1) Eu sempre gostei da tradição de números aposentados das grandes ligas esportivas americanas, até que me deparei com a seguinte questão: se os números 00 a 99 forem todos aposentados, os números serão reciclados ou haverá um sistema de numeração pautado no 000 a 999? Esta é uma boa questão se pensar.
2.1) Atualmente, já penso o seguinte: se um determinado jogador tiver seu número aposentado por uma franquia, as honras devidas a ele serão devidas até o dia em que ele tenha uma morte natural, própria das doenças da velhice. Uma vez isso ocorrendo, o status do número passa para homenageado - o que quer dizer o número pode ser usado novamente, a ponto de um outro jogador construir uma grande tradição com ele.
2.2) No caso de um jogador como Kobe Bryant, que morreu muito cedo, em razão de uma tragédia, o tempo de aposentadoria de suas camisetas seria calculado até o dia em que ele completasse 80 anos, se fosse vivo. Seria o direito autoral devido a ele na forma de honras - passado esse tempo, os números passariam para o status de números homenageados e seriam postos em circulação novamente, a ponto de serem usados por outros jogadores, de modo a honrar a tradição desse número.
3.1) Um jogador recém-draftado, se recebesse um número homenageado, iria adquirir uma maturidade muito maior como jogador, pois teria que honrar aquele jogador que vestiu aquele número e o quanto ele significou para a franquia e para a história da liga. Afinal, ele tem que agir como um verdadeiro herdeiro desse número, a ponto de construir uma história própria como continuação de tradição de excelência desse número, a ponto de isso ser uma herança fundada na excelência.
3.2) Não se trata de uma herança jacente a esmo, ao nada, mas de uma herança lançada de modo a inspirar outros a serem tão excelentes como o antecessor, já falecido.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2021 (data da postagem original).
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