1) Jesus angularizou o ato de dar: devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
2) A mão que dá sempre encontra a outra, a mão que recebe. A maior prova de que dar é melhor do que receber é que a mão que recebe acaba representando os interesses da mão que dá, a ponto de exercer um mandato. Por isso, a mão de César e a mão do sacerdote, que são mãos que recebem, devem trabalhar juntas de tal maneira a fazer com que as pessoas passem a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.
3.1) Com isso uma trindade foi formada.
3.2.1) Jesus, como conselheiro admirável que é, mandou que o povo de Deus desse a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
3.2.2) As prerrogativas de César e as prerrogativas dos sacerdotes, enquanto parte daqueles melhores membros que são tirados do povo de modo a servir a Cristo em trabalhos específicos para o bem de toda comunidade e de toda a Cristandade, não são mutuamente excludentes, mas complementares.
3.3.1) Por isso o ato de dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus não leva à separação da Igreja do Estado, mas a integração entre as pessoas de modo que cada um cumpra seu dever, dentro dos limites de suas atribuições. Ou seja, todos estão vinculados a todos, pois todos dependerão uns dos outros, o que é uma forma de amarmos uns aos outros tal como Jesus nos amou.
3.3.2) Os sacerdotes não terão direito à sua verdade, à sua interpretação particular das Sagradas Escrituras, assim como os governantes não comandarão o país tal como foram os faraós do Egito: de costas para as verdadeiras tendências do povo de Deus. Todos estarão na dependência de Deus - se a base do poder está disseminada no povo de Deus, através do ato de dar, então o rei e o bispo só têm seu devido poder se forem fiéis servidores da palavra, já que devem imitar a Cristo como rei e como sacerdote, o bom pastor.
3.3.2) Os sacerdotes não terão direito à sua verdade, à sua interpretação particular das Sagradas Escrituras, assim como os governantes não comandarão o país tal como foram os faraós do Egito: de costas para as verdadeiras tendências do povo de Deus. Todos estarão na dependência de Deus - se a base do poder está disseminada no povo de Deus, através do ato de dar, então o rei e o bispo só têm seu devido poder se forem fiéis servidores da palavra, já que devem imitar a Cristo como rei e como sacerdote, o bom pastor.
3.4.1) Eis a trindade como base da organização da comunidade política. Dar sistematicamente a César o que é de César e a Deus o que é de Deus é um distributivismo.
3.4.2) Como os papéis de César e do sacerdote são bem definidos, então o país pode ser tomado como um lar em Cristo, uma vez que ninguém, exceto o verdadeiro Deus e verdadeiro homem, concentrará o poder temporal e espiritual da nação nas mesmas mãos, a ponto de formar uma verdadeira teocracia.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2018 (data da postagem original).
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