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sábado, 3 de novembro de 2018

Notas sobre capitalização moral e sociedade de confiança

1) Se educação é dever de todos então todos devem uns aos outros. Como o homem é pecador, é animal que erra, a dívida é tão grande que a humanidade não é capaz de pagá-la sozinha. E quando a dívida é muito grande, impagável, só Deus pode perdoá-la e para que isso realmente aconteça, Deus teria que vir até nós.

2) Jesus, o verbo que se fez carne, veio para remir os pecados de quem crê n'Ele. Com isso, ele cria uma relação de crédito e débito.

3.1) A sociedade que vive a em conformidade com o todo que vem de Deus é por natureza uma sociedade de confiança.

3.2) Confiamos uns nos outros porque acreditamos que o nosso semelhante ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de ver em mim a figura do Cristo necessitado, quando vai prestar um serviço de qualidade. Por isso mesmo, esse senso de crédito circula - e a moeda que simboliza essa relação de confiança tende a ser fiduciária.

4.1) Para que essa relação de confiança se torne a lei na sociedade - a ponto de o país se organizar de tal modo ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, e nos preparar para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu -, é preciso que a lei de Deus se dê na carne de cada pessoa - e essa lei que se dá na carne de cada pessoa se chama moral.

4.2) Por isso mesmo, uma família cristã necessita que pai e mãe sejam cristãos, chefes de sua Igreja doméstica a ponto de servirem de modelo de virtude para seus filhos. Assim eles poderão imitar com perfeição a Cristo da melhor forma possível, que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

4.3.1) Por meio da evangelização, a lei de Deus é distribuída a outras pessoas, a ponto elas se integrarem uma às outras através da comunidade.

4.3.2) Com a santificação através do trabalho, a relação de crédito e confiança se aperfeiçoa, criando uma espécie de capitalização moral.

4.3.3) Essa capitalização moral faz com que uma pessoa virtuosa entenda que a riqueza é destinada para a promoção do bem comum, pois os dom que ela tem para trabalhar veio de Deus - e como a riqueza é acessório que a sorte do principal, os dons, então isso pertence a Deus, já que a Ele são devidas toda as honras e todas glórias, uma vez que foi Ele quem instituiu essa relação de confiança, que é a verdadeira base da economia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de novembro de 2018.

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