1) Quando estudamos o conservantismo, nós devemos aplicar a demonologia ao campo da polis, pois nós estudamos os graus em que o processo de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade vai se agravando de tal modo a destruir a civilização fundada na verdade em pessoa, que é Cristo. E junto com esse afastamento da verdade, nós perdemos a noção de tomar o país como um lar em Cristo, coisa que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
2) O louco - aquele que perdeu tudo, exceto a razão de conservar o que é conveniente e dissociado da pessoa - é vítima de uma possessão demoníaca. E quanto maior for a obstinação - o compromisso com esse senso de modo a edificar uma anti-civilização -, mais demoníaco é o processo revolucionário, posto que os loucos são escravos do demônio, do conservantista consciente.
3) Restaurar a Aliança do Altar com o Trono levará o exorcismo a ser aplicado também no âmbito da polis. Os demônios precisam ser expulsos dos espaços que estão a ocupar. Afinal, o bem comum deve ser servido a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - ele não pode ser servido para o nada. Se fosse servido para o nada, haveria apatria sistemática, perda de sentido pelo qual este país foi fundado, o que seria a negação da história, da verdade que ocorreu em Ourique.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2017.
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