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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Como abordo uma pessoa que não está no meu círculo de amizades? Comentários sobre o meu modo de agir.

1) Quando vejo uma postagem interessante de alguém que não é meu amigo, eu não adiciono a pessoa de imediato. Eu mando uma mensagem inbox para ela de modo a puxar conversa com ela sobre coisas interessantes.

2) Eu sempre fui partidário da idéia de que adicionar alguém, pura e simplesmente, é um ato de arbítrio - e eu odeio praticar arbítrio com alguém. Eu prefiro conversar com alguém e conquistar a pessoa, antes de adicioná-la. Se ela não vê as mensagens que são enviadas enviadas que vêm de fora do seu círculo social, aí é outra história. 

3.1) Eu sempre examino as mensagens que vêm de fora do círculo tanto quanto as que vêm do meu círculo interno de amizades. Pode ser que haja alguém cujo proceder seja semelhante ao meu. 

3.2) Se a pessoa puxa conversa comigo a respeito dos meus artigos e profere comentários pertinentes acerca do que posto, aí eu a adiciono e começo a conversar com ela, pois ela está tomando o meu tempo de maneira produtiva,.  

3.3.) Esta é a abordagem que eu mais gosto em alguém, pois ela está tomando o meu tempo de maneira justa, dentro do propósito para o qual fui criado por Deus. Se vocês fizerem isto comigo  tal como eu faço com as outras pessoas, nas poucas vezes em que resolvo adicionar alguém, vocês vão me deixar absolutamente feliz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2021 (data da postagem original).

Eu quero ser amigo dos que servem a Cristo com excelência na rede social

1) Todo perfil de facebook, por exemplo, dispõe de um espaço para cinco mil contatos. Como não estou disposto a preencher o perfil com qualquer pessoa, eu sempre adiciono gente que tenha conteúdo e conhecimento. Afinal, estou sempre disposto a aprender alguma de quem é bom no seu ramo.

2.1) Se adicionasse qualquer pessoa, as conversas seriam fúteis, improdutivas. E a pessoa que toma o meu tempo inutilmente teria que me pagar aluguel, por conta de estar ocupando indevidamente o espaço de alguém cuja conversa pode tornar os artigos que produzo ainda mais ricos e produtivos. 

2.2) Não é à toa que sempre relacionei o vazio da alma ao vício da usura, à cobrança constante da minha atenção - que devem ser dadas àquilo que realmente merece atenção, por estar em Deus fundado - para fins improdutivos, fundados no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro., 15 de julho de 2021 (data da postagem original).

Das constantes perdas de uma chance por conta de não fazerem da América uma nação católica - comentários fundados na minha experiência pessoal

1) Recentemente, algumas moças de origem filipina me adicionaram no facebook. Tentei conversar com elas em inglês - elas, todavia, me pediam que eu conversasse com elas em Tagalog, que é a língua local de lá. 

2) A língua está presente no tradutor do Google, mas este não é o menor dos problemas. Só não compreendo como uma pessoa, que sequer sabe português ou inglês, perde o seu precioso tempo  adicionando um desconhecido como eu aqui nesta rede social, que sequer fala a língua nativa dessa pessoa. Nunca tive a oportunidade de aprender Tagalog e aqui onde moro, o Brasil, nunca foi polo de imigração filipina - por isso, nunca tive contato com o idioma. 

3.1) Teria sido melhor que ela tivesse dialogado com um americano - se este tiver uma visão de mundo semelhante a minha, este certamente tomará aquele país católico como um lar em Cristo tanto quanto a América, já que existe uma considerável população filipina morando na América - por isso, aprender o idioma lá não é tarefa difícil. O maior problema na América é de mentalidade, uma vez que o povo de lá não foi criado na fé católica e não foi povoado por portugueses, a ponto de fazer do senso de servir a Cristo em terras distantes a razão de ser de sua vida nacional, pois a verdade em Cristo não é o fundamento de sua independência nacional (por isso, não considero a América um país livre, tal como o mundo pensa).

3.2) Eis o que dá a perda de uma chance, não por culpa minha, mas por conta de manterem a América um território maçônico e protestante, promotor de toda sorte liberal e revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2021 (data da postagem original).

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Quando me ponho à direita do Pai, eu me ponho à esquerda de toda ordem fundada na promoção daquilo que não presta, por ofender a Deus

1) Quando me ponho à direita do Pai, eu necessariamente me ponho à esquerda de todo projeto fundado em se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, onde nele os donos do poder são o arquétipo do homem kantiano: do animal que mente. 

2.1) Direita e esquerda nesse sentido podem ser díades complementares, em vez de serem antitéticas. 

2.2) O direitismo burro e irracional implica eliminar todo tipo de esquerda, como se isso fosse cortar o mal pela raiz. Isso seria conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, pois a pessoa estaria agindo da maneira mais imprudente e insensata. Ela estaria agindo mais por suas paixões desordenadas do que ela reta razão. Ela não estaria vendo a Cristo neste tipo de ação sem sentido, mas medindo as coisas pela sua própria estupidez.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de julho de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre o tropicalismo e sua relação com a heresia liberal

1) Em literatura, o tropicalismo como movimento cultural está associado ao liberalismo, enquanto mentalidade revolucionária: o lema "é proibido proibir" é um verdadeiro non serviam (não servirei a Cristo nestas terras distantes, a ponto de edificar uma civilização cristã nelas).

2) Os tropicalistas abraçaram tanto a noção do bom selvagem de Rouseau quanto a noção do homem cordial maçônico. Para eles, o homem cheio de si até o desprezo de Deus nasceu bom e a civilização, em Cristo fundada, é que corrompe. Eles sempre culparão os vassalos de Cristo, os portugueses, por fazerem desta terra uma colônia. 

