1) Carl Schmitt e Rudolf Smend falavam em uma teologia política, mas de uma teologia política fundada no fato de tomar o país como se fosse uma segunda religião - e essa segunda religião substituirá a religião verdadeira, a ponto de destruí-la. Nela tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele. Essa teologia política é totalitária e fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.1) A teologia política da Aliança do Altar com o Trono se funda no fato de que nosso país foi fundado de modo a servir a Cristo em terras distantes - e enquanto formos fiéis à nossa missão, nós estaremos tomando nosso país como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria que se dá no Céu.
2.2) Ela se funda no fato de que Cristo é construtor e destruidor de reinos e impérios - e a gestão do bem comum deve ser feita de modo a estimular pessoas que não conhecem Cristo a viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, ao assimilarem os valores e as virtudes públicas daqueles que tomam o país como um lar em Cristo, pois a vida na cidade já seria uma evangelização por si mesma.
3) Se tiver de haver uma teoria de Estado de modo a explicar o Império Português, o único império de cultura que houve no mundo, então devemos fazer um estudo da teologia política com base no Cristo enquanto construtor e destruidor de Impérios. E é ali que está a gênese da Aliança do Altar com o Trono, estabelecida em Ourique.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2017.
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