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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Modelo de santo que se santificou através do trabalho de livreiro, principalmente em tempos de censura e de comunismo


Vincas Juska foi um contrabandista de livros lituano que transportava livros de idiomas para a Lituânia por volta do final do século XIX.

Após a insurreição polonês-lituana de 1863, o governo imperial russo intensificou seus esforços para russificar a população lituana e aliená-la de suas raízes históricas, incluindo a fé católica romana, que se tornou difundida durante os anos da Comunidade polonesa-lituana.

 Durante o verão de 1863, o czar Alexandre II emitiu Regras Temporárias para as Escolas Estatais do Krai do Noroeste, determinando que apenas o ensino da língua russa seria permitido lá.  Portanto, o uso do alfabeto latino para a língua lituana foi totalmente banido.

 Os contrabandistas de livros trabalharam para contornar essa proibição da língua lituana impressa, imposta pelo Império Russo ocupante, de 1865 a 1904. Claro, a língua oficial para negócios estatais é uma coisa, mas crucialmente, os livros escolares tinham que ser escritos usando o alfabeto cirílico, em vez  do que o latim, que a língua lituana usa.

 Foi uma tentativa direta de extinguir a língua lituana e, por extensão – a cultura.  Foram criadas escolas clandestinas que usavam os livros contrabandeados para ensinar lituano propriamente dito – às vezes como atividade extracurricular organizada por professores solidários, em igrejas, às vezes em casa.  Os contrabandistas de livros tornaram-se um símbolo da resistência dos lituanos à russificação.

Durante os anos finais da proscrição, cerca de 30.000 a 40.000 livros foram contrabandeados anualmente.  Cerca de um terço deles foram apreendidos pelas autoridades.  Os livros lituanos chegaram a todos os assentamentos na Lituânia, e muitas instituições legais serviram como pontos de transferência disfarçados para distribuição dos livros.

 A falta de sucesso da proibição foi reconhecida no final do século XIX e, em 1904, sob o pretexto oficial de que as minorias dentro do Império Russo precisavam ser pacificadas após a Guerra Russo-Japonesa, a proibição de publicações em língua lituana foi suspensa.  

 Em 1905, logo após a suspensão da proibição, um dos contrabandistas de livros, Juozas Masiulis, abriu sua própria livraria em Panevėžys.  Esta livraria ainda está em funcionamento e uma cadeia de livrarias opera na Lituânia em seu nome.

Link da postagem: https://www.facebook.com/groups/320662222359793/posts/839051113854232

A verdade sobre as relações institucionais - qual é o sentido delas?

1) Uma instituição é algo maior do que um órgão público.

2) Enquanto o órgão público tem sua estrutura funcional ditada pela lei ordinária, a ponto de discriminar a natureza da sua função, a relação estatutária dos seus servidores, a ponte de determinar a natureza e a estrutura da gratificação dos seus servidores, assim como a razão pela qual um órgão ou mesmo uma pessoa jurídica é criada de modo a melhor atender aos ditamos de uma lei maior, que é a Constituição - a lei orgânica de um país que deve ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo -, a instituição é a relação que se dá entre pessoas que trabalham de fato no órgão, como também é a relação que se dá entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica ou entre as pessoas jurídicas, quer de natureza pública ou de natureza privada, num contexto ainda mais amplo. 

3.1) Enquanto os órgãos e as pessoas são estruturas estáticas, a relação institucional é uma relação de poder dinâmica, a ponto de ser o perfeito casamento da administração voltada para o bem comum com o direito, a ponto de o Estado, na qualidade de administrador, dizer o direito no tocante ao bem comum, nos méritos de algo maior: o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, pois o Estado, a mais alta criação dos homens, foi feito para servir a Deus, e ele deve se sujeitar ao seu domínio, já que a verdade é o fundamento da liberdade. Por isso, o princípio da impessoalidade inexiste, visto que o bom administrador deve estar revestido de Cristo de modo a fazer o bem e servir ao bem comum, de modo que o Santo Nome do Senhor seja propagado em terras cada vez mais distantes.

3.2) Se Deus faz de alguém como eu, um mísero pecador, autoridade para alguma coisa, é para que eu, investido desse poder nos méritos de Cristo, possa aperfeiçoar a liberdade de muitos, de modo que meus protegidos possam servir a Cristo em terras distantes e de uma forma tal que estes sejam ainda mais livres para agradar a Deus - e isso não pode ser tolhido ou traído.

