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sábado, 16 de novembro de 2019

Notas sobre dois conceitos de nacionalidade

1) Dois são os conceitos de nacionalidade.

2.1) Um deles se opõe ao conceito de nacionidade. Nacionalidade - segundo John Borneman, em seu livro Belonging in the two Berlins - é tomar o país como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2.1) Ele é a personificação do fascismo de Mussolini, uma espécie de nacional-socialismo fundado num falso conceito de nação, uma comunidade imaginada pelos homens onde toda e qualquer utopia pode ser realizada visando a grande glória da pátria, uma vez que o homem foi elevado à categoria de Deus, através do Estado. 

2.2.2) A noção de pátria tende a ser uma idéia deletéria, abstrata, a ponto de ser uma comunidade imaginada, artificialmente forjada, sem tradição alguma e sem uma conexão de sentido capaz de fazer tal arranjo de coisas resistir ao teste de tempo e deixar um legado civilizatório tendo por base a verdade como fundamento da liberdade, coisa que não há nesses meios artificiais.

3.1) O outro conceito indica os meios operativos ou a forma de como se dá o senso de se tomar o país como um lar em Cristo.

3.2.1) Nele, o vassalo deve servir aos que estão sujeitos à sua proteção e autoridade de tal maneira que seus protegidos se sintam patrocinados e possam servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se santificar através do trabalho nessas terras e trazer riquezas não só ao novo local que vão povoar como também trazer glórias à terra de origem, guardando uma relação de lealdade e gratidão para com o soberano que patrocinou tal atividade civilizatória organizada em nome de Cristo Jesus.

3.2.2) As províncias de além-mar guardam um laço de lealdade e de solidariedade com relação à terra-mãe, que os alimentou na idéia de servir a Cristo neste fundamento, de modo que o Santo Nome do Senhor seja publicado entre as nações mais distantes - e neste ponto os portugueses e brasileiros podem ser vistos como uma mesma imagem no espelho, a qual aponta para o belo e produtivo.

3.2.3) Se o povoamento das novas terras prosperar, então esses lugares todos serão tomados como um mesmo lar em Cristo e poderão ser capazes de prestar tributo ao vassalo de Cristo por ter patrocinado todo esse trabalho santificador e civilizador, uma vez que o povo vê no vassalo de Cristo - o Rei de Portugal, Brasil e Algarves - a figura do próprio Cristo.

4.1) O conceito de nacionalidade só tem sentido onde o povo é tomado como parte da família do governante.

4.2) Isso só pode haver em monarquias e em principados (repúblicas que possuem uma nobreza e uma casa reinante de longa data, a ponto de serem cidades-Estado livres por direito próprio).

5) Confundir estes dois conceitos é ignorar a sutileza das coisas, visto que estas nuances são evidentes a quem se cultivou na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2019 (data da postagem original).

Ser povo ou ser gado - eis a questão

1) Certos conservantistas tendem a conceber a humanidade de um certo povo que ocupa uma certa geografia como passiva. Para eles não há povo, mas gado - gado de sacrifício do G.A.D.U (do Grande Arquiteto do Universo)

2) O culto a G.A.D.U tem seus sacerdotes - eles são gente iluminada, lunática e empoderada, totalmente endiabrada. Esses sacerdotes são os gurus. São os gurus coaches, são os gurus financeiros, são os gurus das diversas heresias e seitas, gurus de todas as tribos e tendências que se dizem de direita, mas que no fundo estão à esquerda do Pai, posto que estão adorando todos os tipos de deuses menos o verdadeiro. Afinal, o que aparenta ser constelação não passa de buraco negro.

3) Como posso unir a direita a qualquer custo se o próprio liberal que o mundo conhece sustenta que cada um tem direito a crer na verdade que quiser? Não dá para unir o que é heterogêneo - se não há o mesmo querer e o mesmo não querer fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, então não poderei conservar a dor do cordeiro que foi imolado pelo perdão de nossos pecados. Por isso não poderei ser conservador, pois desconheço a verdade, o fundamento da liberdade. Logo, serei incapaz de ser conservador e ser livre em Cristo, por Cristo e para Cristo, liberal naquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus, que é a verdadeira essência das coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2019.

Notas sobre a questão do recall eleitoral, tendo por base o comportamento recente da deputada Joice Hasselmann

1) Um dos princípios da república romana era de que nenhum homem seria escravo de outro homem.

2.1) O recente comportamento da deputada Joice Hasselmann é a negação deste princípio.

2.2) Ela ficou tão rica no amor de si que está negando o lema do governo: Brasil acima de tudo e Deus acima de todos. Por conta disso, ela não só está quebrando a confiança que foi nela depositada, através de seus mais de um milhão de votos, como também está agindo cada vez mais fora daquilo que é próprio do decoro parlamentar.

3.1) Por conta desse comportamento temerário, a idéia de um recall de modo a moderar o mau comportamento do parlamentar seria uma idéia razoável e prudente.

