1) Se todo produto cria sua própria demanda, então a tendência é haver uma cultura de nicho. Meu amigo Rodrigo Arantes sempre me falou que o mundo de hoje está sendo todo pautado nisso.
2) Os tradutores que se especializaram em literatura brasileira perceberam um nicho na França. Como são oriundos de uma tradição onde a liberdade é servida com fins vazios, então acabaram publicando nomes da literatura brasileira, que é rica em personagens desse arquétipo marginal, o que promove os valores da mentalidade revolucionária.
3) Eis no que dá a literatura de nicho num mundo onde a liberdade é servida com fins vazios, uma vez que a riqueza se tornou sinal de salvação. Quem serve lavagem a porcos dessa natureza acaba tendo ganhos sobre a incerteza e isso é condenável, pois isso só torna as coisas piores do que já são.
4) Se todo produto deve gerar sua própria demanda, então devemos nos preocupar em promover o belo e não o feio o disforme. O feio e o disforme, tal como uma arma de guerra, devem e precisam ter alcance restrito, pois é uma arma de destruição em massa das inteligências.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2018.
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