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terça-feira, 27 de abril de 2021

Números aposentados ou números homenageados? Notas sobre esta importante tradição do esporte americano

1) Eu sempre gostei da tradição de números aposentados das grandes ligas esportivas americanas, até que me deparei com a seguinte questão: se os números 00 a 99 forem todos aposentados, os números serão reciclados ou haverá um sistema de numeração pautado no 000 a 999? Esta é uma boa questão se pensar.

2.1) Atualmente, já penso o seguinte: se um determinado jogador tiver seu número aposentado por uma franquia, as honras devidas a ele serão devidas até o dia em que ele tenha uma morte natural, própria das doenças da velhice. Uma vez isso ocorrendo, o status do número passa para homenageado - o que quer dizer o número pode ser usado novamente, a ponto de um outro jogador construir uma grande tradição com ele. 

2.2) No caso de um jogador como Kobe Bryant, que morreu muito cedo, em razão de uma tragédia, o tempo de aposentadoria de suas camisetas seria calculado até o dia em que ele completasse 80 anos, se fosse vivo. Seria o direito autoral devido a ele na forma de honras - passado esse tempo, os números passariam para o status de números homenageados e seriam postos em circulação novamente, a ponto de serem usados por outros jogadores, de modo a honrar a tradição desse número.

3.1) Um jogador recém-draftado, se recebesse um número homenageado, iria adquirir uma maturidade muito maior como jogador, pois teria que honrar aquele jogador que vestiu aquele número e o quanto ele significou para a franquia e para a história da liga. Afinal, ele tem que agir como um verdadeiro herdeiro desse número, a ponto de construir uma história própria como continuação de tradição de excelência desse número, a ponto de isso ser uma herança fundada na excelência. 

3.2) Não se trata de uma herança jacente a esmo, ao nada, mas de uma herança lançada de modo a inspirar outros a serem tão excelentes como o antecessor, já falecido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2021 (data da postagem original).

Prévias da primeira manifestação de 1º de maio organizada pela direita na História do Brasil

1) No próximo dia primeiro de maio, haverá uma manifestação-monstro em prol do presidente Bolsonaro e contra todos aqueles que impedem o povo de se santificar através do trabalho. E os culpados são conhecidos: governadores, prefeitos e ministros do STF.

2) Esta será a primeira manifestação de 1º de maio da história comandada pela direita - trata-se de uma manifestação legítima, já que todas as outras não passaram de "abaixo isso, abaixo aquilo".

3) Trata-se de um momento decisivo da História do Brasil. Até mesmo o mês de abril estava com o clima típico de agosto. Tomara que isso não se transfira para o cenário político também, pois agosto costuma ser o mês onde os presidentes caem.

4) Algo me diz que vou ter que ficar de prontidão ao longo desses dias. Já não consigo nem jogar ou digitalizar direito em razão disso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2021 (data da postagem original).

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Por que o escritor deve organizar os textos kairologicamente, não cronologicamente?

1) A maioria das pessoas organiza as idéias de maneira cronológica porque elas só sabem conceber o tempo dessa forma. No final das contas, a organização das mesmas fica caótica, destituída de sentido.

2.1) Um editor sério, ele precisa sentir na pele a experiência de ser escritor. Ele precisa organizar os textos de uma maneira kairológica. O que escrevi em 2016 só vai ter complemento em 2021 ou um pouco antes, pois o Espírito Santo, que move as coisas, ele é como o vento que sopra onde onde quer - e, como escritor, eu preciso estar pronto para receber as instruções do Espírito Santo para escrever bem. 

2.2) Conforme vamos acumulando registros decorrentes da sagrada inspiração, a ordem de um texto vai se definindo conforme a coerência dos próprios argumentos apresentados. Um texto de 2017 pode ser o texto principal ou pode vir depois de um texto de 2020, como um texto complementar. Se ele for introdutório ao tema, ele é o começo do argumento; se ele é complemento de um texto mais recente, ele vem depois. Obviamente, na hora da fusão dos artigos, a linguagem é adaptada para os tempos atuais ou para o contexto dos eventuais leitores interessados.

2.3) A força dos argumentos apresentados é o que determina a ordem em que os textos serão exibidos, pois a verdade se mostra por si mesma, já que ela é filha do tempo. E o livro é o acúmulo de várias meditações e reflexões que tive ao longo dos anos. Foi um trabalho que foi basicamente inspirado por Deus. Na medida do possível, eu acrescento o trabalho com alguma outra bibliografia complementar.

3) Por esta razão, o que escrevo não se destina à comunidade acadêmica porque Deus não pode mais ser encontrado ali. Os textos devem ser destinados aos que amam o saber e que têm uma profunda vivência paroquial - as novas comunidades de estudos devem nascer do pátio de uma paróquia, a ponto de formar uma nova guilda de estudantes. Esta é a próxima pastoral que deveria ser organizada, fundada na santificação através do estudo.

