1) A Princesa Isabel foi a única governante do Brasil a receber a Rosa de Ouro. O Papa na época era Leão XIII, o autor da encíclica Rerum Novarum, essa que serviu de base para o distributivismo.
2) Com a abolição da escravatura, o plano dela era assentar os escravos nas terras devolutas do Império. Assim, todos eles seriam proprietários. Se os poderes de usar, gozar e dispor estão nas mãos do maior número de pessoas possível, então o que temos é distributivismo.
3) Como meu colega Edmundo Noir tem mostrado, a Princesa Isabel foi impedida de assumir o trono porque a maçonaria temia um governo católico no Brasil. Isto prova que a monarquia, desde 1822, serviu de governo de transição para a república maçônica, que está assentada sobre quatro colunas: liberdade, igualdade, fraternidade ou a morte. Se a liberdade para o nada for derrubada, todas as demais colunas desabam que nem prédio do Sergio Naya.
4) Quando a monarquia foi derrubada, o infame Ruy Barbosa queimou todos os registros que provavam a propriedade dos escravos, inviabilizando que eles e seus descendentes cobrassem indenização de seus antigos senhores. Além disso, o governo federal leiloou terras a esses fazendeiros de modo que se tornassem latifundiários, impedindo que os negros tivessem a terra a que tinham direito.
5) O professor Loryel Rocha, neste Conselheiro Acácio de ontem, falou que o sistema de sesmarias não era um latifúndio. Eram pequenos lotes de terra cuja propriedade era reconhecida a quem tornasse essas terras produtivas e rentáveis por 3 anos. O sistema introduzido pela lei de terras de 1850 criou a figura do posseiro. E boa parte dos latifúndios eram improdutivos. O rei de Portugal não leiloava terras, uma vez que a natureza da terra era comunal - e tal como água, a terra era vida, por ser um bem fora do comércio.
6.1) Não seria mais sensato voltar ao antigo sistema de sesmarias do tempo da monarquia portuguesa, que foi revogado por conta da falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal? A monarquia portuguesa pegaria essas terras improdutivas de volta, redistribuiria essas terras de modo que tivessem a sua justa destinação e assim se tornarem devidamente produtivas e rentáveis, a tal ponto que faria com que o maior número de pessoas ficasse com os poderes de usar, gozar e dispor, observando os preceitos da Igreja e evitando assim a cultura da salvação pela riqueza, fundada no protestantismo.
6.2) Mas o conservantismo dos comunistas, fundado na burrice e na malícia, quer na verdade tomar as terras de quem produz na mão grande de modo que verdadeiros latifúndios improdutivos fiquem nas mãos deles. Enfim, eles nunca foram contra o latifúndio - eles não admitiam que essas terras ficassem na mão de quem não comungava das idéias comunistas. Definitivamente, eles nunca se preocuparam em disseminar a idéia de justiça na sociedade, uma vez que eles negam a Deus como a razão de ser de todas as coisas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2018 (data da postagem original).
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