3.1) Se os portugueses lavraram esta terra de modo que nela brotasse uma civilização de pessoas que amassem e rejeitassem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então eles propagaram a fé Cristã a ponto de ampliar a verdade como fundamento da liberdade para os confins da terra.  

3.2) Que tudo fique subordinado à vontade do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - o verdadeiro poder vem d'Ele, não de um povo composto de homens cheios de si até o desprezo de Deus e que fazem da riqueza riqueza sinal de salvação! Isso não é um povo, muito menos uma nação, mas uma horda de homens maus, pois eles nunca foram bons, uma que vez que jamais tiveram a marca do batismo, do nascimento em Cristo. 

3.3) Não se faz democracia com homens apátridas, mas tirania, uma vez que essas pessoas estão mentindo em nome da verdade, por conta de conservarem sistematicamente o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de julho de 2021 (data da postagem original).

Da eternidade como expressão do ser - uma leitura multilíngua do pensamento de Chesterton

1) Dizia Chesterton que cada época é salva por pessoas que tiveram a audácia de não serem atuais.

2) A palavra be (ser em inglês) lembra bie (atual em polonês); contrapartida, not to be (não-ser em inglês) lembra niebie (céu ou eternidade em polonês)

3) O brilhantismo de Chesterton foi fazer o cruzamento dos conceitos: em verdade, o ser está relacionado à eternidade (be as niebe), pois quem é de Deus nega o não-ser próprio do mundo, do diabo e da carne, próprio de quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade (o not to be como expressão do bie, do moderno, do aggiornamento revolucionário gramsciano).

4.1) Não é à toa que o polonês tem duas palavras para pobre: o biedny (o que vive segundo a matéria, algo que é próprio dos dias atuais) e o ubogi (o que vive segundo o espírito de Bóg, Deus em polonês).

4.2.1) Ainda que tenha contato físico com uma enorme quantidade de riquezas, o biedny nunca será rico, já ele se apossou desses bens sem a permissão de Deus para isso, por ser cheio de si até o desprezo de Deu a ponto de dividir o mundo entre leitos e condenados, tal como fazem na Revolução Protestante, que é um verdadeiro horror metafísico. 

4.2.2) O ubogi, quando passa a ter contato com a riqueza, ele vira bogaty (rico em polonês). E a missão do rico é ajudar o pobre em suas necessidades, a ponto de a política e a economia serem a continuação da trindade.

4.2.3) Em Cristo, rico e pobre são díades complementares, pois ambos se complementam de modo a haver uma concórdia entre as classes, o que beneficia o bem comum. O objetivo do forte é ser mão amiga do fraco a ponto de com ele compor uma verdadeira sinfonia, tal como vemos no piano. Afinal, tudo está em Cristo e nada pode estar fora d'Ele ou contra Ele. Esta é única ordem de coisas que pode oferecer resistência ao conservantismo e à pretensão de colocar tudo nas mãos do Estado, a ponto de brecar a ambição estúpida do "forte" autodeclarado de antemão aniquilar o mais fraco, por conta de certas idéias que este conserva de conveniente e dissociado da verdade, tais como certas idéias supostamente de direita e de esquerda fundadas na mentalidade revolucionária, que são díades antitéticas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de julho de 2021 (data postagem original).

Para um país se desenvolver, a tendência é a sociedade valorizar os homens solitários, nunca os sociáveis, que vivem de aparências

1) Certa feita, estava vendo um vídeo no youtube comentando sobre a personalidade de pessoas que passam a maior parte do seu tempo sozinhas, como acontece comigo.

2) A bem da verdade, a pessoa não está sozinha - ela está a sós com Deus. E é dialogando com o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que ela aprende a ser uma pessoa melhor. 

3) Essa pessoa em geral tem uma maturidade acima da média e é mais autêntica do que os ditos sociáveis. É uma pessoa que sabe muito bem a importância do tempo kairológico para a plenitude das coisas em Cristo - por isso, não vai tomar o tempo dos outros com conversas inúteis. E quando vai pedir os serviços de alguém, ela sempre vai remunerar bem o serviço alheio, pois está tomando o tempo de alguém para fazer aquele serviço específico para ela. Por conta disso, é uma pessoa responsável e sempre honra seus compromissos, chegando sempre no horário combinado, quando há reuniões. E estas pessoas responsáveis e maduras são as melhores para se ter uma boa amizade.

4.1) Os nascidos nas terras de tupiniquim, em sua maioria, são sociáveis - nunca conseguem compreender a natureza dos homens solitários. Deve ser por isso que devem ser dados a tanto conservantismo e a tanto fingimento, como bem apontou o professor Olavo de Carvalho. 

4.2) A melhor forma de desenvolverem o caráter seria passarem alguns anos no hemisfério norte, se tiverem a oportunidade. Lá, eles passarão alguns meses no frio, na solidão de seus lares - o que os convidará à reflexão, a reexaminarem suas consciências, a ponto de trocarem o errado pelo certo, o que enseja uma metanóia nessas pessoas. De tanto lerem e estudarem, eles perderão esses maus hábitos tropicais e aprenderão a melhor valorizarem as pessoas pelo que elas são e pelo que fazem. 

4.3) O verdadeiro homem cordial se desenvolve dentro da intimidade do lar, nunca nas aparências da vida social. É dessa forma que as pessoas terão dentro de si a dimensão da Igreja como um lugar de contemplação dos Santos Mistérios de Deus, nunca um clube social, como acontece em certas paróquias.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de julho de 2021 (data da postagem original).