1) Faz um tempo que não pego num caderno para escrever. Na verdade, faz anos que não pego num lápis.
2) Hoje em dia, eu desenvolvi o hábito de ler livros digitalizados - afinal, eu só leio os livros que eu mesmo digitalizo. Nas circunstâncias atuais, o caderno me faz muita falta para copiar as citações relevantes. E da cópia das citações relevantes, eu parto para a análise, coisa que faço diretamente no computador.
3) A mesa de jantar pode abrigar meu computador e um caderno, mas ela ficou muito baixa para mim - e como sou muito alto, tendo a ficar muito curvado e sinto dor nas costas. Além disso, a mesa fica próxima à escada que leva à cobertura. Meu cachorro fica lá do segundo andar babando - e a mesa fica cheia de baba. Não é à toa que minha mãe chama meu cachorro de "lhama", pois ele é peludo, por ser border collie, e vive babando.
4.1) É por conta dessas circunstâncias que não jogo Colonization. E esse tem sido meu termômetro para se medir os hábitos que tenho de modo a aprimorar as minhas habilidades intelectuais.
4.2) Quando era adolescente, eu pegava uma folha de papel e fazia anotações de jogo, de modo a registrar tudo o que era necessário e tomar uma decisão, já que o jogo tinha sua economia pautada nas commodities que eram exportadas para a Europa. Este hábito, para esses jogos rpg sandbox que eu jogo, é essencial. E isso é muito bom, dado que é um treinamento para a vida intelectual.
4.3) Se eu morasse na antiga casa, em Bangu, eu iria adorar ficar na mesma com o meu laptop, estudando os livros que digitalizei e fazendo anotações necessárias aos meus estudos. Esse hábito que desenvolvi por conta do Sid Meier's Colonization (1994) foi crucial para desenvolver este estilo de ser, mas não encontro lugar para exercê-lo na minha atual casa, por força de todas as circunstâncias.
4.4) Mas eu não fico chateado, não - a vida segue e toco meus projetos. Quem sabe um dia eu encontre um lugar mais amigável a este hábito que quero tanto praticar, pois isso me ajuda a tomar minha casa como um lar em Cristo mais facilmente.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 19 de maio de 2017.
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