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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Notas sobre uma conversa que tive com o meu pai

1) Meu pai me comentou o seguinte: "José, você foi à missa todos os domingos e todos os dias de preceito até o tempo em que a peste chinesa chegou. No entanto, ninguém da paróquia te ligou ou se lembrou de você, a ponto de perguntar como você está. Como isso pode ser possível? Se isso se desse em Igreja protestante, eles iriam atrás de você"

2) Eu disse a ele: "A razão pela qual fui à Igreja foi por causa de Cristo. Minha relação foi somente com o padre somente nos méritos de Cristo. Se os demais paroquianos não viram que eu amava a Cristo mais do que qualquer outra coisa, azar o deles, já que fizeram da Igreja um clubinho social ou mesmo uma ONG. Quando a pastoral tem mais importância do que a vida intelectual ou a mesmo a santificação através do estudo ou do trabalho, então as relações da paróquia estão viciadas com as coisas da matéria, pois não mais conectadas às coisas do espírito. Ainda bem que Deus me preservou da Igreja do Novo Normal, pois esta ordem de coisa abraçou o isolamento social e nela César tem mais poder que Jesus, o que está errado. Por isso que estou em casa, neste novo feudalismo que a COVID-19 criou. A Igreja que eu conheci, a dos tempos normais, cedo ou tarde voltará, com um novo papa, sob um novo pontificado - só preciso de paciência para suportar todas as coisas".

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2021 (data da postagem original).

Da importância da logoterapia e do exame de consciência para o amadurecimento na verdade e no amor - lições fundadas na minha experiência pessoal

1) Hoje resolvi ser terapeuta de mim mesmo, gozando sempre da consolação de Cristo, que é o meu Senhor e Salvador. Se a psicoterapia não funcionou e se a psiquiatria ficou inviável, por conta do surto de COVID-19 ocorrido ao longo dos anos de 2020 e 2021, a única solução é puxar das memórias as lembranças ruins que me incomodam e ver onde foi que eu errei. 

2) Dessas ocasiões que eu errei, vou levar isso ao confessionário na primeira oportunidade, de modo que Deus me perdoe. Não conheço solução para os meus problemas melhor do que a eucaristia, uma vez que a Igreja é hospital para os pecadores e Cristo é o médico. Mas se o erro veio do conservantismo de outra pessoa, então tento deletar essa pessoa da minha memória, ficando só com as experiências positivas, pois essas experiências são sementes de modo a serem plantadas em terreno favorável. Quando encontrar alguém revestido de Cristo e que me mereça para a vida toda, a pessoa herdará essas experiências, pois saberei muito bem que essa pessoa não me trairá. Repartirei a colheita do que plantar com essa pessoa, na qualidade de sócia meeira.

3.1) Tenho experiências positivas por conta do fato de haver namorado uma farmacêutica, que já teve por vizinho de porta um médico cubano - ela havia sentido na carne que a medicina cubana não é aquela maravilha, tal como a propaganda pinta. Se essa farmacêutica tivesse palavra e tivesse cumprido todas as promessas que me fez de colaborar com o meu trabalho de escritor, ela seria minha sócia para a vida toda. E juntos, apesar de distantes geograficamente, poderíamos ter passado pela barra da COVID-19 e pelos eventos do governo Bolsonaro, a ponto de fortalecer ainda mais o amor. Esta experiência teria sido muito positiva pra mim, pois aprenderia muito mais sobre a profissão dela, a ponto de valorizá-la e amá-la ainda mais. É isto que levo de bom do relacionamento que tive com ela - ela poderia ter sido uma excelente namorada, se tivesse palavra.  Se eu tiver oportunidade de conhecer uma outra farmacêutica, que tenha palavra e que seja muito católica, plantarei essa semente nesta pessoa. Espero que ela não peque contra Deus e contra mim.

3.2) Se a primeira relação que eu tive morreu, então o erro foi dela, não meu, por conta de não ter honrado a palavra empenhada. No dia em que ela estiver diante do justo juiz, ela vai pagar pelo que deve até o último centavo, pois o que ela fez foi próprio de espíritos inferiores e egoístas - e o lugar das almas inferiores, que agem sem nobreza, é o inferno. Afinal, como posso perdoar uma pessoa que sequer buscou o arrependimento, que sequer moveu céus e terras para reparar o mal cometido contra Deus e contra mim?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2021 (data da postagem original).