3.2.1) O mandatário não é proprietário do mandato, do poder que recebeu através dos votos - este poder pertence ao povo. Por conta disso, este poder deve ser exercido tal como se exige de todo e qualquer sacerdote: que morra para si de modo que o Cristo que há nele esteja presente em meio a nós.

3.2.2) Hasselmann é fruto de uma ordem fundada na pós-verdade, onde se conservou de maneira conveniente e dissociada da verdade a idéia de que o cristianismo é uma árvore velha e superada, que deve ser abatida de modo a se colocar qualquer coisa no lugar. Por conta disso, está à esquerda do Pai, ainda que se diga de direita, nominalmente falando.

3.2.3) Ela se enquandra, portanto, naquilo que venho sempre definindo por conservantista, o pior agente político que há - tal como o líqüido, conserva de maneira conveniente a forma de seu recipiente, mas não se sujeita à rigidez da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus, a fonte de tudo o que é mais sólido. O conservantismo do líqüido prepara o caminho para a anarquia gasosa, uma vez que tudo o que é sólido deve se desmanchar no ar, segundo essa vil lógica.

4.1) O instituto do recall não substitui a comissão de ética.

4.2) O comitê de ética de cada casa do parlamento deveria funcionar como uma espécie de corregedoria ou controle interno, a serviço do interesse do eleitorado, visto que os deputados e senadores todos são oriundos do povo, dado que também são eleitores. Mas, como ainda está vigente a falsa cultura de que o mandato é propriedade do político - o que edifica liberdade com fins vazios -, as comissões de ética não passam de agências que defendem os mais puros interesses corporativistas, visto que os parlamentares se tornaram uma classe ociosa que está de costas para os interesses de seus eleitores, o que faz do Poder Legislativo o mais improdutivo dos poderes da República, este regime político que nasceu na calada da noite e que acabou de vez com o senso de tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de fazer do Brasil uma ordem social cada vez mais revolucionária e anticristã.

5.1) Eis aí algumas considerações que podemos fazer acerca do recall - em tempos de rede social e de povo cada vez mais vigilante com relação à conduta de seus representantes, trata-se de poder moderador feito de baixo para cima.

5.2) Isso não elimina a necessidade de um poder moderador feito de cima para baixo - certas questões fundadas no bem comum podem gerar conflito entre os poderes e o soberano deve ser chamado para sanar de vez estes problemas, a ponto de dizer o que deve ser feito, tendo por conta o Sagrado Magistério da Igreja e a missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique, visto que o soberano é vassalo de Cristo, tal como foi D. Afonso Henriques.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2019.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Notas sobre o Direito Natural e a questão da anterioridade da lei

1) Tudo o que é contrário à verdade, à conformidade com o todo que vem de Deus, atenta contra o direito e à justiça. Por isso, tudo o que atenta contra a amizade de Deus, além de crime, é pecado, que deve ser reparado numa penitenciária.

2) Quando o Estado fica de costas para Deus, o que antes era crime e deixa de sê-lo se deve por conta de coisas que foram conservadas convenientes e dissociadas da verdade. Um exemplo disso é abolição da aplicação da pena no tocante a adultério ou bigamia, onde a não-aplicação dessas penas leva à abolição da família.

3.1) Por essa razão, não aplicar a pena capital a indivíduos que atentaram contra a nacionidade da pátria, contra as razões de ser do Brasil como parte da cristandade, é um atentado contra o Direito Natural.

3.2.1) A anterioridade do Direito não pode ser aplicada - a pena capital contra criminosos como Lula e Dilma era verdade conhecida ontem, é verdade ainda conhecida hoje e será verdade conhecida amanhã - por isso, ela deve ser obedecida.

3.2.2) Se houver uma luta sincera pela restauração da aliança do altar com o trono, então o restabelecimento da pena capital contra esses demônios será crucial. Ainda que o Papa Francisco tenha tentado tirar do catecismo o que o Santo Magistério sempre ensinou acerca da pena capital, o que ele determinou não deve ser seguido, pois ali não foi Cristo que falou, mas a ideologia maçônica e comunista que está ali sentada indevidamente na cátedra de São Pedro. Só por isso, o Papa está a cometer heresia, pois está contradizendo o que sempre foi ensinado. Trata-se de non sequitur claro; a verdadeira fé não contraria a lógica, pois Cristo é o logos supremo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2019.

Quero ser carrasco, quando crescer

1) No The Guild 2, sempre que tinha filho para continuar o legado da minha dinastia no jogo, ele sempre dizia: "quando crescer, eu quero ser o carrasco".
 
2) Hoje, com quase 40 anos de idade, eu sinto que a melhor forma de servir ao país neste exato momento é sendo carrasco de apátrida, de revolucionário, por conta de seus crimes contra aquilo que foi estabelecido em Ourique. Neste ponto, minhas crianças espirituais estão corretas - também quero ser carrasco dos inimigos de Cristo e do vassalo de Cristo, que é o rei de Portugal, Brasil e Algarves.

