1) Se minha namorada está ausente - por conta da profissão, da vocação de salvar vidas -, isso é algo perfeitamente compreensível, pois ela está atendendo a um chamado de Deus. E é por amar mais a Deus do que a mim, que sou homem falho, que a compreendo. Afinal, sei perfeitamente que ela voltará a mim, quando não estiver exercendo a medicina. Por isso que sou muito fiel a ela, pois conheço a sua verdade, enquanto médica - afinal, não posso separar isso da Madu, que, além de médica, é minha namorada - e se tudo correr bem, minha esposa e mãe dos meus filhos.
2) A mesma coisa ocorre comigo, quando eu exerço meu trabalho intelectual, pois eu me desligo de tal forma da realidade doméstica que eu simplesmente não estou ouvindo. Só volto à realidade doméstica quando faço o meu trabalho - depois que escrevo meus textos. Ao contrário do médico, não preciso deslocar meu corpo; quem faz o deslocamento do trabalho para a casa é a minha mente, já que estou em casa o tempo todo. E isso não me é estressante - na verdade, é até gostoso.
3.1) Estar online desenvolvendo atividade intelectual o tempo todo é um chamado de Deus - e isso não é muito diferente da vocação de atender aos doentes necessitados, que são irmãos necessitados de Cristo, o verdadeiro médico.
3.2) A minha namorada anterior - antes da atual, que é médica - simplesmente não compreendia que eu amo a Deus mais do que ela - e que tudo o que faço é para o bem do país. E é justamente porque ela não amava e rejeitava as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento que o namoro se encerrou.
3.3) Afinal, como posso constituir uma sociedade conjugal com uma pessoa se ela não comunga dos mesmos valores que levaram ao descobrimento desta terra, enquanto desdobramento daquilo que foi fundado em Ourique, e à conseqüente fundação deste país? Se as pessoas olhassem para esses dados da realidade, jamais haveria divórcio, pois os que possuem má consciência seriam excluídos de antemão.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2017.
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