Notas para uma boa psicoterapia

 1) Para ser um bom psicólogo, primeiro você deve estudar uma boa teoria psicológica. Eu conheço duas que me parecem interessantes: a do Adler, que lida com pessoas, e a do Frankl, que se funda no sentido das coisas apontando para a verdade, para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Como Cristo é o sumo logos, então a logoterapia é a solução definitiva, pois reconecta a pessoa à conformidade com o Todo que vem de Deus. 

2) Os padres devem estar preparados para tratarem o pecador neste sentido, pois o confessionário deve ser um ambiente de terapia espiritual, já que ele se faz de Cristo e Cristo é médico. Como Cristo foi-nos igual a tudo, exceto no pecado, Ele certamente é o maior psicólogo que pode haver.

3) Desde que se aboliram os confessionários, a ponto de trocá-los por clínicas de atendimento psicológico, a profusão de neuroses e psicopatias aumentou ainda mais. As pessoas estão cada vez mais possuídas pelo demônio - onde o confessionário foi abolido, a Santa Eucaristia também foi abolida. Não é à toa que o marxismo e o comunismo nasceram no mesmo lugar onde houve a Revolução Protestante de Lutero. E não à toa que a Igreja na Alemanha está à beira do cisma.

4) Como filósofo, posso rastrear, a partir da minha memória pessoal e afetiva, aqueles momentos onde estão os meus erros pessoais, os meus pecados. O tratamento dos pecados pede absolvição sacramental e penitência, a reparação dos erros praticados com alguma obra de misericórdia fundada nos méritos de Cristo - e isso pede que eu busque um bom sacerdote, alguém que Cristo confiou para cuidar das ovelhas enquanto não volta pela segunda vez.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre porfirogênese cristã - ou da arte (ou seria ciência?) de constituir uma família virtuosa

1) Se tivesse meus 24 anos novamente e a sabedoria que tenho hoje, eu não iria ficar desejando ter uma namorada que fosse modelo (elas podem ser lindas, mas muitas delas são umas antas). 

2) Se tivesse um colega de colégio ou de faculdade que fosse tão estudioso quanto eu e muito amigo de minha pessoa, eu certamente adoraria conhecer a irmã dele, se ele tivesse uma. Se ela fosse bonita, católica e virtuosa, eu me casaria com essa pessoa.

3) A melhor forma de se ter uma família virtuosa é fazer aqueles que são virtuosos serem os tios dos meus filhos. E para isso, eles precisam ter uma irmã que seja um modelo de esposa, o que encarna as virtudes da Igreja de Cristo em forma de mulher. É assim que se constrói nobreza.

4.1) Eu só me tornei católico depois da vida de estudos. E o material humano que encontrei no colégio e na faculdade não era nobre o suficiente para que pudesse conduzir uma amizade com eles a vida toda, para além do curso. 

4.2) A internet foi a tábua de salvação para mim, pois foi lá que encontrei as pessoas virtuosas, mas em terras distantes - o que me levou ao desafio de tomar essas terras distantes como meu lar em Cristo tanto quanto minha terra de origem. 

4.3.1) Quando estava começando a juntar dinheiro para poder viajar e me encontrar com essas pessoas, veio a peste chinesa e ferrou com tudo. Mas essa crise não vai durar muito tempo, pois o que se funda no que é conveniente e dissociado da verdade não faz sentido. 

4.3.2) Quando as pessoas perceberem que o medo delas é tolo, destituído de sentido, elas não serão mais enganadas por esse feitiço demoníaco, pois a técnica científica está sendo usada como ideologia e como magia negra. Por isso que não devemos ter medo, pois o medo é o modo como os espertos manipulam os supersticiosos, uma vez que essas coisas se fundam no que se conserva de conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2021 (data da postagem original).

Logoterapia, autoconhecimento e exame de consciência - como estou me livrando das situações ruins da minha vida pessoal

1) Eu sempre tive boa memória - por isso, sempre dificuldade de esquecer as coisas.