4) Qualquer pensamento institucional em que o Estado tenha o fim em si mesmo tenderá para uma tirania e para uma completa anomia, já que as coisas decairão por conta da perda de sentido transcendental, uma vez que a verdade é o fundamento da liberdade.

Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 2023 (data da postagem original).

A restauração virá, pois ela se dará nos méritos de Cristo. A luta apenas começou

1) Libertar a América para torná-la cativa da ideologia totalitária. Isso não é só comunista, como também maçônico. E o modelo disso está tanto no exemplo americano, quanto nas arbitrariedades que Simón Bolívar fazia na América Espanhola.

2) Acabei de voltar para as comunidades que lutam contra essa narrativa histórica que fazem nos países de América espanhola e acabei de tomar conhecimento que Simón Bolívar na véspera de Natal, na cidade de Pasto (atual Colômbia), ordenou uma tremenda de uma carnificina contra os cristãos, o que é um atentado contra a obra civilizadora da Espanha, que, junto com Portugal, também serviu a Cristo em terras distantes, ainda que sem mandato do céu.

3) Isso só comprova o que falei nos meus artigos sobre a "independência" do Brasil" - o propósito não foi nos separar de Portugal tão-somente, mas de nos desobrigar da missão de servirmos a Cristo em terras distantes tal como foi estabelecido em Ourique, o que configura traição extrema, uma inconfidência contra o Rei dos reis. Se deixo de ser livre no verdadeiro Deus e verdadeiro homem para ser preso num esquema de dominação, numa ideologia totalitária, então isso não faz o menor sentido, pois o sentido da minha vida nesta terra será vazio, já que não há sentido histórico nesta terra fora do que foi estabelecido em Ourique.

4) Nossa luta não é só contra a esquerda - a luta tem que ser também contra esse esquema de dominação que a maçonaria implantou no Brasil a ponto de nos afastar do que foi estabelecido em Ourique. O lado bom de estar nessas comunidades que desmentem as narrativas do lado espanhol é que isso me estimula a combater as narrativas históricas deste lado da Península Ibérica que fala português, pela graça de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 02 de janeiro de 2023 (data da postagem original).

Por que um bom livreiro precisa ser um intelectual? Das vantagens desse traço de caráter em relação aos livreiros puramente mercantilistas, que tendem a tratar os livros como banana na feira

1.1) Durante meu tempo de Orkut, eu recebi um depoimento favorável de um dos meus contatos me dizendo que uma das minhas características mais marcantes é a de que eu era um intelectual. 

1.2) A grande vantagem de ser intelectual está no fato de que você consegue estabelecer uma rede de contatos onde pessoas que prezam o conhecimento se encontram e ficam a trocar informações e subsídios para a produção de novos artigos, como livros e revistas, por exemplo, a ponto de obter ganhos sobre a incerteza por conta disso. E essa rede é essencial para se exercer bem a profissão de livreiro.

2.1) Por conta da minha associação com alunos do Olavo, fui metido numa rede de trocas de livros muito boa da qual eu não quero sair. 

2.2) Embora eu não compre livros dessa rede, eu anoto todos os livros que vejo nela de modo a montar meu próprio catálogo. Na Estante Virtual, eu vou atrás dos livros de modo a obter um preço menor por eles. Quase sempre consigo um preço convidativo, por conta disso.

3) Em virtude de eu estar sempre pesquisando por livros, o algoritmo desta rede social descobriu essa minha tendência e me manda recomendação de livros, quase todos esquerdistas. Naturalmente, eu aceito essas sugestões de bom grado, pois elas me servirão de base para eu combater melhor meu inimigo: a esquerda latino-americana.

4.1) Também fiz parte de uma comunidade que defendia a reincorporação dos territórios da América Espanhola de volta à Espanha: o nome do grupo era "contra la leyenda negra" ou algo assim. Nesse grupo, eles sempre mandavam uma bibliografia muito preciosa para se combater o entendimento esquerdista dominante que justifica a descolonização e a balcanização da América espanhola, esse tipo de ordem de coisas que está sendo conservado de maneira conveniente e dissociado da verdade. 

4.2.1) Infelizmente, acabei saindo do grupo porque teve um imbecil que acusou os brasileiros de roubar territórios do Peru. Não só bloqueei o cara como saí do grupo - e minha ausência durou até o fim do mandato do presidente Bolsonaro, quando o tempo se completou, o que me deu liberdade para me concentrar em outras coisas.

