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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Das lições de Heródoto aplicadas à teoria da nacionidade

1) Se devo aprender a História de modo que os erros do passado não sejam repetidos no futuro, então eu devo olhar para a História dos outros povos de modo que os erros não contaminem o meu povo também.

2.1) Por isso, devo estudar a História da Venezuela e de Cuba de modo que o nefasto comunismo não se instale por aqui.

2.2) Da mesma forma, devo estudar a História da Polônia de modo a compreender qual é o verdadeiro senso de independência, pois o que decorreu no dia 7 de setembro não é independência. E com esse senso que aprendo da História da Polônia, eu devo estudar a História de Portugal, de 1139 a 1822, de modo a compreender o Brasil antes de ser o que se tornou.

3.1) Não posso estudar a História do Brasil por meio de apanhados que há nos livros de História Universal.

3.2) Para aprender de verdade, preciso tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo a ponto de aprender a História desses países na veia e processar o que conheço num único sistema, de modo a contar a História do Brasil de tal maneira que os erros cometidos não mais se repitam nas futuras gerações - e isso pede que eu me universalize, a ponto de criar uma teoria cuja raiz se dá no próprio Brasil, como diz Kujawski no livro A Pátria Descoberta.

3.3.1) E isto não pode ser ensinado na escola da forma como conhecemos hoje, pois o ensino é massificante e alienante - essas coisas devem ser ensinadas como um experiência de família.

3.3.2) Por isso toda a experiência deve ser contada por escrito e passada aos filhos e netos, a ponto de se tornar uma matriz de consciência, o que faz com que a verdade esteja na carne das pessoas, a ponto de se contar as coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.3) Por isso mesmo, a História está intimamente relacionada com a cultura, uma vez que ela é gênero literário. E como já foi dito, tudo o que é discutido no nosso parlamento precisa estar documentado nos livros, na nossa experiência literária. De nada adianta discutir um projeto de país se estamos a confundir o senso de tomar o país como um lar em Cristo com o senso de tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. Estudar História neste aspecto seria aprofundar o Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2018.

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