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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Notas sobre a gênese do carreirismo no serviço público e no sacerdócio

1.1) O espírito liberal do non serviam (não servirei) se instalou na sociedade através da educação, no processo de paidéia das crianças. 

1.2) Ao invés de estas terem suas almas cultivadas para a busca da verdade, para viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, o sentido de suas vidas foi todo reprogramado e esvaziado, de modo a servirem como engrenagens dentro de um sistema de solidariedade mecânica, pois o propósito na vida é um bom emprego ou um bom status social, o que faz com que a liberdade seja servida com fins vazios.

2) Isso gerou uma crise de vocações sem precedentes, a ponto de corromper a inteligência de todos aqueles cuja vocação era aperfeiçoar a liberdade de muitos, como bons servidores públicos, já que o fundamento do Estado, antes da odiosa secessão havida em 1822, era servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido por Cristo a seu fiel e santo vassalo, El-Rei D. Afonso Henriques, no Milagre de Ourique. E o emprego público se tornou mais um emprego, dentro de uma miríade de carreiras disponíveis e reguladas por lei, de modo a se ganhar o pão de cada dia. Eis a origem do carreirismo - ela é uma crise do ser, pois sua razão de ser enquanto ser se esvaziou, por ser falsa.

3.1) O carreirismo é a perda do completo sentido do serviço público enquanto uma vocação. 

3.2) Se o Brasil foi afastado da missão de servir a Cristo em terras distantes, então exercer um cargo público de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos constitui uma completa falta de sentido. E para atrair gente para o serviço, era preciso oferecer gordas e generosas benesses sociais que só o dinheiro pode comprar. Eis a a raiz da corrupção.

4.1) Penso que a crise de vocações, tal apontada pelo professor Olavo de Carvalho, só se resolve combatendo a mentira de que o Brasil foi colônia de Portugal. O Brasil foi fundado para propagar a fé Cristã, pois Portugal foi escolhido para servir a  Cristo em terras distantes, a ponto de criar um império de cultura que jamais houve na história da humanidade, uma vez que este tipo de coisa não é deste mundo, própria dos animais que mentem, que forjam impérios que perecem. 

4.2) Uma vez restaurado esse sentido, o Brasil volta a ser o que era.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de abril de 2021 (data da postagem original).

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