4) Enfim, voltemos às origens, onde o amor ao conhecimento realmente importa, não o diploma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Do impacto do milagre de Cristo em Ourique no imaginário dos ítalo-brasileiros - notas sobre esta reflexão fundada no fato de pôr-se no lugar do outro

1) Vamos supor que eu fosse descendente de italianos e conhecesse como história de família todo aquele contexto de agitação política e de dificuldades econômicas que levou uma grande leva de italianos a deixar suas respectivas terras natais e se estabelecer no Brasil. 

2) Vamos supor que fosse historiador profissional, conhecedor da História da Itália, sobretudo da Época do Rissorgimento, ocorrida em 1871. 

3.1) Vamos admitir que eu tenha o conhecimento da História do Brasil verdadeiro decorrente do milagre de Ourique. Aquilo me causaria uma epifania tremenda, pois veria que o discurso do Conde de Cavour vai contra Cristo (no caso, "fizemos a Itália, mas falta fazer os italianos". 

3.2) Para se fazer os italianos, eu não posso inventar tradições e destruir culturas de séculos, mas abraçar as novas itálias que se formaram no Novo Mundo e que se tornaram herdeiras da missão de servir a Cristo em terras distantes, o que faz com esses italianos da América Portuguesa renovem a Itália do Velho Mundo. Afinal, eles são também italianos, têm direito de votar e podem ser contados como eurodeputados no Parlamento Europeu.

3.3) Se fosse descendente de italianos, eu teria em mim a permanente tensão entre meu país unificado ser uma comunidade imaginada pela maçonaria em contraponto com a unidade do Brasil, que é uma comunidade revelada a partir da missão que Cristo nos deu de servir a Cristo em terras distantes - o que faria querer ir para Itália para também contribuir com Cristo nesta seara, para a glória da Itália, de Cristo e do Brasil, a ponto de os dois países serem tomados como um mesmo lar em Cristo juntos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Por que o fenômeno da nacionidade é complexo? Cito o caso do meu amigo Vito Pascaretta

1) Dentre os brasileiros que são descendentes de italianos, há os que são paulistas, os que são cariocas, os que mineiros, os que são gaúchos e até mesmo os que são pernambucanos, dentre outros que esqueci de citar. Cada estado da federação tem uma cultura diferente, a ponto de ser uma escola de nacionidade - o que é vital para se tomar o pais como um Todo como um lar em Cristo. E isso precisa ser conjugado junto com a herança italiana que uma pessoa carrega em razão de herança de família.

2) Em relação aos imigrantes italianos que vieram para o Brasil, alguns vieram do sul, outros vieram do norte. Alguns vieram do Piemonte, outros do Vêneto, outros da Sicília, outros da Lombardia, de Nápoles, da Sardenha ou mesmo Roma. A Itália é um país multifacetado regionalmente falando, já que cada região foi um país no passado. Por essa razão essas diferentes Itálias em combinação com os diferentes Brasis produzirão múltiplas maneiras de se tomar os dois países como um mesmo lar em Cristo, criando um mosaico cultural que só ganha sentido como comunidade viva se as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se uma pessoa de ascendência italiana e de origem pernambucana tem um descendente no Paraná, então ele deverá conjugar a herança de Pernambuco, da região da Itália da qual sua família é originária e do Paraná, a terra da sua esposa, como um mesmo lar em Cristo dentro da própria família. É complexo? É desafiador? Sim, mas é um universo fascinante, que só pode ser entendido dentro do ambiente do espírito. Eis aí porque Cristo quis criar um império de cultura.

4.1) Para se combater a homogeneidade cultural, a cultura de massas e a mediocridade que edifica liberdade como fins vazios, devemos promover o senso de tomar os diferentes lugares como um mesmo lar em Cristo, pois a relação A em união com B deve ser sempre levada em conta. A família deve ser o centro dessa liberdade, pois o amor revelou uma nova verdade que deve ser conhecida e observada. 

4.2) Como o liberalismo e a indústria cultural de massa tendem a simplificar tudo, ela acaba produzindo um verdadeiro horror metafísico, ao invés de beleza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Como a herança espiritual polonesa estimulou em mim uma forma de articular as experiências que acumulei de modo a fazer uma releitura da Alemanha enquanto parte do Sacro Império Romano-Germânico - notas sobre esta troca que se deu dentro de mim, em Cristo fundada, que é um dos muitos frutos da eucaristia

1) Antes de eu tomar posse da herança espiritual polonesa - que recebi quando fui crismado, ao receber meu pároco como meu pai espiritual em Cristo, a ponto de ser meu diretor espiritual em uma escala muito mais profunda -, eu havia me afastado um pouco da herança germânica, pois sou descendente de alemães pelo lado do meu pai.