2) Ao longo da minha vida, passei por várias experiências ruins que me conduziram a uma situação depressiva, muitas delas ocorridas durante o tempo de faculdade, tempo esse em que fui levado até o limite psicologicamente falando, pois, na busca por um diploma, tive que aturar um monte de comunista e um mundo culturalmente hostil a tudo o penso e acredito. O tempo em que passei online escrevendo e combatendo comunismo me ajudou a esquecer tudo, a superar tudo. Quando o comunismo for banido dessas universidades, eu entro nessas universidades sem problemas, como se fosse a primeira vez, pois a causa da experiência ruim foi anulada, pois foi tudo alvejado no sangue do cordeiro.

3) O tratamento psicológico que fazia aos sábados não me serviu de nada. O tratamento psiquiátrico, que foi recomendado pelo meu homeopata, não me foi possível, pois a covid-19 suspendeu o atendimento. Qual foi a solução que eu adotei nestas circunstâncias? Fiquei esquadrinhando as coisas ruins da minha mente durante esse tempo de peste chinesa de modo a ver o que não me fazia sentido - e o que não me fazia sentido naquela relação era esquecido, já que isso não tinha valor, à medida que ia compreendendo a mentalidade revolucionária reinante na universidade. Graças a esse trabalho, só o que era bom ficava como uma lição, uma semente de modo a ser plantada em uma pessoa merecedora da minha confiança, que estivesse realmente revestida de Cristo.

3.1) Da minha última experiência ruim, um namoro que terminei faz três anos, o que aprendi de bom é que, quando alguém me promete mundos e fundos, a melhor solução é minutar um contratinho, pois é preciso que a admiração de alguém pelo que faço não possa ser servida com fins vazios, a ponto de me soar falsa. Tal admiração, se for sincera, deve se tornar uma decisão, um gesto concreto de apoio financeiro, a ponto de se tornar uma atividade econômica organizada, já que as coisas estão se encaminhando para uma sociedade fundada no amor, a ponto de uma família ser formada a partir daí. 

3.2) Toda promessa, por ser dívida, deve se converter em decisão, em direito a ser entregue, se ela não for impossível de ser cumprida. Se a pessoa não cumprir o que promete, vai pro olho da rua e ainda paga perdas e danos. 

3.3) Da próxima vez que lidar com gente assim, a pessoa vai me pagar até o último centavo tudo o que deve, por conta de falar o que não deve e de prometer o que não tem. 

4) Desde que comecei a estudar a logoterapia de Frankl e a fazer exame de consciência acerca do meu papel nesta sociedade fundada sob o propósito de servir a Cristo em terras distantes, eu comecei a sair mais fortalecido das experiências ruins. Eu sou o paciente zero da minha própria terapia - e o médico da minha alma é o Cristo, que me ouve desde o confessionário. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2021 (data da postagem original).

domingo, 9 de maio de 2021

Comentários sobre importância de ter amizades adequadas aos seus verdadeiros interesses pessoais de modo a modo a formar comunidades de interesses, que constituirão comunidades iniciáticas que converterão a muitos à conformidade com o Todo que vem de Deus

1) A personalidade humana é multifacetada, pois há uma multiplicidade de interesses legítimos que podem apontar para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso, não posso atuar só na política no facebook - não é da minha natureza a monomania.

2) Além de escrever sobre política, filosofia, direito e história do Brasil, eu também gosto muito de videogame. E quando vejo pessoas discutindo sobre videogame, geralmente eu tendo a participar mais sobre as conversas, pois este é um assunto onde sou bem versado e sei que posso contribuir bastante.

3) Fiquei sem jogar videogame durante a época do play 1, do play 2, do gamecube, do nintendo 64 ou mesmo do sega saturn. Nessa época, estava focado na minha preparação para a faculdade - e o afastamento se estendeu durante os anos de universidade, já que não tinha tempo para jogar. Durante a preparação, precisava de coisas que estimulassem o cérebro - e nessa época, os jogos de estratégia mesmo estavam no PC.

4) Pra mim, não ter jogado esses videogames não me privou de nada, mas isso pode acabar me privando de uma boa conversa com pessoas que viveram essa época em que estive ausente. Por isso, tenho que me preparar para essas conversas, tal como fazia no The Sims 2, quando queria a amizade de alguém no jogo: lendo revistas sobre o assunto, ou mesmo lendo sites sobre o assunto, assim como jogando emuladores capazes de rodar jogos dessa época de modo a ficar bem versado nesse tipo de conversação.