3.1) Não há melhor forma de santificação através desse trabalho que não eliminar os que fomentam divisão e apatria em seu país.

3.2.1) O carrasco executa a pena cominada pelo juiz - se o juiz for justo a ponto de dizer o direito em conformidade com a verdade, com o Todo que vem de Deus, então executar criminosos como Lula, Dilma et caterva é sempre um prazer, não porque o carrasco gosta de matar, mas porque está tirando de circulação um verdadeiro flagelo que se encontra bem no meio de nós, visando o bem-estar do país e da boa aplicação do direito entre nós.

3.2.2) Neste ponto, a aplicação da pena capital é um santo remédio contra todos aqueles que usam da violência e do derramamento de sangue dos inocentes de modo a conseguir o que querem, o que acaba com o senso de nacionidade da pátria.
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, de 15 de novembro de 2019.

Do 15 de novembro como forma de detectar conservantistas infiltrados

1) A verdade é filha do tempo. Hoje eu peguei um conservantista celebrando o 15 de novembro com fotos da maçonaria demolay celebrando a nefasta data com solenidade cívica. Bloqueei o sujeito na hora.
 
2) Não é preciso fazer perguntas - deixe a pessoa se revelar. Assim como é infalível detectar um herege por seu antimarianismo, é igualmente infalível detectar um conservantista quando este celebra pseudoferiados que nos trazem de volta à memória atos políticos que ajudaram a afundar o Brasil. É a prova cabal de que estão à esquerda do Pai, ainda que se digam de direita, nominalmente falando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2019.

Notas sobre política enquanto continuação da trindade

1) Todo poder emana de Deus, que dá a um povo um sentido para tomar os lugares que tradicionalmente ocupa como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. É por meio do sinal da Santa Cruz que vem todo o sentido para se servir ao verdadeiro Deus e verdadeiro homem, dando a esse povo um sentido histórico e civilizacional cujo legado seja capaz de resistir ao teste do tempo.

2) Se o povo vive em conformidade com o Todo que vem de Deus, ele será a voz de Deus neste mundo. Três classes se desdobrarão desse todo: a nobreza, o clero e a plebe, responsável pela organização das atividades econômicas organizadas - afinal, eles são homens de ação. Esta é a prova cabal de que a política é a continuação da trindade, a ponto de a terra ser tomada como um lar em Cristo e ser um espelho da Jerusalém celeste.

3.1) Assim como os sacerdotes são retirados do meio do povo de modo a fazer sacrifícios por si e por todos em nome de Cristo Jesus, assim também ocorre com a nobreza, que é retirada do meio do povo de modo a servir a todas as classes de modo a fomentar o bem comum tão necessário a fomentar o senso de nacionidade - se todos tomam o país comum um lar em Cristo, então todos devem ser leais à autoridade, a ponto de remunerá-la com tributos, uma vez que ela aperfeiçoou o senso de sermos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo, uma vez que tomou o povo como parte de sua família, a ponto de protegê-la e ampará-la, tal como um bom pai faria.

3.2.1) Os nobres são recrutados a partir do dom da sabedoria e da prudência, quando são da esfera civil, e do dom fortaleza e da coragem, quando se trata da esfera militar.

3.2.2) Por conta dos relevantes serviços prestados, recebem algumas concessões, alguns prêmios que podem ser passados aos descendentes, na forma de propriedades, direitos e rendas. Esses herdeiros devem continuar o legado das gerações anteriores e expandi-lo - esta é a principal responsabilidade deles, pois a quem muito foi dado, muito lhe será cobrado. Se esse privilégio for usado com fins vazios, a nobreza vira uma classe ociosa - e esses membros da classe ociosa devem ser extirpados tal qual erva daninha.

3.2.3) Engana-se quem pensa que a nobreza é improdutiva. A excelente formação na alta cultura dá ao nobre a responsabilidade histórica e espiritual de servir a Cristo aqui e em todo o lugar, em nome desse bem comum que é a cristandade. É nos méritos de Cristo que o nobre é agraciado com títulos e privilégios, as prerrogativas necessárias para que os descendentes possam agir em nome daqueles que morreram de modo a continuar o seu legado, uma vez que o serviço público do nobre deve ser continuado.

4.1) Quando não há nobreza, prevalece o igualitarismo - não o fato de que todos são igualmente sujeitos à lei à proteção e autoridade de Deus, mas o fato inexorável de que todos são gado de algum descendente de algum Faraó do Egito bem FDP, que pode tirar todos os bens dos homens por meio de algum capricho, como são os comunistas.

4.2) O triângulo eqüilátero dará lugar a um triângulo escaleno, pois cada classe, cada ponto tem sua própria verdade, a ponto de ninguém ser leal a ninguém, nem ser solidário a ninguém. Eis aí o surgimento da sociedade liberal, que é líqüida. E é por meio do líqüido que se dá lugar à anarquia gasosa, pois o que é sólido se desmanchou no ar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de novembro de 2019 (data da postagem original).