4.2.2) Agora que estou refeito, penso em voltar ao grupo para continuar coletando os preciosos dados que esse grupo produzia - a razão pela qual saí do grupo é aquilo já me era a gota d'água: além dos inimigos internos estarem destruindo o país desde dentro ainda tem nego de fora falando merda sobre o Brasil. Aí não há Cristão digno desse nome que agüente!

5) Por conta do nacionismo e por conta das boas relações que eu tive com o meu pároco, fiz muitas amizades com os poloneses. Sempre que posso, recebo indicações de livros de história da Polônia, marco-as como relevantes e vou atrás desses livros de modo a digitalizá-los e lê-los. Esses livros, uma vez lidos, eu vou vendê-los, como caixeiro-viajante, nas minhas idas às colônias dos poloneses, lá no Paraná.

6) Se eu juntar todos esses dados nesse meu sistema de atividade econômica organizada, eu terei um catálogo vasto e poderei usufruir dessa riqueza por bastante tempo, já que ela será servida ao bem comum, em razão de estar em domínio público, mais cedo ou mais tarde. E isso faz de mim um colaborador da iniciativa pública, uma vez que estarei servindo a Cristo em terras distantes, tanto dentro do meu país quanto fora dele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 2022 (data da postagem original).

sábado, 31 de dezembro de 2022

É nas dificuldades que se forjam os grandes homens - um conto da minha história pessoal

1) No começo da década de 90, quando ganhei meu primeiro PC, meus primeiros jogos foram o Loom, o Maniac Mansion e o Leisure Sui Larry II - todos adventures.

2) Meus pais não sabiam inglês - e naquela época não sabia inglês, coisa que só viria a ter no ginásio e de forma muito mal dada. Se dependesse do que recebi da escola, eu estava ferrado, a ponto de não poder desempenhar as funções que desempenho hoje.

3) Naquela época, papai viajava e trazia coisas do Paraguai. Além do computador e desses jogos, ele também me trouxe um tradutor eletrônico. Aos trancos e barrancos, fui aprendendo inglês com a ajuda do tradutor. Conseguia resolver alguns quebra-cabeças do adventure, mas não compreendia algumas coisas porque esses adventures, como compreendi mais tarde, com a chegada da maturidade, eram centrados na cultura americana - e eu era brasileiro, sendo criado na minha cultura nativa.

4.1) Em todo o caso, esse esforço para eu poder jogar os adventures e superar as dificuldades culturais e idiomáticas, que tornavam esses jogos para mim muito mais difíceis do que realmente eram, moldou o meu caráter, a tal ponto que vejo uma continuação dessa cultura de dificuldade enquanto tradição neste cenário: aos poucos vou acumulando os meus primeiros dólares, a ponto de importar regularmente meus primeiros livros dos EUA e da Europa. 

4.2.1) Para poder lê-los, eu vou digitalizando os livros até virar ebook, tal como eu sempre fiz. E enquanto leio os ebooks que eu mesmo preparei, eu acesso ao tradutor do Google e vou estudando a tradução que foi empregada de modo a poder compreender o que foi escrito naqueles livros. 

4.2.2) Às vezes, recorro aos dicionários conceituais da língua inglesa ou língua francesa (os aurélios em versão americana ou francesa, coisas essas que eu nunca tive, pois sempre tive tradutores inglês-português português-inglês), para poder entender as frases dentro do contexto das línguas em que foram escritas de modo a poder bem traduzi-las para a língua portuguesa. 

4.2.3) Pela primeira vez na língua inglesa, assim como em outras línguas, terei a ajuda de um dicionário que fará a função daquilo que fez o Aurélio na língua portuguesa, durante meu tempo de estudante, quando era mais jovem. Isso pode parecer ridículo, mas, no tempo de escola, isso nunca me foi cobrado, mas vejo que é o único caminho que encontrei para aprender de verdade, da forma mais natural possível.  

5.1) Todo esse esforço de guerra cultural para poder compreender o que está escrito num único livro fará de mim um homem capaz de superar todas as dificuldades, pois quando tiver filhos vou instituir uma regra quando forem jogar videogame, quando estes forem crianças: quando forem jogar adventures, eles só podem usar tradutores e dicionários - não vale usar dicas da internet. 

5.2) A idéia é forjá-los na dificuldade, é simular o mesmo cenário de dificuldade que tive, quando era criança. Esse cenário é uma tradição que tem que ser passada de pai pra filho, a ponto de preparar os filhos para a guerra cultural em que estamos metidos, já que tempos de dificuldade forjam grandes homens, ao passo que tempos de grande facilidade forjam homens acomodados, medíocres.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2022 (data da postagem original).