2) A julgar pela herança maldita que a Alemanha produziu - como Kant, Marx, Hegel, a Escola de Frankfurt, além do próprio Lutero -, ser alemão já me seria motivo de vergonha. Mas o fato de ser um polonês espiritual e o exemplo de São João Paulo II me estimularam a fazer uma releitura da História Alemã sem levar em consideração aquela herança maldita - dessa forma, posso tomá-la como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo usando as experiências que conheço do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e da Polônia Católica como substitutos culturais dessa herança maldita.

3.1) É dessa forma que um nacionista pode ser um ser técnico - ele troca a herança maldita de um povo pela herança boa de outro povo, a ponto de ambos serem tomados como um mesmo lar em Cristo, ainda que ambos estejam em terras muito distantes. 

3.2) Se o nacionismo fosse uma planta, tratar-se-ia de uma verdadeira enxertia, onde se substitui o que não presta, por ser revolucionário e fora de Cristo, pelo que é bom, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de assumir uma nova universalidade, formada a partir desse hibridismo virtuoso. Algo bom e frutificante pode vir a partir daí, pois o que é bom sempre produz bons frutos em todos os povos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.3) Foi por conta do meu conhecimento da experiência do Império Português como Império de Cultura e do que conheço da Polônia, que comecei a tomar o país como um lar em Cristo recentemente, que pude começar a fazer uma releitura do Sacro Império Romano-Germânico, o verdadeiro Reich criado para cristianizar a Europa Central e os povos eslavos, o que constitui a base da verdadeira cultura européia, pautada na trindade entre Atenas, Roma e Jerusalém (uma trindade Greco-Romana a serviço da Cristandade, nunca uma moral utilitarista judaico-cristã que edifica liberdade com fins vazios, pois esta é uma farsa revolucionária maçônica, de cunho puritano, que está enganando a todos). Graças a isso, comecei a compreender a Alemanha na sua verdadeira realidade, a ponto de perder a vergonha

3.4) Se fosse casado com uma descendente de alemães, ou mesmo com uma alemã, eu faria esse trabalho de base de reconstrução da cultura alemã a partir da experiência que conheço dentro da minha própria família. Eu aprenderia alemão, mas combateria a duras penas o esquerdismo na Alemanha seguindo o exemplo dos meus irmãos na fé, os católicos poloneses.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Do exemplo do Beato Carlos I na vida São João Paulo II - como isso fez com que ele tomasse vários países como um mesmo lar em Cristo, a ponto de respirar a Igreja com dois pulmões

1) Houve um tempo em que a Polônia sumiu do mapa político por 200 anos e seu território foi dividido entre três potências: a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e o Império Russo.

2.1) Os poloneses, no tempo dos pais de São João Paulo II, eram vassalos do Beato Carlos I, imperador da Áustria. Carlos I era um excelente imperador católico, o que agradava muito ao tenente Wojtyła, que deu ao seu filho o nome de seu senhor: Karol (Carlos, em polonês). 

2.2) Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Austro-Húngaro foi dissolvido e a Polônia ressurgiu como país, como uma república (como não sou muito conhecedor da História Polonesa, esta república polonesa moderna deve ter muito o cheio das repúblicas maçônicas inspiradas na Revolução Francesa e o cheiro delas é bem ruim, pois isso lembra a cadáver em decomposição). 

2.3) Não muito tempo depois, veio a Segunda Guerra Mundial e a Alemanha e Rússia invadiram a Polônia e dividiram o país em dois. Os poloneses ajudaram os aliados, mas estes, por conservantismo e mornidão, não quiseram levar a guerra até à Rússia de modo que esta tivesse seu fim definitivo. E a conseqüência final disso foi que a Polônia terminou satélite da União Soviética por muito tempo. 

3.1) Se nome é destino, então o jovem Karol foi como o senhor de seu pai: agiu como o sinal de contradição no mundo, tal como Cristo faria. E isso o elevou à dignidade da cátedra de São Pedro como João Paulo II, libertando seu país do comunismo e conduzindo a Igreja e o mundo livre em Cristo por Cristo e para Cristo nestes tempos de Crise.

3.2) São João Paulo II não só tomou a Polônia como um lar em Cristo ou respirou a Igreja com dois pulmões, já que sua mãe era ucraniana e era de rito católico oriental, mas ele tomou o Império Austro-Húngaro como seu lar em Cristo, ainda que tivesse nascido dois anos depois da dissolução desse império. E desse império faziam parte os Bálcãs, a Áustria, a Hungria, a Romênia e a Ucrânia, além da sua Polônia - todos esses povos tinham por senhor o imperador da Áustria e juntos deviam amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento para serem livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

3.3) Desde cedo ele compreendeu a universalidade do império em que seu pai serviu como oficial subalterno e que isso estava se perdendo por conta do avanço da mentalidade revolucionária no mundo. E por isso, em nome da paz de Cristo, promoveu uma verdadeira cruzada pessoal e espiritual contra o comunismo, que é o grande causador desse mal. Foi um grande guerreiro como foi seu pai, embora atuando numa guerra diferente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

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