5.1) Senti que esses são os amigos adequados a um aspecto específico da minha personalidade: o fato de gostar muito de videogame. E fui muito sensato em não misturar esses contatos com os contatos do facebook, pois o uso que faço dessa rede é para a guerra cultural - é para propósitos muito sérios. Se eu quiser brincar e me divertir, faço as coisas em outras redes, como o Twoo, por exemplo.

5.2.1) Com esses amigos adequados que atendem a um aspecto específico da personalidade, posso me reunir com pessoas com um interesse em comum, a ponto de formar um clube, uma comunidade de interesse, de modo a discutirmos coisas interessantes sobre o mundo dos games. 

5.2.2) Com o tempo, à medida que vou conhecendo o caráter dessas pessoas em razão da convivência, eu vou introduzindo a elas os verdadeiros valores cristãos - de maneira reservada, vou trazendo as pessoas mais próximas a mim de modo a falarmos de História do Brasil e de Cristianismo. E a comunidade de interesse tende a evoluir para uma comunidade de pessoas que se santificam através do trabalho de jogar e produzir jogos de videogame - eis a guilda dos gamers formada. E daí famílias podem ser formadas a partir dessa cultura de livre associação e discrição, pois a verdade é o fundamento da liberdade.

5.2.3) Conforme vou semeando consciência e cultura nessas pessoas, posso adicioná-las ao cenário de guerra cultural em que estou metido no facebook. E terei um pessoal mais fiel a mim e a Deus do que essa direita canhota de facebook. Afinal, eu fiz o trabalho de transformar gente que era água em vinho. E é isso que estou fazendo no Twoo e na minha paróquia.

6.1) Posso fazer comunidade de interesse com pessoas que estudam economia e ciências sociais, já que sou bem versado nessas áreas também. A maior prova disso é que consegui doações de pessoas dessas áreas, além de vender livros que digitalizei para essas pessoas.

6.2) Essas comunidades de interesse em comum que tenho com certas pessoas são comunidades iniciáticas - com elas vou fazendo amizade a ponto de trazê-las para Cristo, a ponto de amarem e rejeitarem a mesma coisa tendo por Cristo fundamento. E o primeiro grau da condução até a Santa Cruz é amarem e rejeitarem as mesmas coisas que amo e rejeito - e para isso, eu preciso estar revestido de Cristo de modo que os outros também possam estar.  

7) Eis as lições que posso tirar da minha experiência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de maio de 2021 (data da postagem original).

sábado, 8 de maio de 2021

Por que só participo de lives quando estou sozinho em casa?

1) Pela minha experiência, não participo de lives, mesmo que eu só entre na parte escrita das lives. 

2.1) Na maior parte do tempo em que estou em casa, eu não estou sozinho, já que meus pais estão em casa - eles tendem a escutar a conversa e a se intrometer muito na minha vida - e eu odeio isso. Por isso, para preservar a minha vida particular da intromissão indevida, eu geralmente me comunico por escrito. Quando vou me comunicar com os meus pais ao telefone, eu mando um SMS. Só uso a voz para me comunicar com quem eu quero me comunicar e não quero que minha vida seja alvo de escândalo. 

2.2.1) Por incrível que possa parecer, minha vida pública, minha vida online, é a minha vida privada, pois sou eu mesmo enfrentando a solidão, sem meus pais por perto. 

2.2.2) É na solidão onde eu me sinto realmente livre, pois não tenho quem me impeça de fazer o que gostaria de fazer em Deus fundado. Desde que minha mãe se aposentou do serviço público, em 2011, não sei mais o que é ter vida solitária - embora esteja sozinho no meu quarto o tempo todo, meus pais podem visitá-lo constantemente. 

2.2.3) Vida solitária mesmo eu tinha quando ia à Missa - com a pandemia, eu perdi essa liberdade de estar a sós com quem pode me entender, que é o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Por isso, eu amo estar sozinho - na verdade, estou sempre bem acompanhado, já que tenho a Deus por amigo e ouvinte onisciente. Afinal, Deus nunca me foi um problema, mas a solução dos meus problemas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de maio de 2021 (data da postagem original).