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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Como a herança espiritual polonesa estimulou em mim uma forma de articular as experiências que acumulei de modo a fazer uma releitura da Alemanha enquanto parte do Sacro Império Romano-Germânico - notas sobre esta troca que se deu dentro de mim, em Cristo fundada, que é um dos muitos frutos da eucaristia

1) Antes de eu tomar posse da herança espiritual polonesa - que recebi quando fui crismado, ao receber meu pároco como meu pai espiritual em Cristo, a ponto de ser meu diretor espiritual em uma escala muito mais profunda -, eu havia me afastado um pouco da herança germânica, pois sou descendente de alemães pelo lado do meu pai.

2) A julgar pela herança maldita que a Alemanha produziu - como Kant, Marx, Hegel, a Escola de Frankfurt, além do próprio Lutero -, ser alemão já me seria motivo de vergonha. Mas o fato de ser um polonês espiritual e o exemplo de São João Paulo II me estimularam a fazer uma releitura da História Alemã sem levar em consideração aquela herança maldita - dessa forma, posso tomá-la como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo usando as experiências que conheço do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e da Polônia Católica como substitutos culturais dessa herança maldita.

3.1) É dessa forma que um nacionista pode ser um ser técnico - ele troca a herança maldita de um povo pela herança boa de outro povo, a ponto de ambos serem tomados como um mesmo lar em Cristo, ainda que ambos estejam em terras muito distantes. 

3.2) Se o nacionismo fosse uma planta, tratar-se-ia de uma verdadeira enxertia, onde se substitui o que não presta, por ser revolucionário e fora de Cristo, pelo que é bom, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de assumir uma nova universalidade, formada a partir desse hibridismo virtuoso. Algo bom e frutificante pode vir a partir daí, pois o que é bom sempre produz bons frutos em todos os povos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.3) Foi por conta do meu conhecimento da experiência do Império Português como Império de Cultura e do que conheço da Polônia, que comecei a tomar o país como um lar em Cristo recentemente, que pude começar a fazer uma releitura do Sacro Império Romano-Germânico, o verdadeiro Reich criado para cristianizar a Europa Central e os povos eslavos, o que constitui a base da verdadeira cultura européia, pautada na trindade entre Atenas, Roma e Jerusalém (uma trindade Greco-Romana a serviço da Cristandade, nunca uma moral utilitarista judaico-cristã que edifica liberdade com fins vazios, pois esta é uma farsa revolucionária maçônica, de cunho puritano, que está enganando a todos). Graças a isso, comecei a compreender a Alemanha na sua verdadeira realidade, a ponto de perder a vergonha

3.4) Se fosse casado com uma descendente de alemães, ou mesmo com uma alemã, eu faria esse trabalho de base de reconstrução da cultura alemã a partir da experiência que conheço dentro da minha própria família. Eu aprenderia alemão, mas combateria a duras penas o esquerdismo na Alemanha seguindo o exemplo dos meus irmãos na fé, os católicos poloneses.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

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