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Mais do que livros de História, eu vendo peças de quebra-cabeça histórico, cuja solução depende da forma como você estuda e seleciona a bibliografia que você vai usar para os estudos

1) Quando eu terminar de digitalizar o livro O Poder Moderador da República Presidencial, de Borges de Medeiros, meu amigo Felipe Lamoglia terá informações muito mais completas para entender a primeira República, já que este livro deve ser lido junto com o livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil, de Ernest Hambloch.

2) Depois dessa digitalização, eu pretendo digitalizar o livro Brasil: colônia de banqueiros, de Gustavo Barroso. Esse livro deve ser lido em contraste junto com o livro O Brasil não foi colônia, de Tito Livio Ferreira. Afinal, não faz sentido separar o Brasil de Portugal sob a mentirosa de alegação de que este foi colônia de Portugal para ser escravo por dívidas da Inglaterra (ou seja uma colônia, uma forma de dominação indireta por endividamento externo).

3) Esses dois assuntos, a escravidão da república e o processo de endividamento externo do Brasil, caminham sempre juntos. Esses assuntos devem sempre ser estudados juntos, em conjunto. 

4.1) Mais do que vender livros, estou vendendo soluções, peças de quebra-cabeças. Se você ler, estudar, compreender, meditar, você compreenderá tudo na forma de um mosaico - e isso será uma poderosa vacina contra a mentira, contra o marxismo cultural. Nenhum professor de História marxista mentirá pra você ou fará a cabeça dos seus filhos e dos seus netos - o que seria muito salutar. É por isso que os livreiros clássicos orientavam os leitores quando jovens - se você souber o que deve ser lido e qual o caminho deve ser percorrido, você vai ter uma noção muito mais clara da verdade. 

4.2) Não é à toa que os livreiros clássicos eram intelectuais que conheciam bem os produtos que vendiam, pois eles vendiam soluções culturais de modo que as coisas fizessem sentido para quem precisasse - o que é muito diferente do livreiro de hoje em dia, que não passa de um mero mercador, pois ele só vende livro como se fosse banana na feira, uma vez que só vende o que dá retorno financeiro seguro para ele, já que não está interessado em sanear a crise cultural pela qual se encontra a nação. Não é à toa que essa gente edifica ordem com fins vazios, pois são maus prestadores de serviço. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 2022 (data da postagem original).

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Quais são os verdadeiros dados que devemos buscar, fundados na ciência da cruz?

1) Determinados dados você pode coletar da academia - geralmente toma-se conhecimento daquilo que é geralmente aceito pelos homens, que pode se fundar no que é conveniente e dissociado da verdade (o chamado consenso científico).

2) Determinados dados você pode coletar de clubes militares, que são guildas de pessoas dedicadas à defesa da pátria, à arte da guerra.

3) Determinados dados você pode obter através da informação jornalística.

4) Determinados dados você pode colher através de livros ou artigos ou da experiência. alheia.

5.1) Nenhum desses dados substitui a experiência que você tem com o objeto da realidade. Quando o objeto é a pátria, o processo de se tomar o país como um lar em Cristo, eu devo participar do processo de criação, pois Deus quis assim. 

5.2) No começo. vou coletando dados de modo a conservar o que é conveniente e sensato; conforme o tempo passa e as gerações vão passando, o que a faço como amador se torna coisa amada - se venho de uma terra estrangeira, eu tomo as duas terras como um mesmo lar em Cristo, pois ambas são parte do meu ser, dos meus filhos e netos.

6.1) Este dado só a ciência da cruz pode produzir e isso pede uma constante confissão com o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem de modo que o seu amor de si desornado acabe não conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. 

6.2.1) Este é o verdadeiro dado que nenhum meio midiático ou corpo intermediário poderá obter pra você, pois são dados que não se repetem - esse dados só podem ser coletados por você mesmo, dentro das suas circunstâncias, fundadas na missão de servir a Cristo em terras distantes tal como Este nos mandou fazer em Ourique. 

6,2,2) É este dado de ordem ontológica, que ninguém vê, que é muito valioso - só poucas almas que vivem a vida retamente nos méritos de Cristo é que são capazes de compreender essas coisas, seja no campo da arte da guerra, ou mesmo naquilo que se funda na santificação através do trabalho e do estudo, as chamadas ciências do arado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2022 (data da postagem original)