foi o único império de cultura do mundo - é por conta de haver esse império de cultura, criado pelo próprio Cristo, que desenvolvi o conceito de nacionidade dentro da nossa realidade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.
4.1) Se o Brasil não era colônia, então o que o Brasil era? O Brasil era uma província.
4.2) Os cronistas que aqui estiveram eram pessoas que estavam a serviço do Reino, tal como são os diplomatas em missão oficial - por isso, o que eles narravam era informação fidedigna.
4.3) Afinal, o funcionário público, como hoje, era proibido de dar falso testemunho. Por isso que as narrativas dos cronistas eram todas verdadeiras - e esta é a fonte primária que devemos conhecer a História do Brasil e não a de historiadores "profissionais" como Francisco Adolpho de Varnhagem e outros, que já começam a distorcer a História de modo a justificar a amputação a qual chamam falsamente de independência do Brasil.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 16 de maio de 2017.
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