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sábado, 10 de abril de 2021

Como os títulos de nobreza funcionam como um bom poder moderador econômico?

1) Considerando que as terras são o alicerce do Estado e que a autoridade em Cristo deve zelar pelo bem comum de todos de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, a concessão de bens públicos que podem ser transformados em propriedade privada por meio de usucapião deve atender não somente os critérios de posse mansa e pacífica do bem ocupado, mas também se o ocupante tem boa reputação junto à comunidade em que reside, se ele é bom vizinho, se é bom cristão, se ele é bom patrão e bom pai de família, além do justo título necessário para adquirir esse bem, fora a vontade ser dono e tornar estas terras que vão ser ocupadas rentáveis e produtivas, visto que ele está ganhando a confiança daquele que deve aperfeiçoar a liberdade de muitos, a ponto de colaborar com ele nesta espinhosa tarefa - e isso não poder ser servido com fins vazios.

2) Se tivéssemos nobreza, os requisitos seriam objetivos: se a titulação do pretendente permitir que ele possua 3 terrenos de certo tamanho, ele não poderá adquirir um quarto nem mesmo usucapindo, a menos que tenha a justa titulação para que seu direito seja reconhecido. Ele precisaria comprar a titulação necessária para que possa ter o seu direito reconhecido.

3) Os títulos de nobreza constituem um verdadeiro poder moderador de caráter econômico. E para que eles possam ser realidade, a sociedade precisa ser católica, muito católica - e a heresia protestante da riqueza tomada como sinal de salvação precisaria combatida tal como se combate o comunismo, pois ela gera uma cultura onde a liberdade de bem servir não valerá de nada. Boa honra e boa reputação não valerão de nada se o dinheiro, se o vil metal, rege todas as coisas.

4.1) Esse poder moderador econômico modera também a ambição dos indivíduos. Eles não precisarão ter ego inflado e agir como animais que mentem, no tocante a ocuparem algum cargo público no sentido carreirista do termo. 

4.2.1) E isso constitui um poder moderador que não exclui o princípio da ultima ratio regis do vassalo de Cristo, que decide a coisas do reino agindo como se Cristo reinasse neste terra. 

4.2.2) Como o rei reina visando ao bem de todos, ele age como Cristo, a ponto de ser incapaz de pecar ou errar nesta matéria. Se ele erra, é porque não agiu como Cristo, mas como tirano  - e ele deve responder por isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2021 (data da postagem original).

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