1.1) Se Deus é a medida de todas as coisas, então todas as autoridades têm seu poder tendo por Deus fundamento. Essas autoridades decorrem dos vassalos de Cristo (reis e príncipes) ou do vigário de Cristo (o Papa, que sucede a São Pedro, fazendo garantir a promessa de que Cristo estará sempre conosco até o fim dos tempos) .
1.2) Se essas autoridades imitam a Cristo Rei e Sumo Sacerdote, então elas acabam aperfeiçoando a liberdade, uma vez que devemos amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, já que Ele é a verdade. Não há liberdade sem ordem decorrente dessa verdade, desse verbo que se fez carne a ponto de fazer santa habitação em nós, por meio da santa eucaristia. Por isso que conservamos a dor de Cristo - e nesse ponto, somos conservadores, não conservantistas.
2.1) Se o homem é a medida de todas as coisas, então as leis não passam de preconceito burguês, enquanto expressão desse grupo de pessoas que controla o poder e que faz da riqueza um verdadeiro sinal de salvação a ponto de dividir o mundo entre eleitos e condenados. Por isso, a constituição do Estado se pauta em nenhuma autoridade, uma vez que a verdade não existe - para essa gente, tudo se pauta na matéria, a ponto de tudo estar no Estado e nada poder estar fora dele ou contra ele.
2..2.1) Como a falsa liberdade decorre do fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então ela acabará servindo liberdade com fins vazios, a ponto de essa lei orgânica ser escrita e reescrita diversas vezes, por conta do passar dos séculos.
2.2.2) Enfim, quem busca liberdade sem Cristo está a buscar a própria prisão, já vê que no pecado uma virtude. Por isso, que age assim é libertário e conservantista.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2018.
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